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Linha 46: |
Linha 46: |
| | 1ª Divisão||1961/62||Atlético||||||||||||||||||||| | | | 1ª Divisão||1961/62||Atlético||||||||||||||||||||| |
| |- | | |- |
− | | ||1962/63||? (Marrocos)||||||||||||||||||||| | + | | ||1962/63||Ittihad de Tanger||||||||||||||||||||| |
| |- | | |- |
− | | ||1963/64||? (Marrocos)||||||||||||||||||||| | + | | ||1963/64||Ittihad de Tanger||||||||||||||||||||| |
| |- | | |- |
− | | ||1964/65||? (Marrocos)||||||||||||||||||||| | + | | ||1964/65||Ittihad de Tanger||||||||||||||||||||| |
| |- | | |- |
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Revisão das 16h55min de 20 de janeiro de 2011
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Dados de Carlos Gomes |
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Nome |
Carlos António do Carmo Costa Gomes
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Nascimento |
18 de Janeiro de 1932
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Naturalidade |
Barreiro - Portugal -
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Posição |
Guarda-redes
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Escalão
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Época
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Clube
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Jogos
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Golos
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Titulos
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Internacionalizações
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JUV |
JUN |
ESP |
BB |
AA |
Golos
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2ª Divisão |
1949/50 |
Barreirense |
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1ª Divisão |
1950/51 |
SPORTING |
7 |
-7 |
Campeonato Nacional |
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1ª Divisão |
1951/52 |
SPORTING |
33 |
-48 |
Campeonato Nacional |
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1ª Divisão |
1952/53 |
SPORTING |
31 |
-30 |
Campeonato Nacional |
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1ª Divisão |
1953/54 |
SPORTING |
34 |
-40 |
Campeonato Nacional Taça de Portugal |
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3 |
-1
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1ª Divisão |
1954/55 |
SPORTING |
30 |
-32 |
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3 |
?
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1ª Divisão |
1955/56 |
SPORTING |
28 |
-36 |
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|
3 |
?
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1ª Divisão |
1956/57 |
SPORTING |
29 |
-32 |
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6 |
-10
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1ª Divisão |
1957/58 |
SPORTING |
27 |
-20 |
Campeonato Nacional |
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3 |
-6
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1ª Divisão |
1958/59 |
Granada |
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1ª Divisão |
1959/60 |
Granada |
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1ª Divisão |
1960/61 |
Oviedo |
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1ª Divisão |
1961/62 |
Atlético |
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1962/63 |
Ittihad de Tanger |
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1963/64 |
Ittihad de Tanger |
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1964/65 |
Ittihad de Tanger |
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Total = |
221 |
-245 |
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18 |
?
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Genial e polémico são os dois adjectivos que mais vezes encontramos associados a Carlos Gomes, para muitos o melhor guarda-redes português de todos os tempos.
Um atleta de eleição ao serviço do Sporting
Oriundo do Barreirense onde se apaixonou pelo "oficio" a ver as defesas de Francisco Silva o suplente de Azevedo na Selecção Nacional, foi contratado pelo Sporting quando tinha apenas 18 anos, demonstrando logo aí toda a sua irreverência, ao contestar o facto de lhe colocarem a transferência como um dado adquirido, exigindo mais dinheiro e acabando assim por receber 50 contos em vez dos 10 que lhe propunham.
Chegado ao Sporting foi suplente do grande João Azevedo durante um ano, mas aos 19 anos a camisola número 1 já era sua, e durante os oito anos que esteve no Clube conquistou 5 Campeonatos Nacionais e uma Taça de Portugal.
Chegou à Selecção Nacional em 1953, estreando no Jamor em jogo particular no qual Portugal derrotou a África do Sul por 3-1, sucedendo a Barrigana na baliza portuguesa, da qual passou a ser o dono apesar da concorrência de Costa Pereira, totalizando 18 internacionalizações que poderiam ter sido muitas mais se não tivesse saído do Sporting.
Num dos seus voos lendários
Homem polémico, rebelde, irreverente e contestatário à ditadura vigente na altura em Portugal, o que lhe custou alguns dissabores, acabou por sair do Sporting com apenas 26 anos, na sequência de novas exigências financeiras que os dirigentes leoninos, alguns deles ligados ao regime e já fartos de o aturar, não satisfizeram.
Transferiu-se então para o futebol espanhol a troco de um milhão de pesetas, onde jogou no Granada e no Oviedo, e só não chegou mais longe porque o Sporting não o deixou ir para clubes maiores, numa altura em que Real Madrid e Barcelona demonstraram interesse em contrata-lo.
Actuava quase sempre de preto e um dia explicou porquê a um jornalista espanhol: «Visto-me de preto, pois enquanto o futebol português estiver nas mãos dos doutores, está de luto.»
Em 1961 esteve para ir para o Salgueiros, mas mais uma vez o Sporting não autorizou, suspeitando-se que o Benfica estaria por trás da história, e assim mandaram-no regressar a Alvalade, mas ele exigiu muito dinheiro e o acordo não se concretizou.
Acabou por ir para o Atlético, mas voltou a emigrar depois de se envolver numa história rocambolesca, que meteu uma condenação por alegada violação, que refutou acusando os dirigentes do Sporting de lhe terem armado uma cilada, e uma fuga para Espanha e depois para Marrocos, onde adquiriu o estatuto de exilado político e ainda jogou e brilhou em Tânger, ao ponto de ser convidado por emissários do Rei a converter-se muçulmano e a mudar de nome e nacionalidade, o que não aceitou.
Só em 1963 ficou livre do contrato com o Sporting, mas condenado a 11 anos de prisão, manteve-se pelo norte de África tornando-se treinador dois anos depois, passando pela Argélia e Tunísia.
Mais tarde radicou-se em Espanha onde possuía negócios, regressando a Portugal em 1983.
Faleceu a 17 de Outubro 2005 com 73 anos.
To-mane 15h11min de 11 de Março de 2009 (WET)