|
|
Linha 31: |
Linha 31: |
| {{Quote|"Sou um criador. No boxe só não aprendi a ganhar dinheiro, porque em 40 anos a dar instrução, nunca ganhei ordenados."}} | | {{Quote|"Sou um criador. No boxe só não aprendi a ganhar dinheiro, porque em 40 anos a dar instrução, nunca ganhei ordenados."}} |
| | | |
− | [[Categoria:Treinadores-Boxe]] | + | [[Categoria:Treinadores de Boxe]] |
Revisão das 00h42min de 29 de maio de 2010
|
Dados de Ricardo Ferraz |
|
Nome |
Ricardo da Costa Ferraz
|
Nascimento |
16 de Janeiro de 1926
|
Naturalidade |
Lisboa, Portugal -
|
Posição |
Treinador de Boxe
|
Para além de pugilista, Ricardo Ferraz foi futebolista e treinador no Vitória de Lisboa entre outros pequenos Clubes da Capital.
Ferraz iniciou a sua actividade no Sporting em 1961 como treinador de Boxe, cargo que ocupou durante 28 anos, conquistando 14 Campeonatos Nacionais e 18 Regionais.
O "Senhor Boxe" ou o "Zé das Toalhas", como era conhecido, criou uma das escolas de formação mais produtivas de Portugal e foi treinador de grandes nomes como Paquito, Vítor Carvalho, Fernando Tavares e Manuel Antunes.
Foi igualmente treinador da Federação Portuguesa de Boxe entre 1968 e 1983, tendo como feitos mais significativos a conquista de duas Medalhas de Ouro, duas de Prata e quatro de Bronze no Boxame.
A partir de 1971, tornou-se o responsável pelo treino desta modalidade na Academia Militar e ainda treinador da sua equipa de futebol, onde para além da excelência da sua contribuição profissional, deixou também um contributo humano assinalável na formação moral e cívica dos cadetes-alunos da Academia.
Ricardo Ferraz considerava como características mais importantes a inteligência e a coragem:
"A resistência divide-se 25 por cento nos braços e 25 por cento nas pernas e 50 por cento no cérebro. Porque um bom campeão não é aquele que bate com mais violência. Tem é de ser capaz de aplicar os golpes no sítio certo nos pontos vulneráveis do adversário".
Depois de ter cessado a actividade de treinador, Ricardo Ferraz passou a desempenhar as funções de coordenador técnico da secção de Boxe do Sporting. Foi ainda Director Técnico Nacional e Presidente do Conselho Técnico.
É Sócio de Mérito da Associação de Boxe de Lisboa (da qual chegou a ser presidente), da Associação de Futebol de Lisboa e do Vitória Clube de Lisboa.
Ricardo Ferraz fez parte da Comissão de Honra das comemorações do centenário do Sporting, depois de ganhar dois Prémios Stromp e o Prémio Rugido de Leão. Recebeu ainda ao longo da sua carreira vários louvores, concedidos pelo Comandante da Academia Militar, tendo sido condecorado com a Medalha de D. Afonso Henriques, Patrono do Exército.
Faleceu a 12 de Janeiro de 2006, marcando o fim de uma era na modalidade, tanto ao nível do Clube como do próprio pugilismo nacional. O Sporting honrou a velha glória decretando três dias de luto, para além da bandeira do Leão ter estado a meia-haste.
Para a história fica a frase:
"Sou um criador. No boxe só não aprendi a ganhar dinheiro, porque em 40 anos a dar instrução, nunca ganhei ordenados."