Diferenças entre edições de "Ténis de Mesa 1963/64"

Revisão das 20h52min de 15 de outubro de 2015

Cataclismo no Ténis de Mesa leonino

A época do Ténis de Mesa do Sportingcomeçou mal. Tasso José de Faria manteve-se à frente da secção, o que pela sua dedicação poderia prenunciar estabilidade, mas o impensável aconteceu. Já no fim da época anterior, o Sporting tinha assegurado dois novos jogadores, que eram os melhores macaenses da actualidade, Luís Choi e José Kong. Com esse acréscimo de qualidade, o Sporting iria certamente melhorar a competitividade da sua equipa de forma determinante. Ambos os jogadores já tinham competido pela selecção nacional e portanto eram jogadores claramente já inscritos, mas a Associação de Ténis de Mesa de Lisboa foi desencantar uma regra que obrigava todos os jogadores a apresentarem o certificado de habilitações. Tal nunca tinha sido pedido ao macaense Alberto Ló, que há anos competia profissionalmente pelo Benfica.

Perante isto, a Direcção do Sporting decidiu suspender a actividade da secção, até à Federação Portuguesa de Ténis de Mesa julgar o recurso apresentado. E o resultado foi, aparentemente, salomónico: Choi podia ser inscrito, mas Kong não. Acontece que esta foi uma vitória pírrica, visto que Choi já se tinha cansado de esperar e tinha regressado a Macau, enquanto que Kong tinha em segredo encetado negociações com o Benfica, o qual foi a Macau buscar o certificado de habilitações, e inscreveu o jogador logo depois da decisão da Federação. Com esta jogada, ficava o Benfica com dois macaenses e o Sporting sem nenhum.

Com isso, o Sporting inicialmente não participou nas competições regionais, sofrendo sucessivas faltas de comparência. Finalmente, a Direcção decidiu permitiu o retomar da actividade, mas proibindo jogos contra o Benfica. Isto levava à certeza antecipada da derrota em todas as competições, o que levou ao marasmo completo da secção, com desmotivação dos dirigentes e atletas. Isso acabou com o abandono de Tasso José de Faria, e a um apelo de António Horta Osório à Direcção do Sporting para revogar a decisão, sob pena de a modalidade desaparecer no Clube.

Acabou por ser António Fuschini a assumir a direcção da secção em Julho de 1964, no fim da época. Entretanto, já tinham abandonado a secção onze jogadores. António Horta Osório, que vinha desde há algum tempo a anunciar o seu abandono da competição devido à sua vida profissional, ainda jogou, mas acabou por deixar de dar a sua colaboração alegando os seus afazeres.

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