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===Francisco Stromp===
 
===Francisco Stromp===
 
Francisco Stromp foi a primeira grande figura do futebol do Sporting e um dos seus fundadores, tendo disputado mais de 100 jogos oficiais ao serviço da equipa principal do clube, durante as 16 épocas em que o representou, atuando como avançado, ou como médio.
 
Francisco Stromp foi a primeira grande figura do futebol do Sporting e um dos seus fundadores, tendo disputado mais de 100 jogos oficiais ao serviço da equipa principal do clube, durante as 16 épocas em que o representou, atuando como avançado, ou como médio.

Revisão das 14h48min de 18 de julho de 2016

Nota introdutória

Esta página foi feita no âmbito da remodelação do Museu Sporting de 2016, reinaugurado a 2 de julho, para o qual a Wiki Sporting contribuiu com conteúdos e textos. Esta é uma das contribuições, que deixamos aqui em arquivo. Como tal, esta página corresponde a um instante na história do Sporting Clube de Portugal, e não será atualizada.

Francisco Stromp

Francisco Stromp foi a primeira grande figura do futebol do Sporting e um dos seus fundadores, tendo disputado mais de 100 jogos oficiais ao serviço da equipa principal do clube, durante as 16 épocas em que o representou, atuando como avançado, ou como médio.

Foi capitão geral da secção de futebol do Sporting e capitão da equipa durante vários anos, isto numa altura em que a figura do treinador ainda não existia, pelo que era o capitão geral quem escolhia e orientava os jogadores, enquanto o capitão de equipa tomava as decisões necessárias dentro do campo. Pode-se pois de certa forma dizer que Francisco Stromp foi o primeiro treinador campeão no Sporting, sendo o responsável pela conquista do Campeonato de Lisboa da época de 1914/15.

Francisco Stromp viveu quase exclusivamente para o Sporting. Nem namoradas, nem política, nem estudos, nem nada, o clube era a sua grande e única paixão, chegando ao ponto de chorar nas preleções, ou no intervalo dos jogos, quando se dirigia aos colegas de equipa, apelando ao seu sportinguismo para chegarem às vitórias e exigindo-lhes que se aplicassem como ele, o que não sendo impossível, era muito difícil.

A 1 de Julho de 1930 faleceu por vontade própria, na agonia de uma doença grave, escolhendo o dia em que o Sporting festejava o seu 24º aniversário, e ficou perpetuamente como o sócio nº. 3 do clube, o número que possuía na altura da sua morte.


Jorge Vieira

Jorge Vieira foi a figura de maior prestígio do futebol português no seu tempo, respeitado por todos, não só como desportista de eleição, mas também como um verdadeiro cavalheiro, tornando-se num dos grandes símbolos do Sporting, clube onde jogou durante mais de vinte anos, desempenhando os cargos de capitão geral e capitão de equipa, depois do abandono de Francisco Stromp.

Fez cerca de duzentos jogos oficiais ao serviço da equipa principal do Sporting atuando como defesa esquerdo, sagrando-se seis vezes campeão de Lisboa e integrando as equipas míticas que conquistaram o primeiro Campeonato de Lisboa da história do clube na época de 1914/15 e o Campeonato de Portugal da época de 1922/23.

Fez parte da primeira selecção nacional de futebol, ao serviço da qual realizou 17 jogos, 15 dos quais como capitão da equipa, função que também desempenhou nos Jogos Olímpicos de 1928 em Amesterdão, ficando conhecido como o "capitão perfeito", pela sua forte personalidade e cavalheirismo.

Em 1921, numa altura em que era habitual os grandes jogadores serem convidados para arbitrarem jogos importantes, foi escolhido para apitar um Espanha-Bélgica realizado em Bilbau, tornando-se assim no primeiro árbitro português a ser internacional.

Faleceu a 6 de Agosto de 1986 quando era o sócio nº 1 do Sporting Clube de Portugal.

Faustino

Oriundo dos Leões de Santarém, Faustino chegou ao Sporting em 1931, conquistando de imediato o lugar de médio esquerdo, impondo-se também pelo seu carácter e espirito de liderança, pelo que apesar de ser um dos mais novos no clube, coube-lhe a honra de herdar o cargo de capitão de equipa, quando Jorge Vieira começou a jogar menos.

Assim foi quase sempre capitão nas 6 épocas em que jogou no Sporting, durante as quais foi 4 vezes campeão de Lisboa e 2 vezes campeão de Portugal, disputando mais de cem jogos oficiais pela 1ª categoria do cube, nos quais marcou 28 golos, um número que nessa altura era significativo para um médio e que se deveu especialmente à sua habilidade para marcar livres e penáltis.

Rui Araújo

Oriundo do União de Lisboa, Rui Araújo chegou ao Sporting em 1932 com 22 anos de idade, conquistando imediatamente um lugar no onze leonino, primeiro como médio centro e depois como defesa, embora também tenha jogado a extremo direito.

Impôs-se com facilidade fruto do seu forte carácter e grande espírito de liderança, de tal forma que em 1935 foi nomeado capitão de equipa, quando Faustino começou a jogar menos, cargo que desempenhou durante 7 épocas.

No Sporting jogou dez anos até 1942, realizando 251 jogos oficiais, nos quais marcou 10 golos, contribuindo para a conquista de oito Campeonatos de Lisboa, três Campeonatos de Portugal e um Campeonato Nacional.

Faleceu em 8 de Janeiro de 1998 com 87 anos de idade.

Álvaro Cardoso

Oriundo do Vitória de Setúbal, Álvaro Cardoso chegou ao Sporting em 1939, já com 25 anos de idade e esteve no clube durante 10 épocas, conquistando 4 Campeonatos Nacionais, 4 Taças de Portugal, 5 Campeonatos de Lisboa e a Taça Império, tendo realizado 254 jogos oficiais pela equipa principal, nos quais marcou 3 golos.

Impôs-se como defesa direito depois do abandono de João Jurado, destacando-se pelo seu carisma e grande espírito de liderança, e ficou para a história como o capitão da mítica equipa dos Cinco Violinos, cargo que em 1942 herdou de Rui Araújo, e que assumiu durante 6 épocas, quando também desempenhava essas funções na seleção nacional, o que aconteceu por 10 vezes, nas 13 em que representou Portugal.

Homem corajoso e de fortes convicções, nunca hesitou em assumir posições polémicas na defesa dos grupos que liderava, o que lhe valeu algumas incompreensões da parte dos dirigentes.

No Sporting também foi treinador-adjunto de Randolph Galloway, ao qual sucedeu no comando da equipa principal, na época de 1953/54.

Passos

Natural da Madeira Manuel Passos veio para Lisboa com o sonho de se tornar futebolista, mas uma doença afastou-o dos campos de jogos, empurrando-o para um longo período de internamento no Sanatório do Caramulo, donde saiu com mais de 90 quilos e dado como perdido para o futebol.

Foi então que veio ao de cima o seu grande carácter e espírito de luta, que o levaram a nunca baixar os braços. Voltou a trabalhar e ofereceu-se ao Sporting, onde começou a treinar à condição, recuperando lentamente a sua melhor forma, até que começou a entrar progressivamente na equipa principal.

Tornar-se-ia no patrão da defesa leonina, participando na conquista de 5 Campeonatos Nacionais, tendo disputado 225 jogos oficiais pela equipa principal, nos quais marcou 1 golo.

Em 1951 quando Azevedo deixou de ser titular, passou a ser o capitão da equipa, cargo que desempenhou durante 6 épocas, como reconhecimento do seu carisma e grande capacidade de liderança, que o levaram também à seleção nacional, onde se estreou já com 30 anos, mas ainda a tempo de contabilizar 17 internacionalizações.

Fernando Mendes

Produto da formação do futebol leonino, Fernando Mendes estreou-se na equipa principal do Sporting no dia 10 de Fevereiro 1957, mas foi só a partir da época de 1958/59 que conquistou um lugar em definitivo no meio-campo leonino, onde se destacou como um jogador de boa técnica, mas principalmente pela sua inesgotável disponibilidade física e grande combatividade, para além do seu inquestionável espírito de liderança, que o levou à condição de capitão de equipa após a retirada de Travassos em 1959, numa altura em que tinha apenas 22 anos de idade.

Foi totalista na histórica campanha que levou o Sporting à vitória na Taça das Taças de 1964, que teve a honra de levantar como capitão, cargo que desempenhou durante 6 épocas, tendo disputado 233 jogos oficiais pela equipa principal do Sporting, nos quais marcou 2 golos, participando na conquista de dois Campeonatos Nacionais.

Numa altura em que já era um indiscutível na seleção nacional, onde totalizou 21 internacionalizações, lesionou-se gravemente num joelho quando tinha apenas 27 anos, o que o impediu de jogar na fase final do Mundial de 1966, onde Portugal terminou no 3º lugar, embora tenha feito parte da comitiva como reconhecimento da sua importância no grupo.

Depois de ser operado e de uma longa e penosa recuperação, ainda tentou voltar, mas nunca mais foi o mesmo jogador, acabando por abandonar o Sporting com apenas 30 anos de idade.

Posteriormente, na época de 1979/80 voltou a ser campeão pelo Sporting, agora como treinador.

José Carlos

José Carlos principiou a jogar futebol no Oriental, mas foi na CUF que se destacou, chegando ao Sporting em 1962, quando já era internacional A, impondo-se imediatamente como titular indiscutível da equipa principal pela qual disputou 367 jogos marcando 4 golos, atuando como médio ou defesa.

Era um jogador rijo, autoritário e com um grande carisma e sentido de liderança, que jogou no Sporting durante 12 temporadas, nas quais foi 3 vezes Campeão Nacional, ganhou 4 Taças de Portugal e a Taça das Taças de 1964, tendo ocupado o cargo de capitão da equipa a partir de 1965 depois da lesão de Fernando Mendes, desempenhando essas funções durante 8 épocas, até entregar a braçadeira a Vítor Damas, quando perdeu a titularidade na época de 1973/74.

Representou a seleção nacional por 36 vezes, integrando a grande equipa que ficou em 3º lugar no Mundial de 1966, onde disputou os últimos dois jogos.


Manuel Fernandes

Manuel Fernandes era um avançado com uma técnica apurada e um raro instinto pelo golo, o que lhe permitia aparecer na área no momento certo para finalizar, ora de cabeça, ora com os pés, sempre com a mesma eficácia, e ao mesmo tempo conduzir a bola com a destreza dos grandes criativos, tornando-se muito complicado desarmá-lo e ainda mais difícil marcá-lo.

Oriundo da CUF, chegou ao Sporting em 1975 com a difícil missão de substituir Yazalde e, ultrapassou todas a expectativas tornando-se no segundo melhor goleador da história do clube, com 260 golos marcados em 441 jogos oficiais disputados ao longo das 12 temporadas em que representou o clube, números apenas superados pelo inigualável Peyroteo.

Tornou-se num símbolo do clube e no seu emblemático capitão da equipa, cargo que desempenhou durante 8 épocas, sucedendo a Laranjeira em 1979, tendo contribuído para a conquista de dois Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal e uma Supertaça.

Foi o melhor marcador do Campeonato Nacional na época de 1985/86, com 30 golos apontados e a mais lembrada das suas inúmeras tardes de glória aconteceu a 14 de Dezembro de 1986, quando marcou 4 golos na histórica goleada de 7–1 imposta pelo Sporting ao Benfica, nesse dia inesquecível para todos os sportinguistas.

Posteriormente em 2001 já enquanto treinador, voltou a ganhar uma Supertaça ao serviço do Sporting.

Oceano

Descoberto por Pedro Gomes no Nacional da Madeira, Oceano chegou ao Sporting em 1984, para se tornar num dos jogadores mais carismáticos do clube, graças à sua enorme entrega e dedicação ao jogo, que o levaram à seleção nacional A que representou por 54 vezes, atuando preferencialmente como médio defensivo, posição onde se notabilizou, embora também pudesse jogar na defesa.

Entre 1991 e 1994 representou o Real Sociedad de Espanha, até regressar ao Sporting para assumir novamente uma posição de destaque na equipa e as funções de capitão, que desempenhou durante as 4 temporadas que se seguiram, terminando a sua ligação ao clube com 405 jogos oficiais disputados, nos quais marcou 47 golos.

Posteriormente voltou ao Sporting como treinador adjunto e treinador da equipa B, chegando a desempenhar o cargo de treinador principal numa fase de transição.

Pedro Barbosa

Oriundo do Vitória de Guimarães, Pedro Barbosa chegou ao Sporting em 1995 com a difícil missão de substituir Figo, numa altura em que já era um jogador internacional.

Conquistou também ele o seu lugar na história do Sporting, clube que representou durante dez temporadas, tendo chegado a capitão da equipa quando Iordanov passou a jogar menos, cargo que desempenhou durante 6 épocas até abandonar o futebol em 2005, quando totalizava 342 jogos oficiais disputados pelo Sporting, nos quais marcou 52 golos.

Contribuiu para a conquista de dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal e duas Supertaças, sendo uma das figuras em maior destaque na histórica vitória no campeonato de 1999/00, que quebrou o longo jejum de 18 anos que o Sporting passou sem ser campeão.