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Dotado com um pé esquerdo notável, Peres foi um médio com grande visão de jogo, que lhe permitia ser o "patrão" das equipas onde actuou, jogando ora nas costas dos avançados, ora descaído para o lado esquerdo.
 
Dotado com um pé esquerdo notável, Peres foi um médio com grande visão de jogo, que lhe permitia ser o "patrão" das equipas onde actuou, jogando ora nas costas dos avançados, ora descaído para o lado esquerdo.
  
Produto das escolas do Belenenses foi internacional júnior, chegando à equipa principal do seu clube ainda muito jovem, tornado-se rapidamente notado e estreando-se na Selecção A no dia 4 de Junho de 1964, tendo marcado o golo de Portugal, num jogo particular com Inglaterra, que terminou empatado a uma bola.
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Produto das escolas do Belenenses, Peres foi internacional Júnior, integrando a Selecção Nacional que em 1964 ganhou o Campeonato da Europa desse escalão.
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Chegou à equipa principal do seu clube ainda muito jovem, tornado-se rapidamente notado e estreando-se na Selecção A no dia 4 de Junho de 1964, marcando o golo de Portugal, num jogo particular com Inglaterra, que terminou empatado a uma bola.
  
 
Em 1965 transferiu-se para o Sporting, ganhando imediatamente um lugar na equipa que sob o comando de [[Otto Glória]] conquistou o Campeonato da temporada de [[1965/66]], contribuindo para esse título com 11 golos, uma marca excelente para um médio, e sendo convocado para a Selecção Nacional que esteve presente no Mundial de 1966, onde no entanto não foi utilizado.
 
Em 1965 transferiu-se para o Sporting, ganhando imediatamente um lugar na equipa que sob o comando de [[Otto Glória]] conquistou o Campeonato da temporada de [[1965/66]], contribuindo para esse título com 11 golos, uma marca excelente para um médio, e sendo convocado para a Selecção Nacional que esteve presente no Mundial de 1966, onde no entanto não foi utilizado.
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Esteve então um ano sem jogar, aproveitando para iniciar uma nova fase da sua carreira como treinador do Peniche, mas entretanto o Sporting mudou de Presidente e [[João Rocha]] propôs-lhe o regresso ao futebol por via de um contrato no Brasil, onde tinha deixado cartel. Já tinha 30 anos mas aceitou e foi Campeão ao serviço do Vasco da Gama.
 
Esteve então um ano sem jogar, aproveitando para iniciar uma nova fase da sua carreira como treinador do Peniche, mas entretanto o Sporting mudou de Presidente e [[João Rocha]] propôs-lhe o regresso ao futebol por via de um contrato no Brasil, onde tinha deixado cartel. Já tinha 30 anos mas aceitou e foi Campeão ao serviço do Vasco da Gama.
  
Apesar do sucesso que foi a sua passagem pelo Vasco, não resistiu às saudades da família e acabou por ser salvo pelo 25 de Abril que o libertou das amarras ao Sporting, permitido-lhe regressar a Portugal para representar o FC Porto, onde passou mais tempo lesionado de que a jogar, e no final da temporada voltou para o Brasil, onde ainda jogou mais dois anos e meio no Sport Recife e foi novamente Campeão.
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Apesar do sucesso que foi a sua passagem pelo Vasco, não resistiu às saudades da família e acabou por ser salvo pelo 25 de Abril que o libertou das amarras ao Sporting, permitido-lhe regressar a Portugal para representar o FC Porto, onde passou mais tempo lesionado de que a jogar e, no final da temporada voltou para o Brasil, onde ainda jogou mais dois anos e meio no Sport Recife e foi novamente Campeão.
  
Depois de penduradas as botas iniciou a sua carreira de treinador com algum sucesso, levando o U.Leiria pela primeira vez ao escalão principal do futebol português, e passando pelo V. Guimarães, onde acabou por ser substituído por Pedroto.
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Depois de penduradas as botas iniciou a sua carreira de treinador no Juventude de Évora e, levou o U.Leiria pela primeira vez ao escalão principal do futebol português, chegando ao V. Guimarães, onde acabou por ser substituído por Pedroto, seguindo-se o Estoril, onde conseguiu a sua segunda subida à 1ª Divisão.
  
Em 1988 regressou ao Sporting para ser adjunto de [[Pedro Rocha]] no difícil período da Direcção de [[Jorge Gonçalves]], acabando por sair com o treinador uruguaio, deixando a equipa sob o comando de [[Vítor Damas]], e prosseguindo a sua carreira em clubes de menor dimensão.
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Em 1988 regressou ao Sporting para ser adjunto de [[Pedro Rocha]] no difícil período da Direcção de [[Jorge Gonçalves]], acabando por sair com o treinador uruguaio, deixando a equipa sob o comando de [[Vítor Damas]], prosseguindo então a sua carreira em clubes de menor dimensão.
  
 
[[Usuário:To-mane|To-mane]] 11h46min de 19 de Fevereiro de 2009 (WET)
 
[[Usuário:To-mane|To-mane]] 11h46min de 19 de Fevereiro de 2009 (WET)

Revisão das 11h40min de 6 de julho de 2014

Dados de Peres FerPeres.jpg
Nome Fernando Peres da Silva
Nascimento 8 de Janeiro de 1943
Naturalidade Algés - Portugal - 
Posição Médio
Escalão Época Clube Jogos Golos Titulos Internacionalizações
JUV JUN ESP BB AA Golos
1ª Divisão 1960/61 Belenenses
1ª Divisão 1961/62 Belenenses
1ª Divisão 1962/63 Belenenses
1ª Divisão 1963/64 Belenenses 1 1
1ª Divisão 1964/65 Belenenses
1ª Divisão 1965/66 SPORTING 40 13 Campeonato Nacional 2 0
1ª Divisão 1966/67 SPORTING 24 0 2 0
1ª Divisão 1967/68 SPORTING 36 7 1 0
1ª Divisão 1968/69 Académica 3 1
1ª Divisão 1969/70 SPORTING 37 15 Campeonato Nacional 2 0
1ª Divisão 1970/71 SPORTING 36 18 Taça de Portugal 4 0
1ª Divisão 1971/72 SPORTING 32 16 12 2
1972/73
1ª Divisão 1974 Vasco da Gama Campeonato Brasileiro
1ª Divisão 1974/75 FC Porto
1ª Divisão 1975 Sport Recife
1ª Divisão 1976 Sport Recife
1ª Divisão 1977 Sport Recife Campeonato Pernambucano
Total = 205 69 4 3 27 4
Escalão Época Clube Obs. Jogos V E D Titulos
2ª Divisão 1972/73 Peniche
2ª Divisão 1977/78 Juventude
2ª Divisão 1978/79 U.Leiria Zona Centro
1ª Divisão 1979/80 U.Leiria
1ª Divisão 1980/81 V.Guimarães
2ª Divisão 1980/81 Estoril Zona Sul
1981/82
2ª Divisão 1982/83 Juventude
1983/84
1984/85
1985/86
1986/87
2ª Divisão 1987/88 Atlético
1ª Divisão 1988/89 SPORTING Adjunto
Total =
Fernando Peres

Dotado com um pé esquerdo notável, Peres foi um médio com grande visão de jogo, que lhe permitia ser o "patrão" das equipas onde actuou, jogando ora nas costas dos avançados, ora descaído para o lado esquerdo.

Produto das escolas do Belenenses, Peres foi internacional Júnior, integrando a Selecção Nacional que em 1964 ganhou o Campeonato da Europa desse escalão.

Chegou à equipa principal do seu clube ainda muito jovem, tornado-se rapidamente notado e estreando-se na Selecção A no dia 4 de Junho de 1964, marcando o golo de Portugal, num jogo particular com Inglaterra, que terminou empatado a uma bola.

Em 1965 transferiu-se para o Sporting, ganhando imediatamente um lugar na equipa que sob o comando de Otto Glória conquistou o Campeonato da temporada de 1965/66, contribuindo para esse título com 11 golos, uma marca excelente para um médio, e sendo convocado para a Selecção Nacional que esteve presente no Mundial de 1966, onde no entanto não foi utilizado.

Nas épocas seguintes o seu rendimento baixou e não chegou a acordo de renovação do contrato com a Direcção do Sporting, pelo que na temporada de 1968/69 jogou pela Académica ao abrigo da lei estudantil, que permitia que os jogadores estudantes pudessem transferir-se para o clube de Coimbra.

No entanto os dirigentes da Académica não cumpriram as promessas que tinham feito a Peres, que na época seguinte resolveu regressar ao Sporting, tornando-se então no grande patrão da equipa, ganhando mais um Campeonato e uma Taça de Portugal e assumindo também um lugar de relevo na Selecção Nacional que representou por 27 vezes, com destaque para a presença na Mini Copa disputada no Brasil em 1972, onde deixou a sua marca de jogador de grande classe.

Para além de ser um grande jogador, Fernando Peres era também um homem frontal e com uma personalidade vincada, situação que nem sempre lhe facilitou a vida, principalmente porque vivíamos então o tempo da ditadura.

Foi assim que na sequência de um litígio entre um Director do Sporting e o treinador Fernando Vaz, que resultou no despedimento deste, Peres defendeu publicamente o seu técnico, numa altura em que estava novamente em fim de contrato. A Direcção não gostou e o Presidente Brás Medeiros apresentou-lhe uma proposta de renovação, que ele considerou indigna para um dos jogadores mais importantes da equipa, recusando-se a assiná-la, o que poderia ter acabado com a sua carreira, pois na altura os clubes ao abrigo da Lei da Opção, podiam impedir os jogadores de se transferirem, e foi exactamente o que o Sporting fez, recusando as várias propostas que recebeu de clubes portugueses e estrangeiros.

Esteve então um ano sem jogar, aproveitando para iniciar uma nova fase da sua carreira como treinador do Peniche, mas entretanto o Sporting mudou de Presidente e João Rocha propôs-lhe o regresso ao futebol por via de um contrato no Brasil, onde tinha deixado cartel. Já tinha 30 anos mas aceitou e foi Campeão ao serviço do Vasco da Gama.

Apesar do sucesso que foi a sua passagem pelo Vasco, não resistiu às saudades da família e acabou por ser salvo pelo 25 de Abril que o libertou das amarras ao Sporting, permitido-lhe regressar a Portugal para representar o FC Porto, onde passou mais tempo lesionado de que a jogar e, no final da temporada voltou para o Brasil, onde ainda jogou mais dois anos e meio no Sport Recife e foi novamente Campeão.

Depois de penduradas as botas iniciou a sua carreira de treinador no Juventude de Évora e, levou o U.Leiria pela primeira vez ao escalão principal do futebol português, chegando ao V. Guimarães, onde acabou por ser substituído por Pedroto, seguindo-se o Estoril, onde conseguiu a sua segunda subida à 1ª Divisão.

Em 1988 regressou ao Sporting para ser adjunto de Pedro Rocha no difícil período da Direcção de Jorge Gonçalves, acabando por sair com o treinador uruguaio, deixando a equipa sob o comando de Vítor Damas, prosseguindo então a sua carreira em clubes de menor dimensão.

To-mane 11h46min de 19 de Fevereiro de 2009 (WET)