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Produto das escolas do Belenenses, Peres foi internacional Júnior, integrando a Seleção Nacional que em 1964 ganhou o Campeonato da Europa desse escalão.
 
Produto das escolas do Belenenses, Peres foi internacional Júnior, integrando a Seleção Nacional que em 1964 ganhou o Campeonato da Europa desse escalão.
  
Chegou à equipa principal do seu clube ainda muito jovem, tornado-se rapidamente notado e estreando-se na Selecção A no dia 4 de Junho de 1964, marcando o golo de Portugal, num jogo particular com Inglaterra, que terminou empatado a uma bola.
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Chegou à equipa principal do seu clube ainda muito jovem, tornando-se rapidamente notado e estreando-se na Seleção A no dia 4 de Junho de 1964, marcando o golo de Portugal, num jogo particular com Inglaterra, que terminou empatado a uma bola.
  
Em 1965 transferiu-se para o Sporting, ganhando imediatamente um lugar na equipa que sob o comando de [[Otto Glória]] conquistou o Campeonato da temporada de [[1965/66]], contribuindo para esse título com 11 golos, uma marca excelente para um médio, e sendo convocado para a Seleção Nacional que esteve presente no Mundial de 1966, onde no entanto não foi utilizado.
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Em 1965 transferiu-se para o Sporting, ganhando imediatamente um lugar na equipa que sob o comando de [[Otto Glória]] conquistou o Campeonato da temporada de [[1965/66]], contribuindo para esse título com 11 golos, uma marca excelente para um médio, e sendo então convocado para a Seleção Nacional que esteve presente no Mundial de 1966, onde no entanto não foi utilizado.
  
 
Nas épocas seguintes o seu rendimento baixou e não chegou a acordo de renovação do contrato com a Direção do Sporting, pelo que na temporada de 1968/69 jogou pela Académica ao abrigo da lei estudantil, que permitia que os jogadores estudantes pudessem transferir-se para o clube de Coimbra.
 
Nas épocas seguintes o seu rendimento baixou e não chegou a acordo de renovação do contrato com a Direção do Sporting, pelo que na temporada de 1968/69 jogou pela Académica ao abrigo da lei estudantil, que permitia que os jogadores estudantes pudessem transferir-se para o clube de Coimbra.
  
No entanto os dirigentes da Académica não cumpriram as promessas que tinham feito a Peres, que na época seguinte resolveu regressar ao Sporting, tornando-se então no grande patrão da equipa, ganhando mais um Campeonato e uma Taça de Portugal e assumindo também um lugar de relevo na Seleção Nacional que representou por 27 vezes, com destaque para a presença na Mini Copa disputada no Brasil em 1972, onde deixou a sua marca de jogador de grande classe.
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No entanto os dirigentes da Académica não cumpriram as promessas que tinham feito a Peres, que na época seguinte resolveu regressar ao Sporting, voltando a ser o grande patrão da equipa, ganhando mais um Campeonato e uma Taça de Portugal e assumindo também um lugar de relevo na Seleção Nacional que representou por 27 vezes, com destaque para a presença na Mini Copa disputada no Brasil em 1972, onde deixou a sua marca de jogador de grande classe.
  
 
Para além de ser um grande jogador, Fernando Peres era também um homem frontal e com uma personalidade vincada, situação que nem sempre lhe facilitou a vida, principalmente porque vivíamos então o tempo da ditadura.
 
Para além de ser um grande jogador, Fernando Peres era também um homem frontal e com uma personalidade vincada, situação que nem sempre lhe facilitou a vida, principalmente porque vivíamos então o tempo da ditadura.
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Apesar do sucesso que foi a sua passagem pelo Vasco, não resistiu às saudades da família e acabou por ser salvo pelo 25 de Abril que o libertou das amarras ao Sporting, permitido-lhe regressar a Portugal para representar o FC Porto, onde passou mais tempo lesionado de que a jogar e, no final da temporada voltou para o Brasil onde ainda jogou mais dois anos e meio no Sport Recife e foi novamente Campeão.
 
Apesar do sucesso que foi a sua passagem pelo Vasco, não resistiu às saudades da família e acabou por ser salvo pelo 25 de Abril que o libertou das amarras ao Sporting, permitido-lhe regressar a Portugal para representar o FC Porto, onde passou mais tempo lesionado de que a jogar e, no final da temporada voltou para o Brasil onde ainda jogou mais dois anos e meio no Sport Recife e foi novamente Campeão.
  
Depois de penduradas as botas retomou a sua carreira de treinador no Juventude de Évora, estreando-se no escalão principal do futebol português no União de Leiria. Depois foi para o V. Guimarães, onde acabou por ser substituído por Pedroto, seguindo-se o Estoril onde conseguiu subir à 1ª Divisão e a Sanjoanense. Posterirmente repetiu passagens por alguns clubes onde já tinha trabalhado até chegar ao Atlético que treinou na época de 1987/88.
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Depois de penduradas as botas retomou a sua carreira de treinador no Juventude de Évora, estreando-se no escalão principal do futebol português no União de Leiria. Depois foi para o V. Guimarães, onde acabou por ser substituído por Pedroto, seguindo-se o Estoril onde conseguiu subir à 1ª Divisão e a Sanjoanense. Posteriormente repetiu passagens por alguns clubes onde já tinha trabalhado até chegar ao Atlético que treinou na época de 1987/88.
  
 
Em 1988 regressou ao Sporting para ser adjunto de [[Pedro Rocha]] no difícil período da Direção de [[Jorge Gonçalves]], acabando por sair com o treinador uruguaio, deixando a equipa sob o comando de [[Vítor Damas]]. Mais tarde foi adjunto de Artur Jorge no futebol saudita.
 
Em 1988 regressou ao Sporting para ser adjunto de [[Pedro Rocha]] no difícil período da Direção de [[Jorge Gonçalves]], acabando por sair com o treinador uruguaio, deixando a equipa sob o comando de [[Vítor Damas]]. Mais tarde foi adjunto de Artur Jorge no futebol saudita.

Edição atual desde as 20h34min de 11 de novembro de 2022

Dados de Fernando Peres FerPeres.jpg
Nome Fernando Peres da Silva
Nascimento 8 de Janeiro de 1943
Naturalidade Algés - Portugal
Posição Futebolista (médio e avançado) e Treinador adjunto
Escalão Época Clube Jogos Golos Titulos Internacionalizações
JUV JUN ESP BB AA Golos
1ª Divisão 1960/61 Belenenses 4 0
1ª Divisão 1961/62 Belenenses
1ª Divisão 1962/63 Belenenses
1ª Divisão 1963/64 Belenenses 1 1
1ª Divisão 1964/65 Belenenses 1 0
1ª Divisão 1965/66 SPORTING 42 14 Campeonato Nacional
Taça de Honra
1 2 0
1ª Divisão 1966/67 SPORTING 25 0 1 2 0
1ª Divisão 1967/68 SPORTING 37 8 1 0
1ª Divisão 1968/69 Académica 3 1
1ª Divisão 1969/70 SPORTING 37 14 Campeonato Nacional 2 0
1ª Divisão 1970/71 SPORTING 36 18 Taça de Portugal 4 0
1ª Divisão 1971/72 SPORTING 32 16 12 2
1972/73
1ª Divisão 1974 Vasco da Gama Campeonato Brasileiro
1ª Divisão 1974/75 FC Porto
1ª Divisão 1975 Sport Recife
1ª Divisão 1976 Sport Recife
1ª Divisão 1977 Sport Recife Campeonato Pernambucano
Total = 209 70 4 3 27 4
Escalão Época Clube Obs. Jogos V E D Titulos
2ª Divisão 1973/74 Peniche
2ª Divisão 1977/78 Juventude
1978/79
1ª Divisão 1979/80 U.Leiria
1ª Divisão 1980/81 V.Guimarães
2ª Divisão 1980/81 Estoril Zona Sul
2ª Divisão 1981/82 Sanjoanense
2ª Divisão 1982/83 Juventude
1983/84
2ª Divisão 1984/85 Estoril
1985/86
2ª Divisão 1986/87 Peniche
2ª Divisão 1987/88 Atlético
1ª Divisão 1988/89 SPORTING Adjunto
Total =
Fernando Peres

Dotado com um pé esquerdo notável, Peres foi um médio com grande visão de jogo, que lhe permitia ser o "patrão" das equipas onde atuou, jogando ora nas costas dos avançados, ora descaído para o lado esquerdo.

Produto das escolas do Belenenses, Peres foi internacional Júnior, integrando a Seleção Nacional que em 1964 ganhou o Campeonato da Europa desse escalão.

Chegou à equipa principal do seu clube ainda muito jovem, tornando-se rapidamente notado e estreando-se na Seleção A no dia 4 de Junho de 1964, marcando o golo de Portugal, num jogo particular com Inglaterra, que terminou empatado a uma bola.

Em 1965 transferiu-se para o Sporting, ganhando imediatamente um lugar na equipa que sob o comando de Otto Glória conquistou o Campeonato da temporada de 1965/66, contribuindo para esse título com 11 golos, uma marca excelente para um médio, e sendo então convocado para a Seleção Nacional que esteve presente no Mundial de 1966, onde no entanto não foi utilizado.

Nas épocas seguintes o seu rendimento baixou e não chegou a acordo de renovação do contrato com a Direção do Sporting, pelo que na temporada de 1968/69 jogou pela Académica ao abrigo da lei estudantil, que permitia que os jogadores estudantes pudessem transferir-se para o clube de Coimbra.

No entanto os dirigentes da Académica não cumpriram as promessas que tinham feito a Peres, que na época seguinte resolveu regressar ao Sporting, voltando a ser o grande patrão da equipa, ganhando mais um Campeonato e uma Taça de Portugal e assumindo também um lugar de relevo na Seleção Nacional que representou por 27 vezes, com destaque para a presença na Mini Copa disputada no Brasil em 1972, onde deixou a sua marca de jogador de grande classe.

Para além de ser um grande jogador, Fernando Peres era também um homem frontal e com uma personalidade vincada, situação que nem sempre lhe facilitou a vida, principalmente porque vivíamos então o tempo da ditadura.

Foi assim que na sequência de um litígio entre um Diretor do Sporting e o treinador Fernando Vaz, que resultou no despedimento deste, Peres defendeu publicamente o seu técnico, numa altura em que estava novamente em fim de contrato. A Direção não gostou e o Presidente Brás Medeiros apresentou-lhe uma proposta de renovação, que ele considerou indigna para um dos jogadores mais importantes da equipa, recusando-se a assiná-la, o que poderia ter acabado com a sua carreira, pois na altura os clubes ao abrigo da Lei da Opção podiam impedir os jogadores de se transferirem, e foi exatamente o que o Sporting fez, recusando as várias propostas que recebeu de clubes portugueses e estrangeiros.

Esteve então um ano sem jogar, aproveitando para iniciar uma nova fase da sua carreira como treinador do Peniche, mas entretanto o Sporting mudou de Presidente e João Rocha propôs-lhe o regresso ao futebol por via de um contrato no Brasil, onde tinha deixado cartel. Já tinha 30 anos mas aceitou e foi Campeão ao serviço do Vasco da Gama.

Apesar do sucesso que foi a sua passagem pelo Vasco, não resistiu às saudades da família e acabou por ser salvo pelo 25 de Abril que o libertou das amarras ao Sporting, permitido-lhe regressar a Portugal para representar o FC Porto, onde passou mais tempo lesionado de que a jogar e, no final da temporada voltou para o Brasil onde ainda jogou mais dois anos e meio no Sport Recife e foi novamente Campeão.

Depois de penduradas as botas retomou a sua carreira de treinador no Juventude de Évora, estreando-se no escalão principal do futebol português no União de Leiria. Depois foi para o V. Guimarães, onde acabou por ser substituído por Pedroto, seguindo-se o Estoril onde conseguiu subir à 1ª Divisão e a Sanjoanense. Posteriormente repetiu passagens por alguns clubes onde já tinha trabalhado até chegar ao Atlético que treinou na época de 1987/88.

Em 1988 regressou ao Sporting para ser adjunto de Pedro Rocha no difícil período da Direção de Jorge Gonçalves, acabando por sair com o treinador uruguaio, deixando a equipa sob o comando de Vítor Damas. Mais tarde foi adjunto de Artur Jorge no futebol saudita.

Colaborou na Sporting TV, como comentador de futebol, fazendo parte do programa "Especial Jornada".

Faleceu a 10 de Fevereiro de 2019 com 76 anos de idade.

To-mane 11h46min de 19 de Fevereiro de 2009 (WET)