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| + | Mário Moniz Pereira, o "Senhor Atletismo", nasceu em Lisboa no seio de uma família abastada e sempre foi um apaixonado pelo desporto, revelando não só ter habilidade para todas as modalidades que experimentava, como uma particular aptidão para tarefas organizativas, de tal forma que ainda era um miúdo e já realizava provas de [[Atletismo]] no quintal lá de casa. |
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− | Mário Moniz Pereira, o "Senhor Atletismo", nasceu em Lisboa e era vizinho do Dr. [[Salazar Carreira]], que considera ter sido o grande responsável pelo seu interesse pelo [[Sporting Clube de Portugal]] e pelo desporto em geral.
| + | Depressa passou do quintal para a rua e chegou ao desporto escolar, mas foi quando terminou o Liceu que decidiu entrar para o INEF, contra a vontade do patriarca da família, o seu avô, que chegou a dizer-lhe que ele ia estudar para palhaço. |
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− | Foi praticante de Andebol, Basquetebol, Futebol, Hóquei em Patins, Ténis de Mesa, Voleibol e Atletismo.
| + | Licenciou-se em Educação Física e depois fez o serviço militar, chegando a ser professor nos Pupilos do Exército, mas a tropa nunca o apaixonou como o desporto e voltou à vida civil para ser professor no Instituto Nacional de Educação Física de Lisboa, durante 27 anos. |
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− | É licenciado em Educação Física pelo Instituto Nacional de Educação Física de Lisboa, onde foi professor durante 27 anos.
| + | No exercito foi praticante de Equitação, Tiro, Esgrima e Natação, para além de ter jogado Hóquei em Patins, no Hóquei Clube de Sintra. |
| + | [[Image:Imagem (57).jpg|thumb|left| <center>O atleta Moniz Pereira</center>]] |
| + | A sua paixão pelo desporto em geral e pelo [[Atletismo]] em particular, era inata, mas o facto de se ter tornado vizinho de [[Salazar Carreira]] aprofundou o seu interesse por aquelas matérias. O Doutor emprestava-lhe livros e revistas e mais tarde viria a deixar-lhe o seu espólio desportivo em testamento e, foi por acção dele que Moniz Pereira chegou ao [[Sporting Clube de Portugal]] do qual era sócio desde 1922. |
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− | Em 1939, ingressou no Sporting como praticante de [[Ténis de Mesa]], mas foi como jogador de [[Voleibol]] que se sagrou Campeão Nacional pelos Leões, nas temporadas de 1953/54 e 1955/56.
| + | Foi em 1939 que ingressou no Sporting como praticante de [[Ténis de Mesa]], passando depois para o [[Atletismo]], mas seria como jogador de [[Voleibol]] que atingiria a glória, ao sagrar-se Campeão Nacional nas temporadas de [[Voleibol 1953/54|1953/54]] e [[Voleibol 1955/56|1955/56]], está última também como treinador. |
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− | Foi ainda preparador físico da equipa de futebol do Sporting, então dirigida por [[Fernando Vaz]] em 1970 e 1971, sagrando-se Campeão Nacional no primeiro ano e vencendo a Taça de Portugal no segundo.
| + | Entre 1970 e 1971 foi também Preparador Físico da equipa de [[Futebol]] do Sporting, então dirigida por [[Fernando Vaz]], sagrando-se Campeão Nacional no primeiro ano e vencendo a Taça de Portugal no segundo. |
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| + | [[Image:Imagem (58).jpg|thumb|left| <center>No treino</center>]] |
| Mas foi no Atletismo que mais se destacou. Começou por se sagrar campeão universitário de Portugal de triplo salto e recordista nacional, tornando-se treinador da equipa do Sporting a partir de 1945, conquistando 30 Campeonatos Nacionais de Pista Masculinos (entre 1946 e 1988), 24 Campeonatos Nacionais de Pista Femininos (entre 1946 e 1987), 33 Campeonatos Nacionais de Corta Mato - Masculinos (entre 1948 e 1991) e 12 Taças dos Clubes Campeões Europeus de Corta Mato (entre 1977 e 1992). | | Mas foi no Atletismo que mais se destacou. Começou por se sagrar campeão universitário de Portugal de triplo salto e recordista nacional, tornando-se treinador da equipa do Sporting a partir de 1945, conquistando 30 Campeonatos Nacionais de Pista Masculinos (entre 1946 e 1988), 24 Campeonatos Nacionais de Pista Femininos (entre 1946 e 1987), 33 Campeonatos Nacionais de Corta Mato - Masculinos (entre 1948 e 1991) e 12 Taças dos Clubes Campeões Europeus de Corta Mato (entre 1977 e 1992). |
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| Mário Moniz Pereira foi um "fazedor de campeões" que projectaram Portugal no desporto mundial, desde [[Álvaro Dias]] a [[Domingos Castro]], passando por [[Manuel de Oliveira]], [[Armando Aldegalega]], [[José Carvalho]], [[Hélder de Jesus]], [[Aniceto Simões]], [[Carlos Lopes]], [[Fernando Mamede]] e [[Dionísio Castro]]. | | Mário Moniz Pereira foi um "fazedor de campeões" que projectaram Portugal no desporto mundial, desde [[Álvaro Dias]] a [[Domingos Castro]], passando por [[Manuel de Oliveira]], [[Armando Aldegalega]], [[José Carvalho]], [[Hélder de Jesus]], [[Aniceto Simões]], [[Carlos Lopes]], [[Fernando Mamede]] e [[Dionísio Castro]]. |
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− | Esteve presente como técnico, jornalista e seleccionador de Atletismo em doze Jogos Olímpicos, em cinco Campeonatos do Mundo, treze Campeonatos da Europa, quinze Taças da Europa, vinte e dois Campeonatos do Mundo de Corta Mato e em dezoito Taças dos Clubes Campeões Europeus de Corta Mato. | + | Esteve presente como técnico, jornalista e seleccionador de [[Atletismo]] em 12 Jogos Olímpicos, 5 Campeonatos do Mundo, 13 Campeonatos da Europa, 15 Taças da Europa, 22 Campeonatos do Mundo de Corta Mato e em 18 Taças dos Clubes Campeões Europeus de Corta Mato. |
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| Foi director técnico da Federação Portuguesa de Atletismo, Seleccionador Nacional de Atletismo e de Voleibol, Presidente da Comissão Central de Árbitros de Voleibol e Árbitro Internacional no Campeonato do Mundo de Paris, em 1956. | | Foi director técnico da Federação Portuguesa de Atletismo, Seleccionador Nacional de Atletismo e de Voleibol, Presidente da Comissão Central de Árbitros de Voleibol e Árbitro Internacional no Campeonato do Mundo de Paris, em 1956. |
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| Numa Assembleia Geral realizada a 30 de Setembro de 2012, foi decidido por unanimidade e aclamação atribuir o nome de Mário Moniz Pereira ao Centro de Alto Rendimento do Atletismo que estava projectado para funcionar no Complexo Desportivo de Odivelas, uma obra que no entanto não se veio a concretizar. | | Numa Assembleia Geral realizada a 30 de Setembro de 2012, foi decidido por unanimidade e aclamação atribuir o nome de Mário Moniz Pereira ao Centro de Alto Rendimento do Atletismo que estava projectado para funcionar no Complexo Desportivo de Odivelas, uma obra que no entanto não se veio a concretizar. |
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− | Foi ainda compositor e poeta, autor de conhecidos fados cantados pelos maiores fadistas nacionais, como Valeu a Pena, Fado Varina, Rosa da Madragoa, Rosa da Noite, Não me Conformo, Leio em teus Olhos, entre muitos outros. | + | Foi ainda compositor e poeta, autor de conhecidos fados cantados pelos maiores fadistas nacionais, como Valeu a Pena, Fado Varina, Rosa da Madragoa, Rosa da Noite, Não me conformo, Leio em teus olhos, entre muitos outros. |
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| [[Usuário:To-mane|To-mane]] 16:08, 10 Julho 2008 (WEST) | | [[Usuário:To-mane|To-mane]] 16:08, 10 Julho 2008 (WEST) |
Revisão das 18h06min de 11 de março de 2015
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Dados de Moniz Pereira |
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Nome |
Mário Alberto Freire Moniz Pereira
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Nascimento |
11 de Fevereiro de 1921
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Naturalidade |
Lisboa - Portugal -
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Posição |
Atleta, treinador e dirigente
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Mário Moniz Pereira, o "Senhor Atletismo", nasceu em Lisboa no seio de uma família abastada e sempre foi um apaixonado pelo desporto, revelando não só ter habilidade para todas as modalidades que experimentava, como uma particular aptidão para tarefas organizativas, de tal forma que ainda era um miúdo e já realizava provas de Atletismo no quintal lá de casa.
Depressa passou do quintal para a rua e chegou ao desporto escolar, mas foi quando terminou o Liceu que decidiu entrar para o INEF, contra a vontade do patriarca da família, o seu avô, que chegou a dizer-lhe que ele ia estudar para palhaço.
Licenciou-se em Educação Física e depois fez o serviço militar, chegando a ser professor nos Pupilos do Exército, mas a tropa nunca o apaixonou como o desporto e voltou à vida civil para ser professor no Instituto Nacional de Educação Física de Lisboa, durante 27 anos.
No exercito foi praticante de Equitação, Tiro, Esgrima e Natação, para além de ter jogado Hóquei em Patins, no Hóquei Clube de Sintra.
A sua paixão pelo desporto em geral e pelo Atletismo em particular, era inata, mas o facto de se ter tornado vizinho de Salazar Carreira aprofundou o seu interesse por aquelas matérias. O Doutor emprestava-lhe livros e revistas e mais tarde viria a deixar-lhe o seu espólio desportivo em testamento e, foi por acção dele que Moniz Pereira chegou ao Sporting Clube de Portugal do qual era sócio desde 1922.
Foi em 1939 que ingressou no Sporting como praticante de Ténis de Mesa, passando depois para o Atletismo, mas seria como jogador de Voleibol que atingiria a glória, ao sagrar-se Campeão Nacional nas temporadas de 1953/54 e 1955/56, está última também como treinador.
Entre 1970 e 1971 foi também Preparador Físico da equipa de Futebol do Sporting, então dirigida por Fernando Vaz, sagrando-se Campeão Nacional no primeiro ano e vencendo a Taça de Portugal no segundo.
Mas foi no Atletismo que mais se destacou. Começou por se sagrar campeão universitário de Portugal de triplo salto e recordista nacional, tornando-se treinador da equipa do Sporting a partir de 1945, conquistando 30 Campeonatos Nacionais de Pista Masculinos (entre 1946 e 1988), 24 Campeonatos Nacionais de Pista Femininos (entre 1946 e 1987), 33 Campeonatos Nacionais de Corta Mato - Masculinos (entre 1948 e 1991) e 12 Taças dos Clubes Campeões Europeus de Corta Mato (entre 1977 e 1992).
Mário Moniz Pereira foi um "fazedor de campeões" que projectaram Portugal no desporto mundial, desde Álvaro Dias a Domingos Castro, passando por Manuel de Oliveira, Armando Aldegalega, José Carvalho, Hélder de Jesus, Aniceto Simões, Carlos Lopes, Fernando Mamede e Dionísio Castro.
Esteve presente como técnico, jornalista e seleccionador de Atletismo em 12 Jogos Olímpicos, 5 Campeonatos do Mundo, 13 Campeonatos da Europa, 15 Taças da Europa, 22 Campeonatos do Mundo de Corta Mato e em 18 Taças dos Clubes Campeões Europeus de Corta Mato.
Foi director técnico da Federação Portuguesa de Atletismo, Seleccionador Nacional de Atletismo e de Voleibol, Presidente da Comissão Central de Árbitros de Voleibol e Árbitro Internacional no Campeonato do Mundo de Paris, em 1956.
É sócio honorário da Associação Internacional de Treinadores de Atletismo.
Foi distinguido com a Medalha de Mérito Desportivo em 1976 e 1984, condecorado com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique (1980) e com a Comenda da Ordem de Instrução Pública (1984).
Foi galardoado com a Medalha de Mérito em Ouro (1985), nomeado Conselheiro da Universidade Técnica de Lisboa (1985), galardoado com a Ordem Olímpica (1988) e condecorado com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (1991).
Fez parte da Comissão de Honra do Centenário do Sporting Clube de Portugal, do qual era na altura o sócio nº 2, e foi também dirigente do Clube, primeiro como Vice Presidente para as Actividades Desportivas Amadoras nas Direcções de João Rocha, e depois também como Vice-presidente com o pelouro das modalidades, entre 2 de Junho de 1995 e 26 de Março de 2011, atravessando assim todo o período que ficou conhecido como o Projecto Roquete.
Em 30 de Outubro de 2000 foi-lhe atribuído em Assembleia Geral do Sporting, o Leão de Ouro com Palma, que é o mais alto galardão do Clube, contando ainda com o Prémio Stromp na categoria Técnico Amador de 1964, mas apenas o facto de ter feito parte do Grupo Stromp durante muitos anos, o impediu de coleccionar mais "Oscares" do Sporting.
Numa Assembleia Geral realizada a 30 de Setembro de 2012, foi decidido por unanimidade e aclamação atribuir o nome de Mário Moniz Pereira ao Centro de Alto Rendimento do Atletismo que estava projectado para funcionar no Complexo Desportivo de Odivelas, uma obra que no entanto não se veio a concretizar.
Foi ainda compositor e poeta, autor de conhecidos fados cantados pelos maiores fadistas nacionais, como Valeu a Pena, Fado Varina, Rosa da Madragoa, Rosa da Noite, Não me conformo, Leio em teus olhos, entre muitos outros.
To-mane 16:08, 10 Julho 2008 (WEST)