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Depois de dois anos de uma [[A Gerência 2011-2013|atribulada gerência]], [[Godinho Lopes]] demitiu-se na sequência da [[A crise de 2012/13|grave crise institucional]] que o Clube atravessava, dando origem a um novo processo eleitoral, que foi marcado para o dia 23 de Março de 2013.
 
Depois de dois anos de uma [[A Gerência 2011-2013|atribulada gerência]], [[Godinho Lopes]] demitiu-se na sequência da [[A crise de 2012/13|grave crise institucional]] que o Clube atravessava, dando origem a um novo processo eleitoral, que foi marcado para o dia 23 de Março de 2013.
  
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Seguiu-se o empresário João Paiva dos Santos, que também chegou a apresentar a sua candidatura, mas que acabou por desistir a favor de [[José Couceiro]], resolvendo avançar apenas com uma lista para o [[Conselho Leonino]], que no entanto não seria entregue a tempo, ficando assim pelo caminho.
 
Seguiu-se o empresário João Paiva dos Santos, que também chegou a apresentar a sua candidatura, mas que acabou por desistir a favor de [[José Couceiro]], resolvendo avançar apenas com uma lista para o [[Conselho Leonino]], que no entanto não seria entregue a tempo, ficando assim pelo caminho.
  
O chamado candidato da continuidade teve um parto difícil, depois das recusas de [[Rogério Alves]] e de [[Figo|Luís Figo]], chegando-se mesmo a falar na hipótese da recandidatura de [[Godinho Lopes]]. No entanto foi [[José Couceiro]] a avançar quando já só faltavam 2 dias para o encerramento do prazo de entrega das candidaturas, e depois de ter sido convidado para integrar a estrutura do Departamento de Futebol da equipa de [[Bruno de Carvalho]].
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O chamado candidato da continuidade teve um parto difícil, depois das recusas de [[Rogério Alves]] e de [[Luís Figo]], chegando-se mesmo a falar na hipótese da recandidatura de [[Godinho Lopes]]. No entanto foi [[José Couceiro]] a avançar quando já só faltavam 2 dias para o encerramento do prazo de entrega das candidaturas, e depois de ter sido convidado para integrar a estrutura do Departamento de Futebol da equipa de [[Bruno de Carvalho]].
  
 
A campanha eleitoral prolongou-se durante um mês, com a discussão a centrar-se na difícil situação financeira do Clube e da SAD, o que obrigou os três candidatos a convergirem em questões como a contenção de custos, a necessidade de reestruturar a dívida e de arranjar investidores, o que todos garantiram ter já assegurado, sendo que aqui a grande divergência resultava do facto de [[José Couceiro]] admitir a  perda da maioria do Capital da SAD, ao contrário dos outros dois candidatos, que defendiam que o Sporting deveria manter essa posição.
 
A campanha eleitoral prolongou-se durante um mês, com a discussão a centrar-se na difícil situação financeira do Clube e da SAD, o que obrigou os três candidatos a convergirem em questões como a contenção de custos, a necessidade de reestruturar a dívida e de arranjar investidores, o que todos garantiram ter já assegurado, sendo que aqui a grande divergência resultava do facto de [[José Couceiro]] admitir a  perda da maioria do Capital da SAD, ao contrário dos outros dois candidatos, que defendiam que o Sporting deveria manter essa posição.
  
No que diz respeito ao Futebol, todos defenderam a aposta na formação para rentabilizar ao máximo a excelência da [[Academia Sporting]] e reduzir os custos, mas Carlos Severino assentava o seu projecto essencialmente numa parceria com a Cruyff Football International, e colocava algumas reservas em relação ao treinador [[Jesualdo Ferreira]], enquanto [[José Couceiro]] e [[Bruno de Carvalho]] se assumiam como os homens fortes do Futebol, o primeiro com o apoio de [[Pedro Barbosa]] na vertente profissional e de [[Diogo Matos]] na formação, e o segundo com uma equipa pluridisciplinar de três elementos, formada por [[Virgílio|Virgílio Lopes]], [[Inácio|Augusto Inácio]] e , mas ambos diziam contar com [[Jesualdo Ferreira]] como o seu treinador.
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No que diz respeito ao Futebol, todos defenderam a aposta na formação para rentabilizar ao máximo a excelência da [[Academia Sporting]] e reduzir os custos, mas Carlos Severino assentava o seu projecto essencialmente numa parceria com a Cruyff Football International, e colocava algumas reservas em relação ao treinador [[Jesualdo Ferreira]], enquanto [[José Couceiro]] e [[Bruno de Carvalho]] se assumiam como os homens fortes do Futebol, o primeiro com o apoio de [[Pedro Barbosa]] na vertente profissional e de [[Diogo Matos]] na formação, e o segundo com uma equipa pluridisciplinar de três elementos, formada por [[Virgílio Lopes]], [[Augusto Inácio]] e , mas ambos diziam contar com [[Jesualdo Ferreira]] como o seu treinador.
  
 
Para além disso todos os candidatos se declararam defensores do ecletismo e prometeram tudo fazer para consumarem a construção do ansiado pavilhão junto ao [[Complexo Alvalade XXI]].
 
Para além disso todos os candidatos se declararam defensores do ecletismo e prometeram tudo fazer para consumarem a construção do ansiado pavilhão junto ao [[Complexo Alvalade XXI]].
 
   
 
   
Com tanta convergência a discussão por vezes acabou por resvalar para aquilo que menos interessava aos sócios do Sporting, com Carlos Severino a tentar ser levado a sério, garantido que não era simplesmente um “out-sider”, enquanto [[José Couceiro]] negava ser o homem da continuidade e se defendia dos ataques referentes às suas anteriores passagens pelo Sporting.  
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Com tanta convergência a discussão por vezes acabou por resvalar para aquilo que menos interessava aos sócios do Sporting, com Carlos Severino a tentar ser levado a sério, garantido que não era simplesmente um “outsider”, enquanto [[José Couceiro]] negava ser o homem da continuidade e se defendia dos ataques referentes às suas anteriores passagens pelo Sporting.  
  
Pelo seu lado [[Bruno de Carvalho]] adoptou uma postura mais cautelosa daquela que tivera em 2011, procurando conquistar o eleitorado mais conservador, embora continuando a assumir-se como o candidato da ruptura com o período que ficou conhecido como o "Projecto Roquete". E na realidade era isso que estava em cima da mesa: uma ruptura total com o passado recente, ou uma mudança tranquila na continuidade.
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Pelo seu lado [[Bruno de Carvalho]] adoptou uma postura mais cautelosa daquela que tivera em 2011, embora continuando a assumir-se como o candidato da ruptura com o período que ficou conhecido como o "[[Projecto Roquete]]". E na realidade era isso que estava em cima da mesa: uma ruptura total com o passado recente, ou uma mudança tranquila na continuidade.
  
 
Estas eleições tiveram também a novidade de pela primeira vez se poder votar por correspondência e de ter sido utilizado o voto eletrónico para os sócios que votaram presencialmente, o que no entanto não evitou alguma especulação, resultante da demora no apuramento dos resultados, que seriam anunciados já depois das 2 da manhã e apenas com carácter provisório, devido a alguns problemas no envio dos boletins de voto aos sócios que podiam votar por correspondência, o que levou à dilatação do prazo para a recepção desses votos, por mais três dias.
 
Estas eleições tiveram também a novidade de pela primeira vez se poder votar por correspondência e de ter sido utilizado o voto eletrónico para os sócios que votaram presencialmente, o que no entanto não evitou alguma especulação, resultante da demora no apuramento dos resultados, que seriam anunciados já depois das 2 da manhã e apenas com carácter provisório, devido a alguns problemas no envio dos boletins de voto aos sócios que podiam votar por correspondência, o que levou à dilatação do prazo para a recepção desses votos, por mais três dias.

Edição atual desde as 21h54min de 10 de dezembro de 2020

Os candidatos

Depois de dois anos de uma atribulada gerência, Godinho Lopes demitiu-se na sequência da grave crise institucional que o Clube atravessava, dando origem a um novo processo eleitoral, que foi marcado para o dia 23 de Março de 2013.

Bruno de Carvalho surgiu imediatamente como o candidato incontornável e o grande favorito para estas eleições, enquanto nomes que chegaram a ser ventilados, como Dias Ferreira e Pedro Baltazar, iam ficando pelo caminho.

Inesperadamente surgiu a candidatura “SOS Salvar o Sporting”, liderada por Carlos Severino, um jornalista aposentado que tinha sido Director de Comunicação do Sporting, durante as gerências de José Roquete e de Dias da Cunha.

Seguiu-se o empresário João Paiva dos Santos, que também chegou a apresentar a sua candidatura, mas que acabou por desistir a favor de José Couceiro, resolvendo avançar apenas com uma lista para o Conselho Leonino, que no entanto não seria entregue a tempo, ficando assim pelo caminho.

O chamado candidato da continuidade teve um parto difícil, depois das recusas de Rogério Alves e de Luís Figo, chegando-se mesmo a falar na hipótese da recandidatura de Godinho Lopes. No entanto foi José Couceiro a avançar quando já só faltavam 2 dias para o encerramento do prazo de entrega das candidaturas, e depois de ter sido convidado para integrar a estrutura do Departamento de Futebol da equipa de Bruno de Carvalho.

A campanha eleitoral prolongou-se durante um mês, com a discussão a centrar-se na difícil situação financeira do Clube e da SAD, o que obrigou os três candidatos a convergirem em questões como a contenção de custos, a necessidade de reestruturar a dívida e de arranjar investidores, o que todos garantiram ter já assegurado, sendo que aqui a grande divergência resultava do facto de José Couceiro admitir a perda da maioria do Capital da SAD, ao contrário dos outros dois candidatos, que defendiam que o Sporting deveria manter essa posição.

No que diz respeito ao Futebol, todos defenderam a aposta na formação para rentabilizar ao máximo a excelência da Academia Sporting e reduzir os custos, mas Carlos Severino assentava o seu projecto essencialmente numa parceria com a Cruyff Football International, e colocava algumas reservas em relação ao treinador Jesualdo Ferreira, enquanto José Couceiro e Bruno de Carvalho se assumiam como os homens fortes do Futebol, o primeiro com o apoio de Pedro Barbosa na vertente profissional e de Diogo Matos na formação, e o segundo com uma equipa pluridisciplinar de três elementos, formada por Virgílio Lopes, Augusto Inácio e , mas ambos diziam contar com Jesualdo Ferreira como o seu treinador.

Para além disso todos os candidatos se declararam defensores do ecletismo e prometeram tudo fazer para consumarem a construção do ansiado pavilhão junto ao Complexo Alvalade XXI.

Com tanta convergência a discussão por vezes acabou por resvalar para aquilo que menos interessava aos sócios do Sporting, com Carlos Severino a tentar ser levado a sério, garantido que não era simplesmente um “outsider”, enquanto José Couceiro negava ser o homem da continuidade e se defendia dos ataques referentes às suas anteriores passagens pelo Sporting.

Pelo seu lado Bruno de Carvalho adoptou uma postura mais cautelosa daquela que tivera em 2011, embora continuando a assumir-se como o candidato da ruptura com o período que ficou conhecido como o "Projecto Roquete". E na realidade era isso que estava em cima da mesa: uma ruptura total com o passado recente, ou uma mudança tranquila na continuidade.

Estas eleições tiveram também a novidade de pela primeira vez se poder votar por correspondência e de ter sido utilizado o voto eletrónico para os sócios que votaram presencialmente, o que no entanto não evitou alguma especulação, resultante da demora no apuramento dos resultados, que seriam anunciados já depois das 2 da manhã e apenas com carácter provisório, devido a alguns problemas no envio dos boletins de voto aos sócios que podiam votar por correspondência, o que levou à dilatação do prazo para a recepção desses votos, por mais três dias.

Mesmo assim, na madrugada do dia 24 de Março de 2013, foi possível perceber que Bruno de Carvalho seria o novo Presidente do Sporting Clube de Portugal, pois nessa altura já contava com 53,6% dos votos apurados, contra 45,3% de José Couceiro, enquanto Carlos Severino tinha apenas 1%.

Nestas eleições onde pela primeira vez o Conselho Fiscal e Disciplinar foi eleito pelo método de Hondt, há que realçar o facto de uma lista independente ter conseguido eleger um membro para este Órgão.

Os resultados finais oficiais seriam anunciados no dia 26, confirmando a vitória da lista B em todos os Órgãos Sociais, sendo de realçar que votaram 16095 sócios, ou seja cerca de metade dos 32518 que estavam habilitados a fazê-lo, sendo que 14166 associados exerceram o seu direito de voto presencial electronicamente, 24 optaram pelo papel e os restantes fizeram-no por correspondência, naquele que foi o 2º acto eleitoral mais concorrido de sempre na história do Sporting Clube de Portugal.

Resultados finais oficiais:

CONSELHO DIRECTIVO

Total de votos

  • LISTA A - Carlos Severino - 890 - 1,02%
  • LISTA B - Bruno de Carvalho - 47056 - 53,69%
  • LISTA C - José Couceiro - 39699 - 45,29%

Total de sócios votantes

  • LISTA A - 153 - 0,97%
  • LISTA B - 9423 - 59,50%
  • LISTA C - 6261 - 39,53%

Votos brancos/nulos

  • Quantidade de votos: 1466
  • Quantidade de sócios: 256

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

Total de votos

  • LISTA A - Carlos Teixeira - 4174 - 4,94%
  • LISTA B - Jaime Soares - 42784 - 50,64%
  • LISTA C - Tito Fontes - 37535 - 44,42%

Total de sócios

  • LISTA A - 774 - 5,06%
  • LISTA B - 8587 - 56,15%
  • LISTA C - 5931 - 38,78%

Votos brancos/nulos

  • Quantidade de votos: 4604
  • Quantidade de sócios: 798

CONSELHO FISCAL E DISCIPLINAR

Total de votos

  • LISTA A - António Lucas - 1826 - 2,13%
  • LISTA B - Bacelar Gouveia - 37753 - 43,98%
  • LISTA C - Nuno Marques - 30173 - 35,15%
  • LISTA D - Vicente Caldeira Pires - 16097 - 18,75%

Total de sócios

  • LISTA A - 319 - 2,06%
  • LISTA B - 7471 - 48,20%
  • LISTA C - 4741 - 30,59%
  • LISTA D - 2966 - 19,14%

Votos em branco/nulos

  • Quantidade de votos: 3278
  • Quantidade de sócios: 598

CONSELHO LEONINO

Total de votos

  • LISTA A - 22867 - 36,15%
  • LISTA B - 40381 - 63,85%

Quantidade de sócios

  • LISTA A - 4044 - 33,78%
  • LISTA B - 7928 - 66,22%

Votos em branco/nulos

  • Quantidade de votos: 25614
  • Quantidade de sócios: 4083

To-mane 00h43min de 27 de Março de 2013 (WET)