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| No dia 3 de Novembro de 1971, o Sporting recebeu o Glasgow Rangers, em jogo a contar para a 2ª mão da 2ª eliminatória da Taça das Taças. Cerca de 40 mil espectadores deslocaram-se ao [[Estádio José Alvalade]], confiando na capacidade dos Leões para virarem o 3-2 do primeiro jogo. | | No dia 3 de Novembro de 1971, o Sporting recebeu o Glasgow Rangers, em jogo a contar para a 2ª mão da 2ª eliminatória da Taça das Taças. Cerca de 40 mil espectadores deslocaram-se ao [[Estádio José Alvalade]], confiando na capacidade dos Leões para virarem o 3-2 do primeiro jogo. |
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| Aos 25 minutos, o argentino Yazalde inaugurou o marcador, mas logo no minuto seguinte Stein empatou. | | Aos 25 minutos, o argentino Yazalde inaugurou o marcador, mas logo no minuto seguinte Stein empatou. |
Revisão das 23h57min de 3 de dezembro de 2020
No dia 3 de Novembro de 1971, o Sporting recebeu o Glasgow Rangers, em jogo a contar para a 2ª mão da 2ª eliminatória da Taça das Taças. Cerca de 40 mil espectadores deslocaram-se ao Estádio José Alvalade, confiando na capacidade dos Leões para virarem o 3-2 do primeiro jogo.
O Sporting, orientado por Fernando Vaz, alinhou com: Vítor Damas; Pedro Gomes, Caló, João Laranjeira e Hilário; Tomé, Vagner e Peres; Lourenço, Yazalde e Dinis.
Aos 25 minutos, o argentino Yazalde inaugurou o marcador, mas logo no minuto seguinte Stein empatou.
O Sporting voltou a colocar-se em vantagem no marcador aos 38 minutos, por intermédio de Tomé. E com o resultado em 2-1 chegou-se ao intervalo.
Para a 2ª parte entraram Nelson Fernandes e Marinho para os lugares de Tomé e Dinis, mas logo no primeiro minuto Stein bisou, restabelecendo a igualdade.
Os Leões entregaram-se então com entusiasmo à missão de empatar a eliminatória, nunca desistindo, e receberam o desejado prémio a 3 minutos do fim, quando o defesa direito Pedro Gomes fez o 3-2.
Com a eliminatória empatada o jogo prosseguiu com um prolongamento de 30 minutos, onde se marcou mais um golo para cada lado, primeiro por Henderson e mais uma vez à beira do fim o Sporting voltou a colocar-se em vantagem com um golo de Peres, que estabeleceu o resultado final em 4-3.
Ora naquela temporada entrara em vigor a regra dos golos fora valerem como factor de desempate, mas mesmo assim o árbitro holandês Van Ravens, desconhecendo a mesma, mandou marcar as grandes penalidades para desempatar.
Entrou então em acção o génio de Vítor Damas que defendeu três penaltis (o outro foi para fora), espalhando a alegria pelas bancadas de Alvalade, onde se festejou euforicamente a passagem aos quartos-de-final.
Foi então que, quando já estavam todos a regressar aos balneários, apareceu no relvado Willie Wadell, o manager escocês, de regulamento em punho reclamando a passagem da sua equipa à próxima eliminatória.
O Sporting ainda tentou protestar o jogo, alegando danos de ordem moral, material e desportiva, mas a UEFA não atendeu e foram os escoceses que seguiram em frente, acabando por ganhar aquela competição.
Mais tarde, Vítor Damas recordou essa noite inacreditável:
"Fui para a baliza, estava inspirado! Defendi os penaltis todos, deixando assim todo o Estádio a vibrar. Saí do jogo como um herói, as pessoas abandonaram o Estádio convencidas que o Sporting tinha passado a eliminatória. Até que o delegado da UEFA, que era o senhor Lacerda, por acaso também vice-presidente da Federação, que descobriu tudo e emendou o erro. O dito senhor Lacerda, entrou no nosso balneário a seguir ao jogo e disse-nos "Isto foi tudo muito giro, vocês foram fantásticos, mas não valeu de nada, porque em caso de empate no prolongamento os golos marcados fora valem a dobrar". Naquele tempo as noticias não circulavam tão rapidamente e os adeptos Sportinguistas apenas souberam que o Sporting tinha sido eliminado no dia seguinte, graças aos jornais."
To-mane 16h30min de 26 de Outubro de 2008 (WET)