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|nome            =Álvaro Pires Dias
 
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Álvaro Dias foi o melhor saltador em comprimento de Portugal de sempre, até surgir [[Carlos Calado]]. Porém, chegou ao atletismo quase por acaso.
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Álvaro Dias foi um dos melhores saltadores em comprimento de sempre em Portugal, sendo talvez só ultrapassado por [[Carlos Calado]], e foi o primeiro atleta português a estar próximo de um grande resultado internacional.
  
Jogava futebol no Carcavelos, depois de ter começado na A. Naval 1º de Maio, e as suas aptidões chegaram ao conhecimento do Sporting. Então, num intervalo de um treino enquanto os seus colegas descansavam e se hidratavam, ele aproximou-se da equipa de atletismo e pediu para saltar "a título de brincadeira". Estava assim criado o primeiro "monstro" sagrado do atletismo português.
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Estávamos no ano de 1950 e o Atletismo português não tinha nenhuma expressão fora do País, quando Álvaro Dias se apresentou no Campeonato da Europa disputado em Bruxelas, tendo obtido o 1º lugar na fase de qualificação, com um salto de 7,32m. Na Final fez 7m no primeiro ensaio, mas lesionou-se e já não conseguiu melhorar, terminando num frustrante 4º lugar, que teve um sabor ainda mais amargo, porque o islandês Torfi Bringeirsson, venceu com os mesmos 7,32m, que Dias tinha feito na qualificação.
  
Foi dez vezes Campeão de Portugal no Salto em comprimento entre 1943 e 1953, esteve nos [[Sporting nos Jogos Olímpicos|Jogos Olímpicos]] de 1948 e deteve o recorde nacional ao longo de 17 anos, entre 1944 e 1961, fazendo-o subir de 6,95 até 7,34. Foi ainda duas vezes Campeão Nacional enquanto elemento das equipas de estafetas 4x100m e 4x400m do Sporting.
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No entanto Álvaro Dias chegou ao Atletismo por acaso, pois a sua verdadeira paixão era o Futebol, modalidade onde se tinha iniciado  na Naval 1º de Maio, antes de se transferir para o Carcavelos, onde jogava quando foi convidado para treinar à experiência no [[Sporting Clube de Portugal]].  
  
Álvaro Dias poderia ter sido, não fora uma inoportuna lesão, o primeiro atleta português medalhado numa grande competição, ao ser quarto na final do Campeonato da Europa de 1950, em Bruxelas, com 7,00, depois de ter conseguido 7,32 na qualificação, marca que o novo campeão europeu conseguiria na final.
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Foi no intervalo de um desses treinos que se aproximou da caixa de saltos onde os atletas leoninos estavam igualmente a treinar, e resolveu pedir para experimentar a saltar a título de brincadeira. Saltou e impressionou de tal forma que o convenceram a trocar o Futebol pelo [[Atletismo]].
  
Também competiu no salto à vara, onde atingiu 3,45 metros, marca valiosa pois ainda vinham longe os tempos da utilização da flexível vara de fibra de vidro. Ainda participou em algumas provas de Decatlo, mas foi sempre segundo, derrotado por aquele que ele próprio considerou o maior atleta português de sempre, o benfiquista Matos Fernandes.
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E em boa hora o fez, pois tornou-se quase imediatamente no dominador absoluto do Salto em Comprimento no nosso País, sendo 10 vezes Campeão de Portugal daquela especialidade, entre 1943 e 1953, e só não foram 11, porque em 1952 o Sporting não esteve presente na competição.
  
em Moçambique, ajudou a fundar a Associação Desportiva do Limpopo, onde como treinador de jovens foi campeão. Mas também continuou ligado ao atletismo tendo tirado um curso de monitor.
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Em 1944 bateu o Recorde Nacional do Salto em Comprimento, ao saltar 6,95m, marca que viria a melhorar três vezes, primeiro para 6,99m, depois para 7,09m, tornando-se no primeiro português a saltar acima dos 7 metros, e finalmente fixando o Recorde Nacional nos 7,34m, uma marca que perdurou mais de 13 anos, o que fez dele Recordista Nacional do Salto em Comprimento durante 17 anos.
  
Em 1987 foi distinguido com o [[Prémio Stromp]] na categoria Atleta de Saudade.
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Em 1948 marcou presença nos [[Sporting nos Jogos Olímpicos|Jogos Olímpicos]] de Londres, onde não foi além de um 16º lugar, com um salto de 6,86m, queixando-se de um erro na medida da distância para o balanço, que lhe diminuíra as possibilidades e lhe arrasara os nervos.
  
Álvaro Dias viria a falecer a 24 de Fevereiro de 2005.
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Nesta altura, em que já era treinado pelo Prof. [[Moniz Pereira]], também ele um antigo saltador, e que muitas vezes lhe enviava o plano de treinos pelo correio, para a Figueira da Foz onde residia, Álvaro Dias era presença habitual no topo do ranking europeu do Salto em Comprimento.
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Também competiu no Salto à Vara, onde atingiu 3,45 metros, uma marca valiosa, pois vinham longe os tempos da utilização da flexível vara de fibra de vidro, e foi ainda duas vezes Campeão de Portugal, enquanto elemento das equipas de estafetas do Sporting, uma nos 4x400m  e outra nos 4x100m, sendo que neste caso contribuindo para que fosse estabelecido um novo Recorde Nacional da distância, com a marca de 43,8s, isto para além de ter conquistado vários títulos de Campeão de Lisboa, quase todos como não poderia deixar de ser, no Salto em Comprimento.
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Mais tarde foi para Moçambique, onde ajudou a fundar a Associação Desportiva do Limpopo, regressando aí ao Futebol como treinador de jovens, embora também tenha tirado um curso de monitor de Atletismo.
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Em 1987 foi distinguido com o [[Prémio Stromp]] na categoria Saudade.
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Álvaro Dias viria a falecer a 24 de Fevereiro de 2005, com 82 anos de idade.
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Edição atual desde as 10h03min de 14 de janeiro de 2017

Dados de Álvaro Dias Alvaro Dias.jpg
Nome Álvaro Pires Dias
Nascimento 14 de Janeiro de 1923
Naturalidade Coimbra - Portugal
Posição Atleta (saltos e velocidade)

Álvaro Dias foi um dos melhores saltadores em comprimento de sempre em Portugal, sendo talvez só ultrapassado por Carlos Calado, e foi o primeiro atleta português a estar próximo de um grande resultado internacional.

Estávamos no ano de 1950 e o Atletismo português não tinha nenhuma expressão fora do País, quando Álvaro Dias se apresentou no Campeonato da Europa disputado em Bruxelas, tendo obtido o 1º lugar na fase de qualificação, com um salto de 7,32m. Na Final fez 7m no primeiro ensaio, mas lesionou-se e já não conseguiu melhorar, terminando num frustrante 4º lugar, que teve um sabor ainda mais amargo, porque o islandês Torfi Bringeirsson, venceu com os mesmos 7,32m, que Dias tinha feito na qualificação.

No entanto Álvaro Dias chegou ao Atletismo por acaso, pois a sua verdadeira paixão era o Futebol, modalidade onde se tinha iniciado na Naval 1º de Maio, antes de se transferir para o Carcavelos, onde jogava quando foi convidado para treinar à experiência no Sporting Clube de Portugal.

Foi no intervalo de um desses treinos que se aproximou da caixa de saltos onde os atletas leoninos estavam igualmente a treinar, e resolveu pedir para experimentar a saltar a título de brincadeira. Saltou e impressionou de tal forma que o convenceram a trocar o Futebol pelo Atletismo.

E em boa hora o fez, pois tornou-se quase imediatamente no dominador absoluto do Salto em Comprimento no nosso País, sendo 10 vezes Campeão de Portugal daquela especialidade, entre 1943 e 1953, e só não foram 11, porque em 1952 o Sporting não esteve presente na competição.

Em 1944 bateu o Recorde Nacional do Salto em Comprimento, ao saltar 6,95m, marca que viria a melhorar três vezes, primeiro para 6,99m, depois para 7,09m, tornando-se no primeiro português a saltar acima dos 7 metros, e finalmente fixando o Recorde Nacional nos 7,34m, uma marca que perdurou mais de 13 anos, o que fez dele Recordista Nacional do Salto em Comprimento durante 17 anos.

Em 1948 marcou presença nos Jogos Olímpicos de Londres, onde não foi além de um 16º lugar, com um salto de 6,86m, queixando-se de um erro na medida da distância para o balanço, que lhe diminuíra as possibilidades e lhe arrasara os nervos.

Nesta altura, em que já era treinado pelo Prof. Moniz Pereira, também ele um antigo saltador, e que muitas vezes lhe enviava o plano de treinos pelo correio, para a Figueira da Foz onde residia, Álvaro Dias era presença habitual no topo do ranking europeu do Salto em Comprimento.

Também competiu no Salto à Vara, onde atingiu 3,45 metros, uma marca valiosa, pois vinham longe os tempos da utilização da flexível vara de fibra de vidro, e foi ainda duas vezes Campeão de Portugal, enquanto elemento das equipas de estafetas do Sporting, uma nos 4x400m e outra nos 4x100m, sendo que neste caso contribuindo para que fosse estabelecido um novo Recorde Nacional da distância, com a marca de 43,8s, isto para além de ter conquistado vários títulos de Campeão de Lisboa, quase todos como não poderia deixar de ser, no Salto em Comprimento.

Mais tarde foi para Moçambique, onde ajudou a fundar a Associação Desportiva do Limpopo, regressando aí ao Futebol como treinador de jovens, embora também tenha tirado um curso de monitor de Atletismo.

Em 1987 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Saudade.

Álvaro Dias viria a falecer a 24 de Fevereiro de 2005, com 82 anos de idade.

To-mane 22h08min de 21 de Fevereiro de 2012 (WET)