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− | João Baptista Martins nasceu em Sines a 3 de Setembro de 1927. | + | {{Minidesambiguação|o avançado '''João Martins''' (1947-1959)|o médio da Academia '''João Martins''' (2001-2007)|João Paulo Martins|o médio da Academia '''João Martins''' (2018)|João Tomás Martins}} |
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− | Chegou a Lisboa pela mão do seu amigo [[Alfredo Trindade]], para jogar na CUF a troco de um emprego, mas foi descoberto pelo Dr. [[Abrantes Mendes]] e contratado pelo Sporting em 1947, iniciando aí uma bonita carreira ao serviço do Clube, que duraria até 1959, durante a qual conquistou sete Campeonatos Nacionais, e uma Taça de Portugal, realizando 251 jogos e marcando 166 golos.
| + | {{Dados do jogador |
| + | |nome =João Baptista Martins |
| + | |data_nascimento =3 de Setembro de 1927 |
| + | |naturalidade=Sines |
| + | |pais=Portugal |
| + | |posicao =Futebolista (avançado) |
| + | |imagem =[[Image:joãomartins.jpg|270x160px]] |
| + | }} |
| + | {| class="wikitable" width=100% style="text-align:center" |
| + | |-align=center valign=middle style="background:#E1EFC2;" |
| + | | width=12% rowspan="2" | '''Escalão''' |
| + | | width=10% rowspan="2" | '''Época''' |
| + | | width=17% rowspan="2" | '''Clube''' |
| + | | width=4% rowspan="2" | '''Jogos''' |
| + | | width=4% rowspan="2" | '''Golos''' |
| + | | width=28% rowspan="2" | '''Titulos''' |
| + | | width=1% rowspan="2" | |
| + | | colspan="6" | '''Internacionalizações''' |
| + | |-style="background:#E1EFC2;" |
| + | | width=4% |'''JUV''' ||width=4% |'''JUN''' ||width=4% |'''ESP''' ||width=4% |'''BB''' ||width=4% |'''AA''' ||width=4% |'''Golos''' |
| + | |-style="background:#E1EFC2;" |
| + | |- |
| + | | Regionais||1943/44||Sport Lisboa e Sines|||||||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | Regionais||1944/45||Sport Lisboa e Sines|||||||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | Regionais||1945/46||Sport Lisboa e Sines|||||||||||||||||||| |
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| + | | 2ª Categoria||[[1946/47]]||[[Sporting Clube de Portugal|'''SPORTING''']]||||||||||||||||||||| |
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| + | | 1ª Divisão||[[1947/48]]||[[Sporting Clube de Portugal|'''SPORTING''']]|||4||3||Campeonato Nacional||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||[[1948/49]]||[[Sporting Clube de Portugal|'''SPORTING''']]|||6||1||Campeonato Nacional||||||||||||||| |
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| + | | 1ª Divisão||[[1949/50]]||[[Sporting Clube de Portugal|'''SPORTING''']]|||6||2|||||||||||||||| |
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| + | | 1ª Divisão||[[1950/51]]||[[Sporting Clube de Portugal|'''SPORTING''']]|||14||5||Campeonato Nacional||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||[[1951/52]]||[[Sporting Clube de Portugal|'''SPORTING''']]|||29||18||Campeonato Nacional|||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||[[1952/53]]||[[Sporting Clube de Portugal|'''SPORTING''']]|||31||35||Campeonato Nacional||||||||||||2||0 |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||[[1953/54]]||[[Sporting Clube de Portugal|'''SPORTING''']]|||31||39||Campeonato Nacional<br>Taça de Portugal||||||||||||2||0 |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||[[1954/55]]||[[Sporting Clube de Portugal|'''SPORTING''']]|||30||24||||||||||||||3||0 |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||[[1955/56]]||[[Sporting Clube de Portugal|'''SPORTING''']]|||24||7||||||||||||||3||0 |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||[[1956/57]]||[[Sporting Clube de Portugal|'''SPORTING''']]|||30||15||||||||||||||1||0 |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||[[1957/58]]||[[Sporting Clube de Portugal|'''SPORTING''']]|||30||12||Campeonato Nacional||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||[[1958/59]]||[[Sporting Clube de Portugal|'''SPORTING''']]|||15||3|||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | |-style="background:#E1EFC2;" |
| + | | colspan="3" align=right |'''Total = ''' |||<section begin=jogos />250<section end=jogos />||<section begin=golos />164<section end=golos />|||||||||||||1||11||0 |
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| + | |} |
| + | Alentejano de Sines, João Martins teve uma infância difícil trabalhando como corticeiro, pelo que o seu jeito para marcar golos quando jogava no Sport Lisboa e Sines, acabou por ser uma porta para uma vida melhor. |
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− | Avançado alto magro e versátil jogou em todas as posições do ataque e não era apenas um goleador, sendo também muitas vezes um brilhante assistente, viria a fixar-se definitivamente na equipa após o abandono de Peyroteo.
| + | Em 1946 veio para Lisboa pela mão do seu amigo [[Alfredo Trindade]] que o queria levar para o Sporting, mas João tinha os pés bem assentes na terra e estava consciente de que naquela altura a linha avançada dos Leões era constituída pelos [[Cinco Violinos]], com um suplente de luxo como [[Armando Ferreira]], pelo que decidiu tentar a sua sorte na CUF, pedindo em troca apenas um emprego. Treinou e agradou, mas como o emprego não aparecia recusava-se a assinar e não jogava, continuando no entanto a treinar. |
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− | Foi o melhor marcador do Campeonato Nacional de 1953/54 com 31 golos e o autor do primeiro golo da história das competições europeias.
| + | [[Image:martins.jpg|thumb|left|<center>João Martins</center>]] |
| + | Nessa altura os fabris treinavam lado a lado com o Sporting no Lumiar A, e foi lá que o Dr. [[Abrantes Mendes]] descobriu João Martins e ofereceu-lhe um contrato que ele assinou sem regatear, recebendo na hora 100 escudos da mão do Presidente [[Ribeiro Ferreira]] e ficando a ganhar 400 escudos por mês. |
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− | Jogador correcto e leal, nunca foi castigado e seu nome ficará ligado para sempre ao título conquistado pelo Benfica na temporada de 1954/55, quando no Restelo marcou um golo a poucos minutos do fim do Campeonato, empatando um jogo que o Belenenses precisava de ganhar, entregando assim o título aos grandes rivais do seu Clube, e acabando a chorar junto dos jogadores do Belenenses.
| + | Nos primeiros tempos jogou pouco, mas o abandono de [[Fernando Peyroteo|Peyroteo]] foi outra porta que se lhe abriu, e apesar da chegada de [[Mário Wilson]] que vinha destinado a ocupar a vaga deixada em aberto pelo maior goleador da história do futebol português, foi João Martins que acabou por ganhar o lugar de avançado centro, posição que consolidou depois da chegada de [[Randolph Galloway]], tornando-se então no melhor marcador da equipa. |
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− | Foi 11 vezes internacional
| + | Avançado alto, magro e versátil, jogou em todas as posições do ataque, e não era apenas um goleador, sendo também muitas vezes um brilhante assistente. De resto originalmente atuava como extremo ou interior esquerdo, posições que voltou a desempenhar no Sporting sempre que chegava um dos muitos avançados centros que na altura passaram pelo Clube sem grande sucesso, pelo que João Martins acabava invariavelmente por ser a solução. |
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− | Depois de abandonar o futebol emigrou para França onde foi operário fabril. Faleceu em 1993 em Paris, com 66 anos, vítima de ataque cardíaco.
| + | Chegou a jogar a guarda-redes, primeiro contra o Olhanense em 1950, e pouco depois em Marvila, devido a lesão de [[João Tormenta]], defendeu a baliza do Sporting durante 80 minutos sem sofrer um golo. Conquistou sete Campeonatos Nacionais, e uma Taça de Portugal, realizando 250 jogos oficiais e marcando 164 golos ao serviço da equipa principal do Sporting. |
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− | [[Usuário:To-mane|To-mane]] 21:23, 9 Julho 2008 (WEST)
| + | A 23 de Novembro de 1952 estreou-se na Seleção Nacional passando então a ser regularmente chamado aos jogos de Portugal, que representou por onze vezes. |
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− | [[Categoria:Personalidades]] | + | Foi o melhor marcador do Campeonato Nacional de [[1953/54]] com 31 golos, e o autor do primeiro golo da [[Futebol do Sporting na Europa|história das competições europeias]], num jogo disputado no Estádio Nacional no dia 4 de Setembro de 1955, entre o [[1955-09-04 SPORTING – Partizan Belgrado|Sporting e o Partizan de Belgrado]], que terminou com um empate a três bolas. |
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− | [[Categoria:Jogadores]] | + | Jogador correto e leal, nunca foi castigado, nem sequer com uma simples repreensão, tendo sido um atleta exemplar que deixou atrás de si um lastro de admiração e respeito da parte de todos os que o conheceram. |
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| + | O seu nome ficará ligado para sempre ao campeonato conquistado pelo Benfica na temporada de [[1954/55]], quando no Restelo marcou um golo a poucos minutos do fim de um jogo que o Belenenses precisava de ganhar, empatando-o e entregando assim o título aos grandes rivais do seu Clube, e acabando a chorar junto dos jogadores do Belenenses. |
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| + | Depois de abandonar o futebol emigrou para França onde foi operário fabril. Faleceu em 1993 em Paris com 66 anos, vítima de ataque cardíaco. |
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| + | [[Usuário:To-mane|To-mane]] 16h39min de 15 de Março de 2009 (WET) |
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| + | [[Categoria:Futebolistas]] |
| + | [[Categoria:Internacionais A - Futebol]] |
| + | [[Categoria:Personalidades]] |
Alentejano de Sines, João Martins teve uma infância difícil trabalhando como corticeiro, pelo que o seu jeito para marcar golos quando jogava no Sport Lisboa e Sines, acabou por ser uma porta para uma vida melhor.
Nessa altura os fabris treinavam lado a lado com o Sporting no Lumiar A, e foi lá que o Dr. Abrantes Mendes descobriu João Martins e ofereceu-lhe um contrato que ele assinou sem regatear, recebendo na hora 100 escudos da mão do Presidente Ribeiro Ferreira e ficando a ganhar 400 escudos por mês.
Avançado alto, magro e versátil, jogou em todas as posições do ataque, e não era apenas um goleador, sendo também muitas vezes um brilhante assistente. De resto originalmente atuava como extremo ou interior esquerdo, posições que voltou a desempenhar no Sporting sempre que chegava um dos muitos avançados centros que na altura passaram pelo Clube sem grande sucesso, pelo que João Martins acabava invariavelmente por ser a solução.
Chegou a jogar a guarda-redes, primeiro contra o Olhanense em 1950, e pouco depois em Marvila, devido a lesão de João Tormenta, defendeu a baliza do Sporting durante 80 minutos sem sofrer um golo. Conquistou sete Campeonatos Nacionais, e uma Taça de Portugal, realizando 250 jogos oficiais e marcando 164 golos ao serviço da equipa principal do Sporting.
A 23 de Novembro de 1952 estreou-se na Seleção Nacional passando então a ser regularmente chamado aos jogos de Portugal, que representou por onze vezes.
Jogador correto e leal, nunca foi castigado, nem sequer com uma simples repreensão, tendo sido um atleta exemplar que deixou atrás de si um lastro de admiração e respeito da parte de todos os que o conheceram.
O seu nome ficará ligado para sempre ao campeonato conquistado pelo Benfica na temporada de 1954/55, quando no Restelo marcou um golo a poucos minutos do fim de um jogo que o Belenenses precisava de ganhar, empatando-o e entregando assim o título aos grandes rivais do seu Clube, e acabando a chorar junto dos jogadores do Belenenses.
Depois de abandonar o futebol emigrou para França onde foi operário fabril. Faleceu em 1993 em Paris com 66 anos, vítima de ataque cardíaco.