Diferenças entre edições de "1923/24"

Revisão das 13h30min de 27 de março de 2015

E o tri escapou por pouco

O Sporting tinha reconhecidamente a melhor equipa de Futebol do País e para esta época não houve grandes alterações, mantendo-se o plantel e o formato das competições, tendo a Associação abdicado definitivamente da realização da Taça da AFL, acabando por acontecer o mesmo em relação à Taça de Honra.

Este foi um dos campeonatos mais disputados de sempre, com os quatro principais clubes a terminarem a prova separados por apenas um ponto, mas acabou por ser uma surpreendente derrota frente ao Império, que impediu o Sporting de renovar o título, terminando assim em 2º lugar atrás do Casa Pia.

Alguns episódios polémicos marcaram esta temporada, logo a começar no jogo da 2ª jornada entre o Sporting e o Casa Pia, no qual ocorreram algumas cenas de violência que não foram reprimidas pelo árbitro, que assim foi castigado, tal como os Capitães das duas equipas e os jogadores envolvidos. Resultou daí que o Sporting ficou durante algumas semanas sem Francisco Stromp e José Leandro. Mais tarde Jaime Gonçalves desentendeu-se com o treinador Augusto Sabbo e acabou por ficar fora da equipa, sendo uma baixa importante na fase decisiva da época, acabando o Sporting por perder um campeonato que normalmente teria ganho sem grandes dificuldades e, que teve como vencedor o Vitória de Setúbal, que derrotou o Casa Pia na Final, enquanto o Campeonato de Portugal foi ganho pelo Sporting Clube Olhanense, que afastou o Campeão de Lisboa logo na primeira eliminatória.

À excepção dos inesperados tropeções no Campeonato de Lisboa, o Sporting mostrou-se invencível durante toda a época, começando logo por ganhar duas vezes ao Benfica, com destaque para a goleada no jogo a contar para a Taça Federação de Tiro. Foi também com goleadas que o Sporting conquistou a Taça Pátria, despachando o Belenenses e o Casa Pia.

Nesta época o Sporting também ganhou a Taça Soares Júnior, disputada no Campo da Constituição e que assinalou o reatamento das relações com o FC Porto, que tinham azedado depois da final do 1º Campeonato de Portugal. O Sporting ganhou por 2–1 e no final ofereceu o troféu ao seu adversário, que por sua vez nessa noite presenteou a comitiva sportinguista com um banquete. No regresso a Lisboa o Sporting fez uma paragem em Coimbra, para disputar um jogo com a Académica, como agradecimento à recepção que o Clube fora alvo na época anterior, quando tinha jogado ali com o FC Porto as meias finais do Campeonato de Portugal. 9-0 foi o amargo resultado dessa cortesia dos Leões para com os conimbricenses.

Nos confrontos com clubes estrangeiros o Sporting ganhou ao Rapid Viena e ao Nuselski, e empatou com o Sparta de Praga, que na altura era considerada como uma das melhores equipas do centro da Europa e que tinha deixado um rasto de destruição nos jogos anteriormente disputados em Portugal, com destaque para uma goleada de 5-0 ao Benfica.

Em Maio de 1924, o Sporting deslocou-se pela primeira vez à Madeira, onde ganhou os quatro jogos aí realizados, encerrando a temporada com um torneio relâmpago, onde depois de eliminar Benfica e Vitória de Setúbal, empatou na Final com o Belenenses. O regulamento previa um prolongamento de 10 minutos, mas o árbitro desconhecia-o, pelo que depois de alguma confusão foi declarado pelas autoridades que o Sporting desistia da prova, tendo o Belenenses rejeitado a vitória nesses termos.

Nesta temporada o Sporting ganhou pela primeira vez o Campeonato de Lisboa da 3ª categoria, com uma equipa onde despontou Martinho de Oliveira. A vitória do Sporting foi categórica, ficando assinalada na Final com uma goleada de 7-0 ao Carcavelinhos.

To-mane 22h41min de 20 de Setembro de 2008 (UTC)

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