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| |nome =Eurico Monteiro Gomes | | |nome =Eurico Monteiro Gomes |
| |data_nascimento =29 de Setembro de 1955 | | |data_nascimento =29 de Setembro de 1955 |
− | |naturalidade =Santa Marta de Penaguião, Portugal | + | |naturalidade =Santa Marta de Penaguião - Portugal |
| |posicao =Defesa central | | |posicao =Defesa central |
| |imagem =[[Imagem:Eurico_Gomes.jpg|270x160px]] | | |imagem =[[Imagem:Eurico_Gomes.jpg|270x160px]] |
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| + | {| class="wikitable" width=100% style="text-align:center" |
| + | |-align=center valign=middle style="background:#E1EFC2;" |
| + | | width=12% rowspan="2" | '''Escalão''' |
| + | | width=10% rowspan="2" | '''Época''' |
| + | | width=17% rowspan="2" | '''Clube''' |
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| + | | colspan="6" | '''Internacionalizações''' |
| + | |-style="background:#E1EFC2;" |
| + | | width=4% |'''JUV''' ||width=4% |'''JUN''' ||width=4% |'''ESP''' ||width=4% |'''BB''' ||width=4% |'''AA''' ||width=4% |'''Golos''' |
| + | |-style="background:#E1EFC2;" |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1974/75||Benfica||||||||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1975/76||Benfica||||||Campeonato Nacional||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1976/77||Benfica||||||Campeonato Nacional||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1977/78||Benfica||||||||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1978/79||Benfica|||||||||||||||||||4||0 |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1979/80||Sporting|||39||1||Campeonato Nacional||||||||||||3||0 |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1980/81||Sporting|||35||1||||||||||||||5||0 |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1981/82||Sporting|||42||0|||Campeonato Nacional<br>Taça de Portugal||||||||||||8||0 |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1982/83||FC Porto|||||||||||||||||||2||0 |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1983/84||FC Porto|||||||Supertaça<br>Taça de Portugal||||||||||||8||1 |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1984/85||FC Porto|||||||Supertaça<br>Campeonato Nacional||||||||||||8||0 |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1985/86||FC Porto|||||||Campeonato Nacional|||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1986/87||FC Porto||||||||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1987/88||Vit. Setúbal||||||||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1988/89||Vit. Setúbal||||||||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | |-style="background:#E1EFC2;" |
| + | | colspan="3" align=right |'''Total = ''' |||116||2|||||||||6||8||||38||1 |
| + | |- |
| + | |} |
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− | Muito novo, Eurico deixou Trás-os-Montes e veio com os pais para Lisboa, onde continuou a estudar até aos 10 anos, altura em que, contra a vontade dos pais, quis parar os estudos para ajudar nas despesas da casa. Arranjou emprego numa oficina de automóveis na Póvoa de Santo Andrião, onde lavava as peças dos carros e varria o estabelecimento. Como tinha jeito para a mecânica, tornou-se aprendiz aos 14 anos, passando a ganhar 2500 escudos por mês.
| + | Eurico começou a trabalhar muito novo numa oficina de automóveis na Póvoa de Santo Andrião, tornando-se aprendiz de mecânico aos 14 anos, ao mesmo tempo que jogava futebol num clube local, o Várzea, onde foi descoberto por Mário Coluna que o quis levar para o Benfica, mas como o ordenado proposto era cinco vezes menos do que ganhava na oficina, recusou e foi jogar de graça para o Odivelas. |
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− | Após o período laboral, Eurico jogava futebol num clube local, o Várzea. Um dia, foi observado por Mário Coluna que o convidou para ser jogador do Benfica. Porém, a direcção do Benfica propôs-lhe um ordenado de 500 escudos, pelo que Eurico recusou visto que na oficina ganhava cinco vezes mais. De graça, foi jogar para o Odivelas FC de onde, após uma época, se transferiu para os juvenis do clube da Luz, onde passaria a ganhar quatro mil escudos por mês.
| + | No entanto já estava debaixo de olho e um ano depois transferiu-se mesmo para os juvenis do Benfica. Na altura jogava como médio, mas como era alto e possuía um excelente tempo de salto, recuou para o centro da defesa e foi nessa posição que chegou às selecções jovens, tornando-se num dos mais promissores centrais da sua geração. |
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− | Um dia, e apesar de Eurico jogar a médio, a equipa precisou de um defesa central. Como Eurico era alto e possuía um excelente tempo de salto foi ele o eleito, não tendo abandonado mais essa posição.
| + | Ao ser promovido a sénior foi integrado no plantel principal do Benfica, e depois de uma época nas reservas, ganhou um lugar no centro da defesa benfiquista, beneficiando da saída de Humberto Coelho com quem viria a formar uma grande dupla, após o regresso deste à Luz, numa altura em que se estreou na Selecção A, que viria a representar por 38 vezes, marcando presença no Europeu de 1984, sendo então considerado um dos melhores centrais da Europa. |
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− | Em [[1979/80]], o seu contrato com o Benfica estava a acabar e nenhum dirigente lhe dizia o que quer que fosse. Como tal, aceitou falar com emissários do Presidente [[João Rocha]] e, apesar do Benfica ter ainda tentado uma renegociação, rumou a Alvalade já com um título de campeão conquistado.
| + | No Verão de 1979 foi um dos protagonistas de uma guerra entre Benfica e Sporting, que o trouxe para Alvalade juntamente com [[Fidalgo]], enquanto [[Botelho]] e [[Laranjeira]] faziam o percurso inverso. A sua última temporada no Benfica não lhe tinha corrido muito bem, e como o clube não avançava para a renovação do contrato, aceitou uma proposta que [[João Rocha]] lhe fez, e apesar de os dirigentes benfiquistas o terem tentado convencer a voltar atrás, manteve-se irredutível pois já tinha dado a sua palavra ao Sporting. |
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− | Durante as três temporadas que efectuou ao serviço dos Leões, Eurico fez 116 jogos, marcou 2 golos, foi duas vezes Campeão Nacional e ganhou uma Taça de Portugal. | + | Durante as três temporadas que efectuou ao serviço do Sporting, Eurico fez 116 jogos, marcou 2 golos, foi duas vezes Campeão Nacional e ganhou uma Taça de Portugal, tonando-se no verdadeiro patrão da defesa leonina, e confirmando-se definitivamente como um central completo e de classe ímpar, de tal forma que a sua saída no final da época de [[1981/82]], é apontada como um dos grandes motivos para a quebra de rendimento de uma equipa que tinha acabado de conquistar uma "dobradinha", com Eurico a apadrinhar a ascensão do jovem [[Carlos Xavier]], com quem formou uma dupla de sucesso, que assim seria desfeita. |
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− | Seduzido por José Maria Pedroto partiu para o FC Porto, onde voltou a sagrar-se campeão nacional por mais duas vezes, além de ter ganho mais uma Taça de Portugal e duas Supertaças. Eurico conseguiu assim o feito inédito de sagrar-se campeão nacional por Benfica, Sporting e FC Porto.
| + | Foi no Verão de 1982 que Eurico se viu envolvido em mais uma guerra entre [[João Rocha]] e Pinto da Costa, e partiu juntamente com [[Inácio]] para o FC Porto de José Maria Pedroto, onde ganhou mais dois Campeonatos, conseguindo assim o feito inédito de ser Campeão Nacional pelos três grandes, duas vezes em cada um. |
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− | Brilhou tanto na final das Taças das Taças, frente à Juventus, e no Europeu de França, em 1984, que o jornal italiano "La Republica" considerou Eurico, o melhor defesa central da Europa.
| + | No Porto ganhou ainda uma Taça de Portugal, duas Supertaças e esteve na Final das Taças das Taças de 1984, mas em Agosto de 1985 fracturou o perónio após um choque com o benfiquista Nunes, uma lesão que o impediu de marcar presença no Mundial de 1986, e de contribuir para a conquista da Taça dos Campeões Europeus de 1987, pois a recuperação foi lenta, e Eurico já com 30 anos nunca mais conseguiu atingir o mesmo nível. |
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− | Em Agosto de 1985, no Estádio das Antas, Eurico fracturou o perónio após um choque com o benfiquista Nunes. A partir daí, a sua carreira nunca mais atingiu o mesmo nível. | + | Em 1987, ingressou no Vitória de Setúbal, clube onde dois anos depois terminaria a sua brilhante carreira de futebolista profissional, reencontrando aí o técnico inglês [[Malcolm Allison]] e alguns dos seus antigos companheiros no Sporting. |
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− | Em 1987, ingressou no Vitória de Setúbal, clube onde terminaria a sua carreira, na temporada de 1988/89.
| + | Tornou-se então treinador de futebol, tendo conseguido algum destaque, principalmente no Tirsense que trouxe de volta à 1ª Divisão, para além de ter trabalhado no Rio Ave, Varzim, Torreense, Ovarense, Nacional, Académica, U.Leiria, P.Ferreira, Santa Clara e Maia. Foi também adjunto de Jupp Heynckes no Benfica, e teve algumas experiências no estrangeiro, em países como Argélia, Grécia e Arábia Saudita. |
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− | Eurico foi Internacional 38 vezes, 16 das quais enquanto jogador do Sporting.
| + | [[Usuário:To-mane|To-mane]] 16h30min de 29 de Janeiro de 2010 (WET) |
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− | Actualmente, é treinador de futebol, tendo já orientado clubes nacionais como o Tirsense e o Paços de Ferreira, e clubes de diversos países como Argélia e Marrocos.
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| [[Categoria:Jogadores]] | | [[Categoria:Jogadores]] |
Eurico começou a trabalhar muito novo numa oficina de automóveis na Póvoa de Santo Andrião, tornando-se aprendiz de mecânico aos 14 anos, ao mesmo tempo que jogava futebol num clube local, o Várzea, onde foi descoberto por Mário Coluna que o quis levar para o Benfica, mas como o ordenado proposto era cinco vezes menos do que ganhava na oficina, recusou e foi jogar de graça para o Odivelas.
No entanto já estava debaixo de olho e um ano depois transferiu-se mesmo para os juvenis do Benfica. Na altura jogava como médio, mas como era alto e possuía um excelente tempo de salto, recuou para o centro da defesa e foi nessa posição que chegou às selecções jovens, tornando-se num dos mais promissores centrais da sua geração.
Ao ser promovido a sénior foi integrado no plantel principal do Benfica, e depois de uma época nas reservas, ganhou um lugar no centro da defesa benfiquista, beneficiando da saída de Humberto Coelho com quem viria a formar uma grande dupla, após o regresso deste à Luz, numa altura em que se estreou na Selecção A, que viria a representar por 38 vezes, marcando presença no Europeu de 1984, sendo então considerado um dos melhores centrais da Europa.
No Verão de 1979 foi um dos protagonistas de uma guerra entre Benfica e Sporting, que o trouxe para Alvalade juntamente com Fidalgo, enquanto Botelho e Laranjeira faziam o percurso inverso. A sua última temporada no Benfica não lhe tinha corrido muito bem, e como o clube não avançava para a renovação do contrato, aceitou uma proposta que João Rocha lhe fez, e apesar de os dirigentes benfiquistas o terem tentado convencer a voltar atrás, manteve-se irredutível pois já tinha dado a sua palavra ao Sporting.
Durante as três temporadas que efectuou ao serviço do Sporting, Eurico fez 116 jogos, marcou 2 golos, foi duas vezes Campeão Nacional e ganhou uma Taça de Portugal, tonando-se no verdadeiro patrão da defesa leonina, e confirmando-se definitivamente como um central completo e de classe ímpar, de tal forma que a sua saída no final da época de 1981/82, é apontada como um dos grandes motivos para a quebra de rendimento de uma equipa que tinha acabado de conquistar uma "dobradinha", com Eurico a apadrinhar a ascensão do jovem Carlos Xavier, com quem formou uma dupla de sucesso, que assim seria desfeita.
No Porto ganhou ainda uma Taça de Portugal, duas Supertaças e esteve na Final das Taças das Taças de 1984, mas em Agosto de 1985 fracturou o perónio após um choque com o benfiquista Nunes, uma lesão que o impediu de marcar presença no Mundial de 1986, e de contribuir para a conquista da Taça dos Campeões Europeus de 1987, pois a recuperação foi lenta, e Eurico já com 30 anos nunca mais conseguiu atingir o mesmo nível.
Em 1987, ingressou no Vitória de Setúbal, clube onde dois anos depois terminaria a sua brilhante carreira de futebolista profissional, reencontrando aí o técnico inglês Malcolm Allison e alguns dos seus antigos companheiros no Sporting.
Tornou-se então treinador de futebol, tendo conseguido algum destaque, principalmente no Tirsense que trouxe de volta à 1ª Divisão, para além de ter trabalhado no Rio Ave, Varzim, Torreense, Ovarense, Nacional, Académica, U.Leiria, P.Ferreira, Santa Clara e Maia. Foi também adjunto de Jupp Heynckes no Benfica, e teve algumas experiências no estrangeiro, em países como Argélia, Grécia e Arábia Saudita.