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Na Assembleia Geral eleitoral de Outubro de 1978 que teve a presença de cerca de 2 mil sócios, [[João Rocha]] reiterou que só tinha aceite continuar à frente do Clube na esperança que finalmente fossem concretizadas as promessas sucessivamente adiadas, afirmando que o Sporting não estava a mendigar nada, mas apenas a exigir justiça de forma a permitir a realização dos seus projetos, que depois de terem sido recebidos com entusiasmo, facilidades e felicitações, acabaram travados por sucessivas reservas e inesperados obstáculos.
 
Na Assembleia Geral eleitoral de Outubro de 1978 que teve a presença de cerca de 2 mil sócios, [[João Rocha]] reiterou que só tinha aceite continuar à frente do Clube na esperança que finalmente fossem concretizadas as promessas sucessivamente adiadas, afirmando que o Sporting não estava a mendigar nada, mas apenas a exigir justiça de forma a permitir a realização dos seus projetos, que depois de terem sido recebidos com entusiasmo, facilidades e felicitações, acabaram travados por sucessivas reservas e inesperados obstáculos.
  
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A 7 de Agosto de 1979 [[João Rocha]] informou o [[Conselho Leonino]] da sua intenção de se demitir da Presidência do [[Sporting Clube de Portugal]], despoletando uma grave [[A crise de 1979-80|crise diretiva]], que se arrastou durante um ano.  
 
A 7 de Agosto de 1979 [[João Rocha]] informou o [[Conselho Leonino]] da sua intenção de se demitir da Presidência do [[Sporting Clube de Portugal]], despoletando uma grave [[A crise de 1979-80|crise diretiva]], que se arrastou durante um ano.  
  
Nesta gerência, que terminou no dia 5 de Setembro de 1979, altura em que se realizou-se uma Assembleia-Geral extraordinária onde foi nomeada uma Comissão de Gestão liderada por [[João Rocha]], que tinha como missão assegurar a gestão do Clube até que fosse eleita uma nova Direção, desportivamente o Sporting festejou a conquista da sua segunda Taça dos Campeões Europeus de Corta Mato, e ainda no [[Atletismo]] ganhou mais um Campeonato Nacional de Corta Mato e os Campeonatos Nacionais de Pista em ambos os géneros, isto para além do Campeonato Nacional de Andebol, e dos títulos de campeão Nacional em [[Lutas Amadoras]], [[Tiro]], [[Tiro com Arco]], [[Xadrez]] e de Mini-Trampolim, isto numa altura em que a [[Ginástica]] já movimentava cerca de 3500 atletas.  
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Gerência anterior:
A Gerência 1975-1978
Gerência seguinte:
A Comissão de Gestão 1979/80

A segunda Gerência de João Rocha tinha-se prolongado para além do que era expectável, numa altura em que as questões relacionadas com os apoios governamentais e com os financiamentos para Sociedade de Construções e Planeamento e para as obras da Cidade Desportiva, já se arrastavam há muito tempo, quando no dia 27 de Outubro de 1978 foram eleitos os Presidentes e vice presidentes dos Órgãos Sociais do Sporting Clube de Portugal que só viriam a tomar posse no dia 23 de Janeiro de 1979, com uma Direção com a seguinte constituição:

Cargo Nome Observações
Presidente João António dos Anjos Rocha
Vice Presidente para as Relações Externas José Nunes dos Santos
Vice Presidente para as Actividades Administrativas Abílio Serra Martins
Vice Presidente para Gestão Financeira João Amado de Freitas
Vice Presidente para as Relações com Entidades Desportivas José Manuel Torcato
Vice Presidente para as Actividades Desportivas Profissionais Este cargo não chegou a ser preenchido
Vice Presidente para as Actividades Desportivas Amadoras Mário Alberto Freire Moniz Pereira
Vice Presidente para o Jornal João José Pinho Xara Brasil
Vice Presidente para Secretariado Geral Mário José da Silva Garcia
Director das Instalações Desportivas Joaquim Augusto Ferreira Canais
Director adjunto para as Instalações Desportivas Orlando Coelho Naia
Director adjunto para as Instalações Desportivas António Correia
Director adjunto para Secretariado Geral Alberto Lourenço
Director adjunto para as Actividades Desportivas Profissionais Artur de Sousa Marques
Director de Obras e Melhoramentos Manuel da Luz Aranha
Director Contabilista Eugénio Silva Ribeiro
Director de Pelouro Manolo Vidal
Director de Pelouro Durvalino Neto
Director de Pelouro José Fidalgo
Director de Pelouro Garcia Alvarez
Director de Pelouro Fiel Farinha
Director de Pelouro Nuno Delgado
Director de Pelouro Nuno Moniz Pereira
Director de Pelouro Mário Casquilho
A Assembleia Geral eleitoral de 1978
O novo bastú
João Rocha expõe as razões do Sporting no caso Tea Men
A inauguração da pista de tartan
João Rocha discursa no 73º aniversário do Clube
A Assembleia Geral de Julho de 1979
A maqueta da Cidade Desportiva do Sporting
João Rocha despede-se da presidência do Sporting

Na Assembleia Geral eleitoral de Outubro de 1978 que teve a presença de cerca de 2 mil sócios, João Rocha reiterou que só tinha aceite continuar à frente do Clube na esperança que finalmente fossem concretizadas as promessas sucessivamente adiadas, afirmando que o Sporting não estava a mendigar nada, mas apenas a exigir justiça de forma a permitir a realização dos seus projetos, que depois de terem sido recebidos com entusiasmo, facilidades e felicitações, acabaram travados por sucessivas reservas e inesperados obstáculos.

Mesmo assim o Presidente enumerava a obra feita: 3 pavilhões, 8 ginásios, a sala de aquecimento para o Futebol, as torres de iluminação do estádio, as salas para a Luta e o Taekwondo e o complexo para o Ténis de Mesa, isto para além dos títulos europeus e mundiais, das medalhas olímpicas e dos muitos campeonatos conquistados pelos cerca de 8 mil atletas que o Clube movimentava, ao mesmo tempo que se queixava do tratamento dado por uma imprensa tendenciosa e subserviente a um clube rival, uma situação que se alastrava à banca que fechava as torneiras ao Sporting, ao mesmo tempo que sustentava e apoiava atividades parasitárias e até às entidades oficiais, que só a muito custo tinham assinado as escrituras dos terrenos há 12 anos devidos ao Sporting e mesmo assim em proporção diferente daqueles que foram dados a outro clube, isto sem esquecer o Futebol que vivia no mundo das trevas.

Em Novembro de 1978 o Sporting inaugurou o seu no Bastú, um dos melhores do País com uma zona seca que englobava a receção, sala de estar, bar e vestiários e uma zona molhada com balneários, caixa de sauna, tanque de imersão, câmara de banho escocês e balneários.

No início de 1979 foi reativada a secção de Natação, onde se projetava dar início a um trabalho de profundidade idêntico ao que estava em curso na Ginástica onde já se falava em atingir os 15 mil praticantes.

Em Fevereiro de 1979 o Sporting assinou um acordo de cooperação com o New England Tea Men, que previa que Artur Correia e Salif Keita representassem aquele clube de Boston entre Abril e Agosto e Manuel Fernandes e Jordão, apenas no decurso do defeso em Portugal. Em contrapartida os americanos asseguravam os custos da reabilitação de Da Costa numa clinica privada e a Lipton Unilever, empresa subsidiária do Tea Men, comprometia-se a colaborar na construção da Cidade Desportiva do Sporting, que por sua vez garantia um estágio em Alvalade a alguns jogadores do Clube americano que poderiam vir a representar o Clube português. Benfica e FC Porto tentaram boicotar este acordo, invocando que ele violava as regras estabelecidas na Portaria que regulamentava as transferências de jogadores portugueses para o estrangeiro, isto apesar de qualquer um deles já ter transacionado futebolistas seus em idênticas circunstâncias. No fim apenas os dois primeiros jogadores foram para os Estados Unidos e o Sporting acabou por arrecadar apenas 550 mil dólares, o equivalente ao 26 mil contos ao câmbio da altura, em vez dos cerca de 40 mil previstos inicialmente.

Esta "guerra" com o Benfica tinha começado quando os encarnados se intrometeram na transferência de Jordão do Zaragoza para o Sporting, ao que os Leões responderam com a contratação de Artur Correia, culminou com a vinda para o Sporting de Fidalgo e Eurico, com João Laranjeira e Botelho a fazerem o percurso inverso.

Em Março de 1979 foram devolvidos ao Sporting por ordem judicial, os terrenos que estavam ocupados pelo restaurante Frou-Frou, que ficavam no ângulo entre o Campo Grande e a Avenida das Forças Armadas.

No dia 2 de Junho de 1979 o Sporting inaugurou a sua pista de tartan numa altura em que teve a honra de organizar a Taça do Campeões Europeus de Atletismo.

Esta foi uma Gerência curta, onde os primeiros sinais de instabilidade se começaram a manifestar em Fevereiro de 1979, com a demissão do vice-presidente Nunes dos Santos.

Em Julho por altura das comemorações do 73º aniversário do Clube, João Rocha voltou a ser corrosivo afirmando que se fosse preciso não hesitaria em mudar pessoas e práticas para atingir os objetivos a que se propora, voltando a agitar a possibilidade de abandonar o Sporting. Poucos dias depois o Presidente leonino concedeu uma entrevista ao jornal do Clube, onde depois de confrontado com as acusações de que era alvo de não investir o suficiente no Futebol e de centralizar todo o poder em si próprio, defendeu-se, reafirmando que a aposta nas estruturas era fundamental para a que o Clube continuasse a ser grande como potência desportiva e prestador de serviços, ao mesmo tempo que prometia reforçar a atenção dada ao Futebol, sublinhando a necessidade de se avançar para a profissionalização do departamento, o que justificava o facto de ainda não ter nomeado o Vice Presidente para as Actividades Desportivas Profissionais, prometendo também seguir o mesmo caminho nas quatro modalidades de alta competição do Clube, que eram o Hóquei em Patins, o Andebol, o Basquetebol e o Atletismo. Para além disso João Rocha alertou para o facto de haver demasiados diretores, nem sempre suficientemente comprometidos com as necessidades do Clube o que levou a que toda a Direção colocasse os seus cargos à disposição do Presidente.

No dia 27 de Julho de 1979 realizou-se a Assembleia Geral ordinária para aprovação do Relatório e Contas, em clima de grande efervescência que motivou a presença cerca de 3500 sócios, com João Rocha a anunciar que estava a ser preparado um plano de alteração da estrutura organizativa do Clube, que brevemente seria sujeito à aprovação por parte dos sócios para depois ser ratificada numa revisão dos estatutos, que previa a redução do número de vice presidentes para 6 e a profissionalização do Departamento de Futebol.

Nas últimas cinco épocas o Sporting no Futebol tinha ganho apenas uma Taça de Portugal, o que o colocava nesse período atrás de um clube como o Boavista, pelo que a contestação já era evidente, ao que João Rocha se defendia afirmando que não sacrificaria o futebol a obras, mas também não sacrificaria ao futebol a construção das estruturas consideradas necessárias para a atividade desportiva do Clube, nem as modalidades consideradas viáveis, agitando com a obra feita nos 6 anos de gerência em que tornara o Sporting grande e eclético e dotado de estruturas, em vez de apostar na lotaria do futebol, onde estava instalado um clima de favoritismo aos nossos principais adversários.

O Presidente leonino queixou-se também da falta de apoios das entidades governativas no que diz respeito às obras efetuadas, considerando que o Sporting era por elas olhado como um filho bastardo, ao mesmo tempo que em relação à Sociedade de Construções e Planeamento, que finalmente tinha todas as condições legais para arrancar, informava que se deparara com a intransigência da banca que recusara um financiamento de 20 0000 contos, mesmo com garantias superiores a 100 000 contos, chegando ao ponto de perguntar ao serviço de quem estaria aquela banca.

A 7 de Agosto de 1979 João Rocha informou o Conselho Leonino da sua intenção de se demitir da Presidência do Sporting Clube de Portugal, despoletando uma grave crise diretiva, que se arrastou durante um ano.

Nesta gerência, que terminou no dia 5 de Setembro de 1979, altura em que se realizou-se uma Assembleia-Geral extraordinária onde foi nomeada uma Comissão de Gestão liderada por João Rocha, que tinha como missão assegurar a gestão do Clube até que fosse eleita uma nova Direção, desportivamente o Sporting festejou a conquista da sua segunda Taça dos Campeões Europeus de Corta Mato, e ainda no Atletismo ganhou mais um Campeonato Nacional de Corta Mato e os Campeonatos Nacionais de Pista em ambos os géneros, isto para além do Campeonato Nacional de Andebol, e dos títulos de Campeão Nacional em Lutas Amadoras, Tiro, Tiro com Arco, Xadrez e de Mini-Trampolim, isto numa altura em que a Ginástica já movimentava cerca de 3500 atletas.

To-mane 15h35min de 16 de Novembro de 2011 (WET)