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| |nome =Otto Martins Glória | | |nome =Otto Martins Glória |
| |data_nascimento =9 de Janeiro de 1917 | | |data_nascimento =9 de Janeiro de 1917 |
− | |naturalidade =Rio de Janeiro, Brasil | + | |naturalidade=Rio de Janeiro |
| + | |pais=Brasil |
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| |imagem =[[Imagem:Otto_Gloria.jpg|270x160px]] | | |imagem =[[Imagem:Otto_Gloria.jpg|270x160px]] |
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| + | {| class="wikitable" width=100% style="text-align:center" |
| + | |-style="background:#E1EFC2;" |
| + | | width=12% |'''Escalão''' |
| + | | width=10% |'''Época''' |
| + | | width=16% |'''Clube''' |
| + | | width=12% |'''Obs.''' |
| + | | width=5% |'''Jogos''' |
| + | | width=5% |'''V''' |
| + | | width=5% |'''E''' |
| + | | width=5% |'''D''' |
| + | | width=30% |'''Titulos''' |
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| + | | 1ª Divisão||1949||Vasco da Gama||Adjunto||||||||||Campeonato Carioca |
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| + | | 1ª Divisão||1950||Vasco da Gama||Adjunto|||||||||| |
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| + | | 1ª Divisão||1951||Vasco da Gama|||||||||||| |
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| + | | ||1952||||||||||||||| |
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| + | | ||1953||||||||||||||| |
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| + | | 1ª Divisão||1954/55||Benfica|||||||||||||Campeonato Nacional<br>Taça de Portugal |
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| + | | 1ª Divisão||1955/56||Benfica||||||||||||| |
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| + | | 1ª Divisão||1956/57||Benfica|||||||||||||Campeonato Nacional<br>Taça de Portugal |
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| + | | 1ª Divisão||1957/58||Benfica||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1958/59||Benfica|||||||||||||Taça de Portugal |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1959/60||Belenenses||||||||||||Taça de Portugal |
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| + | | 1ª Divisão||1960/61||Belenenses|||||||||||| |
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| + | | 1ª Divisão||[[1960/61]]||[[Sporting Clube de Portugal|'''SPORTING''']]||||11||7||2||2|| |
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| + | | 1ª Divisão||[[1961/62]]||[[Sporting Clube de Portugal|'''SPORTING''']]||||5||2||2||1||Campeonato Nacional<br>Taça de Honra |
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| + | | 2ª Divisão||1961/62||Marseille||||||||||||Subida de divisão |
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| + | | 1ª Divisão||1963||Vasco da Gama||||||||||||| |
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| + | | 1ª Divisão||1963/64||FC Porto||||||||||||| |
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| + | | 1ª Divisão||1964/65||FC Porto||||||||||||| |
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| + | | 1ª Divisão||[[1965/66]]||[[Sporting Clube de Portugal|'''SPORTING''']]||||37||24||7||6||Campeonato Nacional |
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| + | | Seniores||1966||Portugal|||||||||||||3º lugar - Mundial 66 |
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| + | | 1ª Divisão||1966/67||Atlético Madrid||||||||||||| |
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| + | | 1ª Divisão||1967/68||Atlético Madrid||||||||||||| |
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| + | | 1ª Divisão||1967/68||Benfica||||||||||||Campeonato Nacional |
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| + | | 1ª Divisão||1968/69||Benfica||||||||||||Campeonato Nacional<br>Taça de Portugal |
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| + | | 1ª Divisão||1969/70||Benfica|||||||||||| |
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| + | | 1ª Divisão||1970||América|||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1971||Grêmio|||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1972||Grêmio|||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1973||Portuguesa||||||||||||Campeonato Paulista |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1974||Portuguesa|||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1975||Portuguesa|||||||||||| |
| + | |- |
| + | | ||1976||||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1977||Santos||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1978||Monterrey||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1979||Monterrey||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | 1ª Divisão||1979||Vasco da Gama||||||||||||| |
| + | |- |
| + | | Seniores||1980/81||Nigéria|||||||||||||CAN |
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| + | | Seniores||1981/82||Nigéria||||||||||||| |
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| + | | Seniores||1982/83||Portugal||||||||||||| |
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| + | | 1ª Divisão||1983||Vasco da Gama||||||||||||| |
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| + | |-style="background:#E1EFC2;" |
| + | | colspan="3" align=right | '''Total ='''||||53||33||11||9|| |
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− | Otto Glória jogou no Vasco da Gama, no Olaria e no Botafogo, tendo estudado Ciências e Direito, atingindo mesmo os últimos anos da Faculdade. | + | Neto de portugueses, Otto Glória jogou futebol no Vasco da Gama, no Olaria e no Botafogo, ao mesmo tempo que estudava Ciências e Direito, tendo chegado mesmo aos últimos anos da Faculdade. |
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− | Chegou a Portugal em 1954, após passagem pelo Vasco da Gama e América, para dirigir o Benfica e mais tarde o Belenenses, de onde transitou para o Sporting em Abril de 1961, acabando por se demitir em Setembro do mesmo ano quando o Campeonato que o Sporting viria a ganhar estava a começar.
| + | Tinha apenas 25 anos de idade quando abandonou a prática do futebol, para iniciar a sua longa carreira de treinador, orientando as equipas jovens do Vasco da Gama, onde pouco depois passou a ser o adjunto de Flávio Costa, a quem sucederia no comando da equipa principal, em 1951. |
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− | Depois de uma passagem por França onde orientou o Marselha, regressou ao Brasil, voltando a Portugal em 1964 para orientar o FC Porto.
| + | Chegou a Portugal em 1954 para treinar o Benfica, e tornou-se numa das maiores figuras do futebol português, que revolucionou, introduzindo novos métodos de trabalho e o verdadeiro profissionalismo, com todas as suas exigências, sem esquecer as inovações tácticas, nomeadamente o 4x2x4 que veio substituir o até aí predominante WM. |
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− | Na época de [[1965/66]] regressa ao Sporting para se sagrar Campeão Nacional, ao mesmo tempo que orientava a Selecção Nacional que ficou no 3º lugar do Mundial de Inglaterra.
| + | Pode-se dizer que Otto Glória foi fundamental para o fim da hegemonia do Sporting, que tinha ganho sete campeonatos nas oito épocas anteriores à sua chegada ao Benfica, onde o seu sucesso foi imediato, conquistando dois campeonatos e três Taças de Portugal, e lançando as sementes de uma grande equipa. |
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− | Como consequência dessa brilhante temporada, foi contratado pelo Atlético de Madrid, voltando ao Benfica em 1968 onde esteve até regressar ao Brasil.
| + | Depois de cinco temporadas no Benfica, foi para o Belenenses onde ganhou uma Taça de Portugal, até que em Abril de 1961 transitou para o Sporting, acabando por se demitir em Setembro do mesmo ano, na sequência de algumas criticas dos dirigentes, de que não gostou, quando o Campeonato que o Sporting viria a ganhar, estava ainda a começar, deixando a equipa nas mãos de [[Juca]], o seu adjunto. Foi nessa altura que proferiu outra celebre frase: {{Quote|Sem ovos não se fazem omeletes}} |
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− | Em 1982 voltou à Selecção Nacional sem grande sucesso, depois de uma experiência à frente da Nigéria.
| + | Após uma passagem por França onde conseguiu subir de divisão o Marselha, regressou ao Brasil, mas pouco tempo depois voltou a Portugal para orientar o FC Porto, onde ficou à porta do sucesso, obtendo dois segundos lugares no Campeonato, e uma presença na Final da Taça de Portugal. |
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− | Regressou então ao Brasil onde faleceu a 4 de Setembro de 1986, com 69 anos.
| + | Na época de [[1965/66]] regressou ao Sporting para se sagrar Campeão Nacional, novamente a trabalhar em conjunto com [[Juca]], ao mesmo tempo que desempenhava as funções de treinador de campo na Selecção de Portugal que ficou no 3º lugar do Mundial de Inglaterra. |
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| + | Como consequência dessa brilhante temporada, foi contratado pelo Atlético de Madrid para onde foi ganhar muito mais do que o Sporting lhe oferecia, deixando Alvalade novamente agastado com os dirigentes leoninos, e afirmando:{{Quote|No Sporting, nunca mais!}} |
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− | [[Usuário:To-mane|To-mane]] 11:42, 12 Julho 2008 (WEST)
| + | Regressou ao Benfica em Abril de 1968, para orientar a equipa na Final da Taça dos Campeões Europeus e ganhar mais dois Campeonatos e uma Taça de Portugal, até ser despedido em Fevereiro de 1970, o que o levou a ter uma das suas famosa tiradas afirmando: {{Quote|Quando o time ganha o técnico é bestial. Quando o time perde, o técnico é uma besta}} |
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− | [[Categoria:Treinadores]] | + | Regressou então ao Brasil para orientar o América e depois o Grémio de Porto Alegre e a Portuguesa de Desportos, onde conquistou o Campeonato Paulista em 1973. Posteriormente esteve no Santos e no Vasco da Gama, passando também pelo México. |
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| + | Em 1980 tornou-se no Seleccionador da Nigéria, conquistando a CAN desse ano, e dois anos depois voltou à Selecção de Portugal, iniciando a campanha que levou os "Patrícios" à fase final do Europeu de 1984, mas uma derrota por 5-0 em Moscovo frente à URSS, motivou o seu despedimento, sendo então substituído por uma comissão técnica que levou a nossa Selecção às meias-finais dessa competição. |
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| + | Regressou então ao Brasil onde ainda treinou outra vez o Vasco da Gama, vindo a falecer a 4 de Setembro de 1986, com 69 anos de idade. |
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| + | [[Usuário:To-mane|To-mane]] 16h07min de 3 de Abril de 2010 (WEST) |
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| + | [[Categoria:Treinadores de Futebol]] |
Neto de portugueses, Otto Glória jogou futebol no Vasco da Gama, no Olaria e no Botafogo, ao mesmo tempo que estudava Ciências e Direito, tendo chegado mesmo aos últimos anos da Faculdade.
Tinha apenas 25 anos de idade quando abandonou a prática do futebol, para iniciar a sua longa carreira de treinador, orientando as equipas jovens do Vasco da Gama, onde pouco depois passou a ser o adjunto de Flávio Costa, a quem sucederia no comando da equipa principal, em 1951.
Chegou a Portugal em 1954 para treinar o Benfica, e tornou-se numa das maiores figuras do futebol português, que revolucionou, introduzindo novos métodos de trabalho e o verdadeiro profissionalismo, com todas as suas exigências, sem esquecer as inovações tácticas, nomeadamente o 4x2x4 que veio substituir o até aí predominante WM.
Pode-se dizer que Otto Glória foi fundamental para o fim da hegemonia do Sporting, que tinha ganho sete campeonatos nas oito épocas anteriores à sua chegada ao Benfica, onde o seu sucesso foi imediato, conquistando dois campeonatos e três Taças de Portugal, e lançando as sementes de uma grande equipa.
Depois de cinco temporadas no Benfica, foi para o Belenenses onde ganhou uma Taça de Portugal, até que em Abril de 1961 transitou para o Sporting, acabando por se demitir em Setembro do mesmo ano, na sequência de algumas criticas dos dirigentes, de que não gostou, quando o Campeonato que o Sporting viria a ganhar, estava ainda a começar, deixando a equipa nas mãos de
, o seu adjunto. Foi nessa altura que proferiu outra celebre frase:
Após uma passagem por França onde conseguiu subir de divisão o Marselha, regressou ao Brasil, mas pouco tempo depois voltou a Portugal para orientar o FC Porto, onde ficou à porta do sucesso, obtendo dois segundos lugares no Campeonato, e uma presença na Final da Taça de Portugal.
Como consequência dessa brilhante temporada, foi contratado pelo Atlético de Madrid para onde foi ganhar muito mais do que o Sporting lhe oferecia, deixando Alvalade novamente agastado com os dirigentes leoninos, e afirmando:
Regressou ao Benfica em Abril de 1968, para orientar a equipa na Final da Taça dos Campeões Europeus e ganhar mais dois Campeonatos e uma Taça de Portugal, até ser despedido em Fevereiro de 1970, o que o levou a ter uma das suas famosa tiradas afirmando:
Regressou então ao Brasil para orientar o América e depois o Grémio de Porto Alegre e a Portuguesa de Desportos, onde conquistou o Campeonato Paulista em 1973. Posteriormente esteve no Santos e no Vasco da Gama, passando também pelo México.
Em 1980 tornou-se no Seleccionador da Nigéria, conquistando a CAN desse ano, e dois anos depois voltou à Selecção de Portugal, iniciando a campanha que levou os "Patrícios" à fase final do Europeu de 1984, mas uma derrota por 5-0 em Moscovo frente à URSS, motivou o seu despedimento, sendo então substituído por uma comissão técnica que levou a nossa Selecção às meias-finais dessa competição.
Regressou então ao Brasil onde ainda treinou outra vez o Vasco da Gama, vindo a falecer a 4 de Setembro de 1986, com 69 anos de idade.