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Apesar do golo os lusitanos não baixaram os braços, assistindo-se então à fase mais entusiasmante do jogo, com Isaurindo a redimir-se do falhanço anterior, ao mesmo tempo que os seus companheiros continuavam a lutar, até que à passagem da meia hora de jogo Angelino restabeleceu a igualdade, numa altura em que o Benfica já ganhava por 2-0 em Lisboa.  
 
Apesar do golo os lusitanos não baixaram os braços, assistindo-se então à fase mais entusiasmante do jogo, com Isaurindo a redimir-se do falhanço anterior, ao mesmo tempo que os seus companheiros continuavam a lutar, até que à passagem da meia hora de jogo Angelino restabeleceu a igualdade, numa altura em que o Benfica já ganhava por 2-0 em Lisboa.  
  
Perto do intervalo Germano perdeu uma flagrante oportunidade de golo, a poucos metros da baliza de [[Azevedo]] e, logo a seguir o árbitro marcou uma grande penalidade indiscutível, a castigar uma mão flagrante de Madeira, oportunidade que [[Albano]] não desperdiçou para recolocar o Sporting na frente do marcador, mesmo em cima do final do 1º tempo.
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Perto do intervalo Germano perdeu uma flagrante oportunidade de golo, a poucos metros da baliza de [[Azevedo]] e, logo a seguir o árbitro marcou uma grande penalidade indiscutível, a castigar uma mão flagrante de Madeira, oportunidade que [[Albano]] não desperdiçou para recolocar o Sporting na frente do marcador e do campeonato, mesmo em cima do final do 1º tempo.
  
 
A 2ª parte começou com a expulsão de Branquinho, que com uma atitude irrefletida prejudicou a sua equipa, que nada mais pôde fazer do que ir adiando o avolumar do marcador, principalmente graças a uma grande exibição de Isaurindo. Aos 57m [[Albano]] desperdiçou uma nova grande penalidade, atirando ao poste, mas a resistência dos algarvios chegou ao fim, quando aos 74m [[Jesus Correia]] bisou, aproveitado uma excelente abertura de [[Peyroteo]]. A 5 minutos do fim [[Jesus Correia]] fechou o marcador, completando um "hat-trick" que o tornou na grande figura do jogo.
 
A 2ª parte começou com a expulsão de Branquinho, que com uma atitude irrefletida prejudicou a sua equipa, que nada mais pôde fazer do que ir adiando o avolumar do marcador, principalmente graças a uma grande exibição de Isaurindo. Aos 57m [[Albano]] desperdiçou uma nova grande penalidade, atirando ao poste, mas a resistência dos algarvios chegou ao fim, quando aos 74m [[Jesus Correia]] bisou, aproveitado uma excelente abertura de [[Peyroteo]]. A 5 minutos do fim [[Jesus Correia]] fechou o marcador, completando um "hat-trick" que o tornou na grande figura do jogo.

Revisão das 23h59min de 15 de março de 2016

Uma fase do Benfica-Sporting

Lusitano VRSA 1 Sporting 4

Ficha do jogo

Depois da expressiva vitória sobre o Benfica no Campo Grande, o Sporting passara a depender apenas de si para renovar o titulo de Campeão Nacional de Futebol, graças à vantagem de um golo obtida nesse jogo histórico.

Com apenas 4 jornadas por disputar, tornara-se proibido falhar, mas o Sporting perdeu em Setúbal, uma escorregadela que o Benfica não soube aproveitar, ao ser no mesmo dia surpreendentemente derrotado em casa pelo O Elvas. Na penúltima jornada o Sporting recebia o FC Porto num jogo de alto grau de dificuldade, mas os Leões responderam com uma goleada e a decisão final ficou marcada para a última ronda, agendada para 30 de Maio de 1948.

Nesse dia o Sporting deslocou-se a Vila Real de Santo António para defrontar o Lusitano, enquanto o Benfica recebia o Olhanense. A cidade algarvia encheu-se de bandeiras verdes e vermelhas e até de Espanha vieram autocarros com gente para assistir ao jogo, numa altura em que a fama do Sporting já atravessara a fronteira.

O Estádio Francisco Gomes Socorro registou uma assistência recorde e constava que havia um chorudo prémio por fora para recompensar os jogadores algarvios se conseguissem parar o Sporting, num campo onde começara a derrocada do Belenenses neste campeonato, isto para além das conhecidas afinidades do Lusitano com o Benfica.

O jogo começou com os lusitanos a todo o gás, enquanto o Sporting parecia acusar a pressão do momento, não se entendendo com o entusiasmo da equipa rival, que empurrada pelos seus dedicados partidários, atacava a baliza de Azevedo, embora sem conseguir criar grande perigo, até que aos 10m Jesus Correia aproveitou um erro defensivo do adversário e rematou forte para defesa incompleta de Isaurindo, que permitiu a recarga vitoriosa do extremo direito leonino.

Apesar do golo os lusitanos não baixaram os braços, assistindo-se então à fase mais entusiasmante do jogo, com Isaurindo a redimir-se do falhanço anterior, ao mesmo tempo que os seus companheiros continuavam a lutar, até que à passagem da meia hora de jogo Angelino restabeleceu a igualdade, numa altura em que o Benfica já ganhava por 2-0 em Lisboa.

Perto do intervalo Germano perdeu uma flagrante oportunidade de golo, a poucos metros da baliza de Azevedo e, logo a seguir o árbitro marcou uma grande penalidade indiscutível, a castigar uma mão flagrante de Madeira, oportunidade que Albano não desperdiçou para recolocar o Sporting na frente do marcador e do campeonato, mesmo em cima do final do 1º tempo.

A 2ª parte começou com a expulsão de Branquinho, que com uma atitude irrefletida prejudicou a sua equipa, que nada mais pôde fazer do que ir adiando o avolumar do marcador, principalmente graças a uma grande exibição de Isaurindo. Aos 57m Albano desperdiçou uma nova grande penalidade, atirando ao poste, mas a resistência dos algarvios chegou ao fim, quando aos 74m Jesus Correia bisou, aproveitado uma excelente abertura de Peyroteo. A 5 minutos do fim Jesus Correia fechou o marcador, completando um "hat-trick" que o tornou na grande figura do jogo.

Estava confirmado o primeiro bi-campeonato e o 4º título de Campeão Nacional de Futebol da história do Sporting Clube de Portugal, que assim ficou na posse da Taça Monumental O Século, um troféu que tinha sido instituído por aquele jornal em 1938, com um regulamento que determinava que o Clube que ganhasse 3 campeonatos consecutivos ou 5 intercalados, ficaria com aquela valiosa Taça, que em caso de nenhum clube atingir esses objectivos ao fim de 10 épocas, seria entregue definitivamente ao Campeão da última das temporadas em que o mesmo tinha estado em disputa.

Nessa altura o Sporting somava 4 títulos, contra 3 do Benfica, 2 do FC Porto e 1 do Belenenses, mas estranhamente o Benfica contestou a atribuição da Taça aos Leões, tentando adiar a entrega do troféu para o final da época seguinte, o que de resto a verificar-se de nada lhe serviria, pois o Sporting não só voltou a ser Campeão em 1948/49, como nessa época completou o tri-campeonato e conquistou o título de Campeão Nacional pela 5ª vez, ou seja, passou a reunir todas e mais algumas das premissas necessárias para deter aquele troféu.

To-mane (discussão) 23h38min de 15 de março de 2016 (GMT)