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− | [[Image:Carlos Gomes.jpg|thumb|right| <center>Num dos seus voos lendários</center>]] | + | {{Dados do jogador |
− | Carlos António do Carmo Costa Gomes nasceu no Barreiro, a 18 de Janeiro de 1932.
| + | |nome =Carlos António do Carmo Costa Gomes |
| + | |data_nascimento =18 de Janeiro de 1932 |
| + | |naturalidade =Barreiro - Portugal |
| + | |posicao =Guarda-redes |
| + | |imagem =[[Image:Cgomes5.jpg|270x160px]] |
| + | }} |
| + | {| class="wikitable" width=100% style="text-align:center" |
| + | |-align=center valign=middle style="background:#E1EFC2;" |
| + | | width=12% rowspan="2" | '''Escalão''' |
| + | | width=10% rowspan="2" | '''Época''' |
| + | | width=17% rowspan="2" | '''Clube''' |
| + | | width=4% rowspan="2" | '''Jogos''' |
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| + | | width=28% rowspan="2" | '''Titulos''' |
| + | | width=1% rowspan="2" | |
| + | | colspan="6" | '''Internacionalizações''' |
| + | |-style="background:#E1EFC2;" |
| + | | width=4% |'''JUV''' ||width=4% |'''JUN''' ||width=4% |'''ESP''' ||width=4% |'''BB''' ||width=4% |'''AA''' ||width=4% |'''Golos''' |
| + | |-style="background:#E1EFC2;" |
| + | |- |
| + | | Seniores||1949/50||Barreirense||||||||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | Seniores||1950/51||Sporting|||7||-7||Campeonato Nacional|||||||||||||| |
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| + | | Seniores||1951/52||Sporting|||33||-48||Campeonato Nacional|||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | Seniores||1952/53||Sporting|||31||-30||Campeonato Nacional||||||||||||| |
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| + | | Seniores||1953/54||Sporting|||34||-40||Campeonato Nacional<br>Taça de Portugal||||||||||||3||-1 |
| + | |- |
| + | | Seniores||1944/55||Sporting|||31||-34||||||||||||||3||? |
| + | |- |
| + | | Seniores||1955/56||Sporting|||28||-36||||||||||||||3||? |
| + | |- |
| + | | Seniores||1956/57||Sporting|||29||-32||||||||||||||6||-10 |
| + | |- |
| + | | Seniores||1957/58||Sporting|||27||-20||Campeonato Nacional||||||||||||3||-6 |
| + | |- |
| + | | Seniores||1958/59||Granada||||||||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | Seniores||1959/60||Granada||||||||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | Seniores||1960/61||Oviedo||||||||||||||||||||| |
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| + | | Seniores||1961/62||Atlético||||||||||||||||||||| |
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| + | | Seniores||1962/63||? (Marrocos)||||||||||||||||||||| |
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| + | | Seniores||1963/64||? (Marrocos)||||||||||||||||||||| |
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| + | | Seniores||1964/65||? (Marrocos)||||||||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | |-style="background:#E1EFC2;" |
| + | | colspan="3" align=right |'''Total = ''' |||222||-247|||||||||||||||18||? |
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− | Um dos grandes guarda-redes da história do futebol português, que aos 18 anos chegou ao Sporting vindo do Barreirense, tal como João [[Azevedo]], de quem seria suplente durante um ano, mas aos 19 anos a camisola número 1 já era sua.
| + | [[Image:Carlos Gomes.jpg|thumb|left| <center>Num dos seus voos lendários</center>]] |
| + | Genial e polémico são os dois adjectivos que mais vezes encontramos associados a Carlos Gomes, para muitos o melhor guarda-redes português de todos os tempos. |
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− | Esteve no Sporting oito anos durante os quais realizou 221 jogos, conquistando 5 Campeonatos Nacionais e uma Taça de Portugal.
| + | Oriundo do Barreirense onde se apaixonou pelo "oficio" a ver as defesas de Francisco Silva o suplente de [[Azevedo]] na Selecção Nacional, foi contratado pelo Sporting quando tinha apenas 18 anos, demonstrando logo aí toda a sua irreverência, ao contestar o facto de lhe colocarem a transferência como um dado adquirido, exigindo mais dinheiro e acabando assim por receber 50 contos em vez dos 10 que lhe propunham. |
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− | Foi 18 vezes internacional.
| + | Chegado ao Sporting foi suplente do grande João [[Azevedo]] durante um ano, mas aos 19 anos a camisola número 1 já era sua, e durante os oito anos que esteve no Clube conquistou 5 Campeonatos Nacionais e uma Taça de Portugal. |
− | [[Image:Carlos Gomes_1.jpg|thumb|right| <center>Com Morais e Hilário</center>]] | + | |
− | Homem polémico, rebelde e irreverente, actuava quase sempre de preto e um dia explicou porquê a um jornalista espanhol: «Visto-me de preto, pois enquanto o futebol português estiver nas mãos dos doutores, está de luto.»
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− | Transferiu-se para o futebol espanhol a troco de um milhão de pesetas, onde jogou no Granada e no Oviedo.
| + | Chegou à Selecção Nacional em 1953, estreando no Jamor em jogo particular no qual Portugal derrotou a África do Sul por 3-1, sucedendo a Barrigana na baliza portuguesa, da qual passou a ser o dono apesar da concorrência de Costa Pereira, totalizando 18 internacionalizações que poderiam ter sido muitas mais se não tivesse saído do Sporting. |
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| + | [[Image:Carlos Gomes_1.jpg|thumb|right| <center>Com Morais e Hilário</center>]] |
| + | Homem polémico, rebelde, irreverente e contestatário à ditadura vigente na altura em Portugal, o que lhe custou alguns dissabores, acabou por sair do Sporting com apenas 26 anos, na sequência de novas exigências financeiras que os dirigentes leoninos, alguns deles ligados ao regime e já fartos de o aturar, não satisfizeram. |
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− | Em 1961 esteve para regressar ao Sporting, mas exigiu muito dinheiro e o acordo não se concretizou, suspeitando-se que o Benfica estaria por trás da história. Acabou por ir para o Atlético, mas voltou a emigrar depois de se envolver numa história rocambolesca que meteu uma condenação, acusações aos dirigentes do Sporting e uma fuga para Espanha onde jogou mais uns anos antes de ir para Marrocos.
| + | Transferiu-se então para o futebol espanhol a troco de um milhão de pesetas, onde jogou no Granada e no Oviedo, e só não chegou mais longe porque o Sporting não o deixou ir para clubes maiores, numa altura em que Real Madrid e Barcelona demonstraram interesse em contrata-lo. |
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− | Em 1965 torna-se treinador, passando pela Argélia e Tunísia, regressando a Portugal em 1983.
| + | Actuava quase sempre de preto e um dia explicou porquê a um jornalista espanhol: «Visto-me de preto, pois enquanto o futebol português estiver nas mãos dos doutores, está de luto.» |
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− | Faleceu a 17 de Outubro 2005 com 73 anos
| + | Em 1961 esteve para ir para o Salgueiros, mas mais uma vez o Sporting não autorizou, suspeitando-se que o Benfica estaria por trás da história, e assim mandaram-no regressar a Alvalade, mas ele exigiu muito dinheiro e o acordo não se concretizou. |
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| + | Acabou por ir para o Atlético, mas voltou a emigrar depois de se envolver numa história rocambolesca, que meteu uma condenação por alegada violação, que refutou acusando os dirigentes do Sporting de lhe terem armado uma cilada, e uma fuga para Espanha e depois para Marrocos, onde adquiriu o estatuto de exilado político e ainda jogou e brilhou em Tânger, ao ponto de ser convidado por emissários do Rei a converter-se muçulmano e a mudar de nome e nacionalidade, o que não aceitou. |
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| + | Só em 1963 ficou livre do contrato com o Sporting, mas condenado a 11 anos de prisão, manteve-se pelo norte de África tornando-se treinador dois anos depois, passando pela Argélia e Tunísia. |
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| + | Mais tarde radicou-se em Espanha onde possuía negócios, regressando a Portugal em 1983. |
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| + | Faleceu a 17 de Outubro 2005 com 73 anos. |
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− | [[Usuário:To-mane|To-mane]] 11:47, 12 Julho 2008 (WEST) | + | [[Usuário:To-mane|To-mane]] 15h11min de 11 de Março de 2009 (WET) |
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| [[Categoria:Personalidades]] | | [[Categoria:Personalidades]] |
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| [[Categoria:Jogadores]] | | [[Categoria:Jogadores]] |
Genial e polémico são os dois adjectivos que mais vezes encontramos associados a Carlos Gomes, para muitos o melhor guarda-redes português de todos os tempos.
Oriundo do Barreirense onde se apaixonou pelo "oficio" a ver as defesas de Francisco Silva o suplente de Azevedo na Selecção Nacional, foi contratado pelo Sporting quando tinha apenas 18 anos, demonstrando logo aí toda a sua irreverência, ao contestar o facto de lhe colocarem a transferência como um dado adquirido, exigindo mais dinheiro e acabando assim por receber 50 contos em vez dos 10 que lhe propunham.
Chegou à Selecção Nacional em 1953, estreando no Jamor em jogo particular no qual Portugal derrotou a África do Sul por 3-1, sucedendo a Barrigana na baliza portuguesa, da qual passou a ser o dono apesar da concorrência de Costa Pereira, totalizando 18 internacionalizações que poderiam ter sido muitas mais se não tivesse saído do Sporting.
Homem polémico, rebelde, irreverente e contestatário à ditadura vigente na altura em Portugal, o que lhe custou alguns dissabores, acabou por sair do Sporting com apenas 26 anos, na sequência de novas exigências financeiras que os dirigentes leoninos, alguns deles ligados ao regime e já fartos de o aturar, não satisfizeram.
Transferiu-se então para o futebol espanhol a troco de um milhão de pesetas, onde jogou no Granada e no Oviedo, e só não chegou mais longe porque o Sporting não o deixou ir para clubes maiores, numa altura em que Real Madrid e Barcelona demonstraram interesse em contrata-lo.
Actuava quase sempre de preto e um dia explicou porquê a um jornalista espanhol: «Visto-me de preto, pois enquanto o futebol português estiver nas mãos dos doutores, está de luto.»
Em 1961 esteve para ir para o Salgueiros, mas mais uma vez o Sporting não autorizou, suspeitando-se que o Benfica estaria por trás da história, e assim mandaram-no regressar a Alvalade, mas ele exigiu muito dinheiro e o acordo não se concretizou.
Acabou por ir para o Atlético, mas voltou a emigrar depois de se envolver numa história rocambolesca, que meteu uma condenação por alegada violação, que refutou acusando os dirigentes do Sporting de lhe terem armado uma cilada, e uma fuga para Espanha e depois para Marrocos, onde adquiriu o estatuto de exilado político e ainda jogou e brilhou em Tânger, ao ponto de ser convidado por emissários do Rei a converter-se muçulmano e a mudar de nome e nacionalidade, o que não aceitou.
Só em 1963 ficou livre do contrato com o Sporting, mas condenado a 11 anos de prisão, manteve-se pelo norte de África tornando-se treinador dois anos depois, passando pela Argélia e Tunísia.
Mais tarde radicou-se em Espanha onde possuía negócios, regressando a Portugal em 1983.
Faleceu a 17 de Outubro 2005 com 73 anos.