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Edição atual desde as 11h33min de 1 de outubro de 2024
Os primeiros Campeões Nacionais
Campeões Nacionais 36 anos depois
O Hóquei é uma modalidade com raízes bem ancestrais em várias culturas, de diferentes continentes, desde o Egipto, à Grécia ou aos Índios Americanos.
O Hóquei em Patins tem uma história bem mais recente, começou a ser praticado em Inglaterra em 1877 como modalidade de lazer e em 1905 de forma já competitiva e organizada. Em Portugal a modalidade começou a ser praticada por volta de 1914 em três clubes, o Recreios da Amadora, o Clube de Desportos de Benfica e Hockey Clube.
Entretanto Portugal tornou-se numa das grandes potências mundiais no Hóquei em Patins e por isso mesmo a modalidade goza de grande popularidade no nosso País.
No Sporting Clube de Portugal o Hóquei em Patins começou a ser praticado em 1923 sob orientação de António Torres Mota. A Secção foi organizada contando com jogadores como José Manuel Martins, Luís Aquino, António Aquino, António Teixeira, Aprigio Gomes e Miguel Godinho, que também faziam parte da secção de Patinagem do Sporting, e a que se juntaram outros jogadores de Lisboa.
Esta primeira formação disputou diversas provas, e embora não tenha obtido nenhuma classificação de relevo, era uma equipa com futuro, mas poucos anos depois o Clube decidiu suspender a atividade da Secção que até aí tinha sido algo irregular.
Em 1936, dá-se o primeiro ressurgimento da modalidade no Sporting, graças a Gaudêncio Costa que aproveitando o facto do Recreios da Amadora ter terminado com a secção, acordou com Horácio Silva, que todos os seus elementos ingressassem nos Leões.
Na temporada seguinte o plantel foi reforçado com mais alguns jogadores que vieram do Hóquei Clube de Portugal e, em 1938 a equipa venceu a última prova da época, conquistado a primeira Taça de Honra, que se tornou no primeiro troféu de relevo na posse da Secção.
A partir daí a equipa não parou de crescer e de se consolidar, de tal forma que, em 1940 o Sporting Clube de Portugal venceu o primeiro Campeonato Nacional de Hóquei em Patins. No entanto este êxito não teve seguimento e dadas dificuldades diversas e a desorganização que reinava na modalidade, o Sporting acabou por encerrar a secção, após uma tentativa falhada de ressurgimento, ocorrida em 1943.
Em 1956, no ano em que o Sporting Clube de Portugal comemorava o seu cinquentenário, a Direção leonina entendeu retomar a atividade no Hóquei em Patins, numa altura em que Portugal já era uma grande potência da modalidade, pelo que a popularidade da mesma era enorme no nosso País.
Neste ressurgimento do Hóquei em Patins no Sporting, destacaram-se as figuras de Gonzaga da Silva, Gouveia da Costa, Miguel Pessanha e do Dr. Alfredo Virginio Pereira, que com o seu entusiasmo foram decisivos na decisão tomada pela Direção do Clube. No entanto, inicialmente o caminho não foi fácil para o Sporting, pois clubes como o Paço de Arcos, o Benfica, o HC Sintra e o Campo de Ourique já estavam instalados com grandes equipas, pelo que foram precisos muitos anos até se chegar ao topo.
Mesmo assim, neste período o Sporting construiu boas equipas, principalmente graças ao trabalho do diligente treinador Raul Cartaxo e teve alguns jogadores nas seleções nacionais, com destaque para Eugénio Reis e Vítor Ferreira, isto sem esquecer Francisco Salema que pode ser considerado o primeiro grande produto da formação do Hóquei leonino.
O ponto de viragem aconteceu quando em Março de 1971, o Sporting contratou o treinador Torcato Ferreira, que revolucionou por completo o hóquei leonino, embora logo à partida fosse avisando que não fazia milagres e que era preciso tempo para construir uma equipa ganhadora e, de facto, só 4 anos depois o Sporting conseguiu conquistar o seu segundo título de Campeão Nacional, quebrando um jejum de 36 anos. Antes, em 1972, o Sporting assegurou o concurso de jogadores importantes como Júlio Rendeiro e Chana e pouco depois recrutou António Ramalhete e João Sobrinho, até que em 1976 chegou finalmente António Livramento, considerado o melhor hoquista do mundo de todos os tempos. Estava formada a equipa que ficou imortalizada como O Cinco Maravilha e que ganhou tudo o que havia para ganhar nessa altura, prevalecendo no tempo os nomes daquele que ficou para a posteridade como o melhor quinteto do Hóquei em Patins mundial.
Foi nessa altura que o Sporting Clube de Portugal viveu uma época áurea no Hóquei em Patins, ganhando inúmeros títulos com destaque para a Taça dos Campeões Europeus de 1977. Neste período, que se prolongou até ao início da década de 1990, já com outros jogadores e com António Livramento como um dos treinadores, o Sporting conquistou 6 Campeonatos Nacionais, 4 Taças de Portugal e 1 Supertaça e para além da já referida Taça dos Campeões Europeus, o Clube ganhou 3 Taças das Taças e 1 Taça CERS.
Com o passar do tempo o Hóquei foi perdendo peso, não conseguindo obter o estatuto de modalidade olímpica, e no Sporting também perdeu importância, acabando ao nível sénior no final da época 1994/95, quando era a segunda modalidade do Clube em termos de títulos internacionais, apenas batida pelo Atletismo.
Depois de uma tentativa mal sucedida para retomar a modalidade no Clube, ocorrida na primeira metade da década de 2000, um projeto liderado pelo Engenheiro Gilberto Borges, que foi desenvolvendo o Hóquei em Patins ao nível dos escalões de formação, Benjamins, Escolares, Infantis, Iniciados, Juvenis e Juniores, relançou a modalidade no Sporting ao nível sénior, a partir da época 2010|11 , com uma secção autónoma, tendo como objetivo chegar à 1ª Divisão Nacional e aí consolidar a sua presença.
Esta primeira meta foi alcançada em apenas duas épocas com a subida da 3ª à 1ª Divisão, e no IX Congresso Leonino, realizado a 8 de Junho de 2014, foi anunciado pelo Presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, que o Hóquei voltava a ser modalidade oficial do Clube.
Foi um regresso pela porta grande, já que na temporada de 2014/15, o Sporting conquistou pela segunda vez na sua história a Taça CERS. Depois do regresso aos títulos europeus, dá-se o regresso à conquista de troféus nacionais, no primeiro jogo oficial da temporada 2015/16, com a vitória na Supertaça, que correspondeu também ao regresso do Sporting Clube de Portugal à conquista de títulos nacionais, 25 anos depois da vitória na Taça de Portugal de 1990.
Seguiu-se um novo período áureo do Hóquei em Patins do Sporting, muito marcado pela chegada do treinador Paulo Freitas ao comando da equipa leonina, em Março de 2017. Na temporada seguinte o Sporting conquista o título de Campeão Nacional de Hóquei em Patins, 30 anos depois da vitória de 1987/88. Esta conquista deu-se a uma jornada do fim do Campeonato, após triunfo sobre o FC Porto por 4-3 em pleno Pavilhão João Rocha, que em ano de estreia viu os Leões arrebatarem o titulo nacional de Hóquei em Patins, depois de já o terem feito no Voleibol e no Andebol, nesta mesma temporada. O oitavo título nacional dos Leões tem associado algumas coincidências históricas – é que 30 anos antes o sétimo título também fora conquistado, na prática, após vitória em casa sobre o FC Porto e também por 4-3.
Na temporada 2018/19 o Sporting ganhou a Liga Europeia, 42 anos depois da histórica conquista da Taça dos Campeões Europeus de 1977.
A conquista da Liga Europeia na temporada 2018/19, possibilitou ao Sporting a participação, no inicio da época seguinte, na disputa da Supertaça Europeia, agora denominada Taça Continental, uma oportunidade que os Leões não enjeitaram para pela primeira vez na sua história conquistarem esse troféu.
Foi ainda sob o comando de Paulo Freitas, que em 2020/21 o Sporting se sagrou pela segunda vez na sua história Campeão Europeu e Campeão Nacional na mesma temporada, e que conquistou a sua segunda Taça Continental, no inicio da época seguinte.
Em Maio de 2024 o Sporting Clube de Portugal sagrou-se Campeão Europeu de Hóquei em Patins pela 4ª vez na sua história, tornando-se no Clube português com mais vitórias na maior competição da modalidade.
Neste período destacaram-se alguns jogadores como Ângelo Girão, Matias Platero, Gonzalo Romero, Ferran Font, Pedro Gil e Toni Pérez.
Em Dezembro de 2018 o Presidente Frederico Varandas anunciou a criação de uma equipa feminina de Hóquei em Patins, que iria participar no Campeonato Nacional da época de 2019/20, um projeto integrado no incremento do desporto feminino que estava em curso no Clube.
Os Campeões Europeus de 1976/77
Vencedores da Taça das Taças em 1980/81
Vencedores da Taça CERS em 1983/84
Vencedores da Taça das Taças em 1984/85
Vencedores da Taça das Taças em 1990/91
Vencedores da Taça CERS em 2014/15
Os Campeões Europeus de 2018/19
Vencedores da Taça Continental em 2019
Os Campeões Europeus de 2020/21
Vencedores da Taça Continental em 2021
Os Campeões Europeus de 2023/24
O Hóquei em Patins Época a Época
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Palmarés
Seniores
Campeonato Nacional II Divisão |
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Campeonato Nacional III Divisão
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3
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2
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1969/70 • 2003/04 • 2011/12
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1999/00 • 2010/11
|
Campeonato Regional |
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Campeonato Regional II Divisão
|
|
1
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|
1
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1938/39
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1956/57
|
Taça de Honra |
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Campeonato Regional de Reservas
|
|
2
|
|
5
|
1937 • 1939
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1963/64 • 1971/72 • 1972/73 • 1977/78 1978/79
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Formação
Eurockey Cup U-15 (Iniciados)
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1
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2017
|
Campeonato Nacional Juniores (Sub-19) |
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Campeonato Nacional Juvenis (Sub-17)
|
|
6
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|
5
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1960/61 • 1972/73 • 1974/75 • 1976/77 1977/78 • 1986/87
|
1971/72 • 1973/74 • 2009/10 • 2010/11 2017/18
|
Campeonato Nacional Iniciados (Sub-15) |
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Campeonato Nacional Infantis (Sub-13)
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|
4
|
|
3
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1989/90 • 2007/08 • 2012/13 • 2021/22
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1986/87 • 2004/05 • 2023/24
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Campeonato Regional Juniores (Sub-19) |
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Campeonato Regional Juvenis (Sub-17) |
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Campeonato Regional Infantis (Sub-13)
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4
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|
2
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|
1
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1960/61 • 1972/73 • 1975/76 • 1977/78
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1972/73 • 1975/76
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2022/23
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Links