Diferenças entre edições de "Basquetebol 1969/70"

Revisão das 14h48min de 25 de abril de 2014

Campeões Regionais… e Campeãs Nacionais da 2ª Divisão

O Basquetebol do Sporting vinha de uma época extraordinária, em que tinha ganho todas as provas masculinas seniores em que tinha participado, a equipa feminina tinha chegado à final do Campeonato Nacional da 2ª Divisão, e o Sporting tinha organizado o 1º Torneio de Lisboa de Minibasquete. Para mais, a equipa básica da época anterior mantinha-se, com Hermínio Barreto a manter-se como treinador, e dos jogadores apenas José Vicente e Marinho a saírem, verificando-se o regresso de Carlos Silva, que tinha estado a cumprir o serviço militar depois de sair da Académica. A época tinha tudo para correr bem.

Na Taça dos Campeões Europeus caiu em sorte ao Sporting o poderosíssimo Real Madrid. Os dois encontros valeram mais pela experiência ganha do que pelos resultados, com duas derrotas claríssimas, já esperadas e que portanto não alteraram o optimismo.

O Campeonato Regional de Lisboa, que esteve para não se realizar devido a problemas na Associação de Basquetebol de Lisboa, veio confirmar o que se esperava, ou seja, o domínio total do Sporting, ganhando todos os jogos, apesar de Hermínio Barreto ter decidido mudar da marcação à zona para a marcação homem a homem, o que veio a gerar algumas dificuldades à equipa, que no entanto foram sendo ultrapassadas.

No fim dos diversos Campeonatos Regionais, foram finalmente oficialmente introduzidas pela Federação Portuguesa de Basquetebol as novas regras, entre as quais a maior modificação foi que o relógio passou a parar em todas as interrupções, o que leva a que a duração do jogo jogado aumentasse bastante. Isto colocava problemas de preparação física a todas as equipas, menos às da Associação de Basquetebol do Porto, que já tinha adoptado essa regra durante o seu Campeonato Regional. Por outro lado, a Académica conseguiu inscrever dois jogadores norte-americanos recém-chegados ao país, contra as regras vigentes que determinavam seis meses de permanência antes de ser possível inscrever estrangeiros. Inicialmente o Congresso da Federação rejeitou o pedido, mas a Direcção Geral dos Desportos mais uma vez interveio a favor da Académica, modificando os regulamentos a uma semana do início do Campeonato Metropolitano. O Campeonato Metropolitano começou com ainda mais uma surpresa, que foi a permanência do Porto (que também se foi reforçar com um jogador americano) e do Nacional da Natação na divisão de honra. Esses clubes tinham descido de divisão, mas, para que isso não acontecesse, foi decidido aumentar o número de clubes na divisão cimeira.

A equipa de basquetebol feminino do Sporting campeã nacional da 2ª divisão em 1969/70

No entanto, não foram esses factores que acabaram por ser determinantes na má prestação no Campeonato Metropolitano. Foi antes o azar de lesões e doença de muitos jogadores, que levou a que o Sporting fizesse muitos jogos sem diversos jogadores. Assim, o Sporting acabou por perder diversos jogos, ficando irremediavelmente afastado da luta pela revalidação do Campeonato. Acabando em 3º lugar, também não se classificou para o Campeonato Nacional. Perto do fim do Campeonato, Zé Mário foi para Luanda devido à sua vida profissional.

O Sporting decidiu não participar na Taça de Portugal pelo segundo ano consecutivo.

A equipa feminina, por sua vez, teve um percurso brilhante. Depois de terem sido derrotadas na final do Campeonato Nacional da 2ª divisão, desta feita, numa final disputada a 17 de Maio de 1970, as moças de verde e branco derrotaram o Esqueira por 33-23. Eram elas Dulce (capitã), Catarina, Mena, Palmira, Conceição, Ana Maria, e Isabel, treinadas por Edgar Vital, que dispondo da prata da casa soube construir uma equipa. Foi o primeiro título conquistado pelo basquetebol feminino do Sporting.

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