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− | #REDIRECT [[Morais]] | + | {{Dados do jogador |
| + | |nome =João Pedro Morais |
| + | |data_nascimento =6 de Março de 1935 |
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| + | João Pedro Morais nasceu perto do pelado do Sporting de Alcabideche e aos 14 anos já jogava na equipa principal daquele pequeno clube, passando pouco depois para os juvenis do Estoril, onde confirmou o seu jeito para o futebol, chegando à primeira categoria dos "canarinhos". |
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| + | Em 1954 assinou um duplo contrato, primeiro com o Caldas seduzido por uns quantos contos de reis, e depois com o Benfica pressionado pelo Estoril, que já tinha acertado tudo com os encarnados para a sua transferência. |
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| + | Foi então suspenso por um ano, mas viu a sua pena reduzida a metade por uma amnistia e ficou com o passe na mão, acabando por ir para o Torreense que na altura estava na 1ª Divisão, onde se destacou de tal forma que foi contratado pelo Sporting em 1958. |
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| + | [[Imagem:Joao Morais.jpg|thumb|left|<center>João Pedro Morais</center>]] |
| + | Sob o comando do uruguaio [[Enrique Fernandez]] estreou-se fazendo uma boa época como extremo esquerdo, a sua posição preferida, embora jogasse também do lado direito, mas nas duas temporadas seguintes com a chegada de [[Seminário]] jogou menos e teve as suas primeiras experiências em lugares mais recuados, mas não gostava e consta que uma vez inventou uma desculpa para não jogar na defesa e à conta disso acabou por ficar de fora de uma digressão do Clube. |
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| + | Na temporada de [[1961/62]] sob o comando de [[Juca]] ganhou o lugar no lado esquerdo do ataque leonino e foi o jogador mais utilizado da época e um dos melhores marcadores da equipa que se sagrou Campeã Nacional nessa altura, era o seu primeiro título. |
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| + | A época seguinte ainda foi melhor, marcou 24 golos contribuindo decisivamente para a conquista da Taça de Portugal de 1963, que permitiu ao Sporting estar presente na Taça das Taças da temporada seguinte, onde ele asseguraria um lugar na história do [[Sporting Clube de Portugal]]. |
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| + | Apesar de continuar a ser regularmente titular, a época de [[1963/64]] não lhe estava a correr tão bem como as anteriores, pois atravessava uma fase de transição da sua posição original de extremo para lateral, de tal forma que nem era para jogar na Final da Taça das Taças. |
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| + | Foi então que Hilário se lesionou gravemente num jogo do campeonato disputado na véspera da partida para a Bélgica e Morais que estava no camarote a assistir ao jogo, foi chamado à última da hora pelos altifalantes do [[Estádio José Alvalade]], para substituir o seu infortunado companheiro. |
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| + | Jogou a Final a defesa esquerdo com a missão de marcar o perigoso Sandor. O jogo terminou empatado, e devido à lesão do brasileiro [[Bé]], Morais voltou a ser extremo esquerdo na Finalissíma. No entanto quando foi informado dessa decisão por [[Anselmo Fernandez]], teimou em ser ele a marcar os cantos para tentar um golo directo com que tinha sonhado, e aos 19 minutos teve a sua oportunidade. Agarrou a bola dirigiu-lhe umas palavras amigas, deu-lhe um beijo e cumpriu o seu sonho, materializado no célebre [[Cantinho do Morais]] que [[Maria José Valério]] eternizou numa popular cantiga. |
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| + | Na época de [[1965/66]] voltou a ser Campeão pelo Sporting, mas já como defesa direito, e foi nessa posição que chegou à Selecção Nacional que representou por dez vezes, com destaque para os três jogos realizados na fase final do Mundial de 1966, onde Portugal ficou em 3º lugar e Morais saiu com a fama de ter lesionado Pelé, num jogo em que o anulou completamente. No entanto mais tarde o próprio avançado brasileiro reconheceu que já tinha ido "tocado" para esse jogo. |
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| + | Em 1966 foi distinguido com o [[Prémio Stromp]] na categoria Atleta Profissional. |
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| + | Em 1969 já com 34 anos abandonou o Sporting, jogando ainda um ano na África do Sul e duas épocas no Rio Ave, clube onde também foi treinador das equipas jovens. |
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| + | Radicou-se então em Vila do Conde, onde arranjou um emprego como funcionário da Câmara Municipal. |
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| + | João Morais faleceu a 27 de Abril de 2010, vítima de doença prolongada, quando tinha 75 anos de idade. |
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| + | [[Usuário:To-mane|To-mane]] 21h25min de 7 de Março de 2009 (WET) |
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| + | == Ver também == |
| + | *[[Cantinho do Morais]] |
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| + | [[Categoria:Futebolistas]] |
| + | [[Categoria:Personalidades]] |
| + | [[Categoria:Internacionais A - Futebol]] |
Revisão das 23h31min de 4 de dezembro de 2020
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Dados de João Morais |
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Nome |
João Pedro Morais
|
Nascimento |
6 de Março de 1935
|
Naturalidade |
Cascais - Portugal
|
Posição |
Futebolista (extremo ou defesa lateral)
|
João Pedro Morais nasceu perto do pelado do Sporting de Alcabideche e aos 14 anos já jogava na equipa principal daquele pequeno clube, passando pouco depois para os juvenis do Estoril, onde confirmou o seu jeito para o futebol, chegando à primeira categoria dos "canarinhos".
Em 1954 assinou um duplo contrato, primeiro com o Caldas seduzido por uns quantos contos de reis, e depois com o Benfica pressionado pelo Estoril, que já tinha acertado tudo com os encarnados para a sua transferência.
Foi então suspenso por um ano, mas viu a sua pena reduzida a metade por uma amnistia e ficou com o passe na mão, acabando por ir para o Torreense que na altura estava na 1ª Divisão, onde se destacou de tal forma que foi contratado pelo Sporting em 1958.
Sob o comando do uruguaio Enrique Fernandez estreou-se fazendo uma boa época como extremo esquerdo, a sua posição preferida, embora jogasse também do lado direito, mas nas duas temporadas seguintes com a chegada de Seminário jogou menos e teve as suas primeiras experiências em lugares mais recuados, mas não gostava e consta que uma vez inventou uma desculpa para não jogar na defesa e à conta disso acabou por ficar de fora de uma digressão do Clube.
Na temporada de 1961/62 sob o comando de Juca ganhou o lugar no lado esquerdo do ataque leonino e foi o jogador mais utilizado da época e um dos melhores marcadores da equipa que se sagrou Campeã Nacional nessa altura, era o seu primeiro título.
A época seguinte ainda foi melhor, marcou 24 golos contribuindo decisivamente para a conquista da Taça de Portugal de 1963, que permitiu ao Sporting estar presente na Taça das Taças da temporada seguinte, onde ele asseguraria um lugar na história do Sporting Clube de Portugal.
Apesar de continuar a ser regularmente titular, a época de 1963/64 não lhe estava a correr tão bem como as anteriores, pois atravessava uma fase de transição da sua posição original de extremo para lateral, de tal forma que nem era para jogar na Final da Taça das Taças.
Foi então que Hilário se lesionou gravemente num jogo do campeonato disputado na véspera da partida para a Bélgica e Morais que estava no camarote a assistir ao jogo, foi chamado à última da hora pelos altifalantes do Estádio José Alvalade, para substituir o seu infortunado companheiro.
Festejando o seu "cantinho" com Reboredo
Jogou a Final a defesa esquerdo com a missão de marcar o perigoso Sandor. O jogo terminou empatado, e devido à lesão do brasileiro Bé, Morais voltou a ser extremo esquerdo na Finalissíma. No entanto quando foi informado dessa decisão por Anselmo Fernandez, teimou em ser ele a marcar os cantos para tentar um golo directo com que tinha sonhado, e aos 19 minutos teve a sua oportunidade. Agarrou a bola dirigiu-lhe umas palavras amigas, deu-lhe um beijo e cumpriu o seu sonho, materializado no célebre Cantinho do Morais que Maria José Valério eternizou numa popular cantiga.
Na época de 1965/66 voltou a ser Campeão pelo Sporting, mas já como defesa direito, e foi nessa posição que chegou à Selecção Nacional que representou por dez vezes, com destaque para os três jogos realizados na fase final do Mundial de 1966, onde Portugal ficou em 3º lugar e Morais saiu com a fama de ter lesionado Pelé, num jogo em que o anulou completamente. No entanto mais tarde o próprio avançado brasileiro reconheceu que já tinha ido "tocado" para esse jogo.
Em 1966 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Atleta Profissional.
Em 1969 já com 34 anos abandonou o Sporting, jogando ainda um ano na África do Sul e duas épocas no Rio Ave, clube onde também foi treinador das equipas jovens.
Radicou-se então em Vila do Conde, onde arranjou um emprego como funcionário da Câmara Municipal.
João Morais faleceu a 27 de Abril de 2010, vítima de doença prolongada, quando tinha 75 anos de idade.
To-mane 21h25min de 7 de Março de 2009 (WET)
Ver também