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| | + | **[[Joaquim Agostinho]] - 15º lugar em 1975 |
| | + | **[[Ferdinand Julien]] - 20º lugar em 1975 |
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| | ** [[Paulo Ferreira - Vitória em Etapa da Volta à França - 1984|1984 - Paulo Ferreira - Etapa Béthune - Cergy Pontoise - 207 Km]] | | ** [[Paulo Ferreira - Vitória em Etapa da Volta à França - 1984|1984 - Paulo Ferreira - Etapa Béthune - Cergy Pontoise - 207 Km]] |
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Edição atual desde as 16h40min de 13 de maio de 2023
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A influência de Soares Júnior
O Ciclismo deu as suas primeiras pedaladas no Sporting Clube de Portugal em 1911, por acção de Soares Júnior, que era um Campeão na modalidade e, que mais tarde viria a ser Presidente do Clube, que foi um dos primeiros a filiar-se na então União Velocipédica Portuguesa, organismo que depois deu lugar à Federação Portuguesa de Ciclismo.
Logo no ano seguinte, a secção conquistou a sua primeira grande vitória, quando Laranjeira Guerra ganhou o II Porto - Lisboa e, nesta primeira fase que durou até 1914, o Sporting formou uma grande equipa onde também se distinguiram outros ciclistas como António Cristiano, Carlos Fernandes, Dias Maia e João da Silva.
Durante a I Guerra Mundial, ou seja até 1919, a modalidade praticamente cessou a sua actividade em Portugal, enquanto o Sporting só em 1926 viria a reactivar a secção por iniciativa de Retamoza Dias, mas seria graças à dedicação de Alfredo e de João de Sousa, que depois de algumas hesitações, o Ciclismo se conseguiria impor no Clube tornando um veiculo importante na expansão da popularidade do Sporting por todo o País, sendo que daí para a frente os Leões seriam uma presença constante no pelotão nacional.
Os duelos entre Nicolau e Trindade
Alguns momentos da história do Ciclismo leonino
Depois de várias vitórias principalmente nas provas de Velocidade, onde se destacaram Alfredo de Sousa, João de Sousa, Rodrigo Garrido e Francisco Assunção Silva, em 1933 o Sporting voltou a apostar na formação de uma grande equipa de Ciclismo e nesse ano Alfredo Trindade tornou-se no primeiro Leão a ganhar a Volta a Portugal, numa época em que o Sporting também conquistou o seu primeiro título por equipas, na maior prova do calendário velocipédico nacional, que nesta altura ficou marcada pelo Benfica-Sporting das estradas protagonizado pelos duelos entre José Maria Nicolau e Alfredo Trindade que muito contribuiu para a rivalidade entre os dois maiores clubes portugueses.
Nesta fase as épocas começavam com a provas Clássicas da UVP , seguindo-se os Campeonatos Regionais de Velocidade e de Fundo, que davam acesso aos Nacionais, que geralmente se disputavam no final da temporada, depois das provas mais importantes que eram a clássica Porto-Lisboa e a Volta a Portugal, que teve a sua primeira edição em 1927, isto sem esquecer as inúmeras corridas particulares que se estendiam por toda a época.
A segunda modalidade do Clube
Modalidade popular por natureza, que no Verão quando o Futebol parava, merecia a preferência dos adeptos, o Ciclismo nos anos 40 do Século XX, tornou-se na segunda secção mais relevante do Sporting Clube de Portugal, somando vitórias importantes, não só na Volta a Portugal, onde José Albuquerque e Francisco Inácio triunfaram, mas também nas inúmeras competições que disputavam por todo o País, onde se destacaram ciclistas como Ildefonso Rodrigues, João Lourenço e João Rebelo, que com as suas vitórias muito contribuíram para a divulgação do nome do Clube por todo o território português.
Sendo uma modalidade cara, o Ciclismo foi várias vezes posto em causa no Sporting, principalmente quando entraram em competição equipas representando marcas comerciais, como foi o caso da Iluminante, o que levou até à extinção da secção nos clubes rivais do Sporting, que no entanto nesta fase se manteve em atividade, muito graças à acção de Retamoza Dias e Armando Rodrigues, dois dirigentes que muito trabalharam em prol da manutenção da modalidade no Clube.
As Pistas
O Ciclismo também esteve presente nos estádios leoninos. Primeiro no Stadium de Lisboa, no qual, como velódromo, proporcionou espectáculos de Ciclismo e Motorismo - motas e automóveis - transitando depois para o Estádio José Alvalade que, no entanto, não replicou inteiramente o antigo velódromo: a pista foi modernizada, alargada em dois metros em todo o perímetro e recebeu maior inclinação do relevé para que ficasse mais rápida.
A pista, inaugurada na noite de 21 de Junho de 1956 com um espetáculo de projeção mundial, marcou uma era desportiva em Portugal, tendo sido palco de exibição de alguns dos mais sonantes nomes mundiais da bicicleta. Em 1979, o rebaixamento do relvado levou à eliminação da pista de Ciclismo, sendo construída por sua vez uma pista de tartan verde. A tradição velocipédica do Estádio José Alvalade foi de tal maneira marcante que, na hora da despedida do Estádio, aí terminou a edição de 2003 da clássica Porto-Lisboa, numa derradeira homenagem ao recinto.
Tempos difíceis
Nos anos 50 do século XX o Ciclismo do Sporting passou por uma fase de desinvestimento que se traduziu nos resultados da equipa, tendo o Clube apostado na formação, acabando por colher alguns frutos com o aparecimento de ciclistas como Américo Raposo e Manuel Graça. Ao mesmo tempo, foi criada a secção de Ciclo-Turismo, uma sub-secção do Ciclismo.
A retoma
Na década seguinte o Sporting encontrou em João Roque o chefe de fila que lhe faltava, ele que em 1963 conseguiu ganhar a Volta a Portugal, uma competição que o Clube ganhou por três vezes neste período, que continuou a ser marcado por alguma irregularidade competitiva, numa fase em que o Ciclismo se tornou na segunda modalidade profissional do Sporting.
Em 1966 João Roque ganhou a Volta a São Paulo no Brasil, naquele que foi o primeiro grande grande êxito internacional do Ciclismo leonino.
Joaquim Agostinho
Carro de apoio, na Volta a Portugal de 1968 Seria a partir de 1968, com o aparecimento do mítico Joaquim Agostinho, que o Clube viveria os seus maiores êxitos, numa altura em que se destacaram outros ciclistas como Leonel Miranda e Firmino Bernardino.
Nesse período o Sporting dominou de forma esmagadora o Ciclismo nacional, vencendo 4 Voltas a Portugal entre 1970 e 1973, enquanto Joaquim Agostinho ganhava cinco vezes consecutivas essa competição, embora lhe tenham sido retiradas as vitórias de 1969 e 1973, devido ás polémicas questões do doping, e sagrava-se Campeão Nacional de Fundo por 6 vezes consecutivas, isto ao mesmo tempo que se impunha como um dos melhores do mundo no Tour, onde foi 5º classificado em 1971, 6º em 1974 e 8º em 1969, 1972, e 1973 e na Vuelta onde foi 6º em 1973 e 2º em 1974.
Em 1975, por influência do Presidente João Rocha, o Sporting formou uma equipa internacional, que se tornou na primeira formação portuguesa a participar na Volta à França, um grupo formado para apoiar Joaquim Agostinho na maior competição do calendário velocipédico mundial, mas o resultado dessa experiência não foi o desejado e no final do ano a Direção suspendeu a atividade da secção de Ciclismo do Sporting.
Em 1984 o Sporting voltou a estar presente na Volta à França, assinalando essa presença com uma vitória de Paulo Ferreira numa das etapas iniciais, num ano que ficaria tragicamente marcado pela morte de Joaquim Agostinho, após uma queda quando ao serviço do Sporting envergava a camisola Amarela da Volta ao Algarve.
Ficou também para a história a 48º edição da Volta a Portugal, disputada em 1986, uma vez que Marco Chagas venceu a competição pela quarta vez com a camisola leonina, um recorde em termos de vitórias individuais. Esta foi também a última vitória do Clube na prova rainha do Ciclismo nacional, já que a secção viria a ser extinta no ano seguinte.
Ao todo o Sporting soma mais de centena e meia de títulos, na estrada e na pista, destacando-se as 13 vitórias na Volta a Portugal, onde conta ainda com nove vitórias individuais, protagonizadas por Alfredo Trindade, José Albuquerque, Francisco Inácio, João Roque, Joaquim Agostinho (3) e Marco Chagas (2).
A secção de Ciclismo do Sporting regressou às estradas em 2009, 22 anos após a sua última formação, com uma equipa de 10 atletas sub-23, numa clara aposta na formação, que no entanto não teve continuidade.
Regresso ao fim de três décadas
Apresentação da equipa perante mais de 49 mil espetadores A 28 de Dezembro de 2015 é assinado no Salão Nobre dos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Tavira, um protocolo entre a Câmara Municipal de Tavira, o Sporting Clube de Portugal e o Clube de Ciclismo de Tavira, representados pelos respetivos Presidentes, tendo em vista a formação da sua equipa de ciclismo. O regresso do Leão ao pelotão nacional é feito assim em parceria com o Clube de Ciclismo de Tavira, instituição de relevo, conhecida por ter a equipa de ciclismo profissional mais antiga do mundo em atividade ininterrupta e ter vencido quatro voltas a Portugal seguidas, entre 2008 e 2011, algo inédito nas últimas 50 edições da prova, até 2015.
Em 2019, o Sporting Clube de Portugal rescindiu a parceria que tinha com o Clube de Ciclismo de Tavira, tendo acabado por voltar a extinguir a modalidade.
Palmarés
Volta à França
- Classificações por equipas
- 9º lugar em 1975
- 17º lugar em 1984
- Melhores classificações individuais
- 1 Vitória em Etapa
Volta a Portugal
- 12 Títulos por Equipas
- 1933, 1940, 1941, 1961, 1967, 1968, 1970, 1971, 1972, 1973, 1984 e 1985
- 9 Títulos Individuais
Campeonatos Nacionais de Fundo
Campeonatos Nacionais de Perseguição
Campeonatos Nacionais de Velocidade
Campeonatos Nacionais de Rampa
Links