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Uma das traves mestras do chamado "Projecto Roquete" foi a construção de um estádio de última geração para substituir o velhinho e degradado [[Estádio José Alvalade]].
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==Historial==
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[[Imagem:Alvalade - Verde.jpg‎|thumb|O Estádio José Alvalade]]
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Uma das traves mestras do chamado "[[Projecto Roquete]]" foi a construção de um estádio de última geração para substituir o velhinho e degradado [[Estádio José Alvalade]].
  
 
Mas mais do que um estádio, a ideia passava por construir um verdadeiro Complexo desportivo e comercial, que pagasse e sustentasse toda a obra.
 
Mas mais do que um estádio, a ideia passava por construir um verdadeiro Complexo desportivo e comercial, que pagasse e sustentasse toda a obra.
  
O Complexo Alvalade XXI inclui: o Edifício Visconde de Alvalade, que alberga a maioria dos serviços do Clube e respectivas empresas; o Edifício Multidesportivo; o Alvaláxia, Centro Comercial; uma Clínica Médica; um Health Club; um Centro de Dia; o Mundo Sporting, o novo museu do Clube; e o Estádio que, por imposição estatutária, se continua a chamar José Alvalade.  
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O Complexo Alvalade XXI inclui:
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* '''Edifício Visconde de Alvalade'''
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* '''Estádio José Alvalade''' que por imposição estatutária se continua a chamar José Alvalade ([[Os_Estatutos_de_2011#Artigo_4.C2.BA|Art. 4 dos Estatutos]]), e que conta com 50.076 lugares, todos sentados e cobertos
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* '''[[Edifício Multidesportivo]]'''
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* '''Centro Comercial Alvaláxia'''
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* '''Clínica Médica'''
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* '''''Health Club'''''
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* '''Centro de Dia'''
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* '''[[Mundo Sporting]]''', o novo museu do Clube.
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* '''[[Loja Verde]]''', a loja do Clube.
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===O início de um sonho===
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[[Imagem:EJAXXI_futuro.jpg|thumb|left|Eis o futuro!]]
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A ideia de construir um novo Estádio surgiu pouco após a tomada de posse do presidente [[Santana Lopes]], iniciando uma grande transformação no Clube. Foram duas as principais razões que levaram a optar por construir um novo Estádio: o velhinho [[Estádio José Alvalade]] encontrava-se num estado de degradação tal que não era possível a sua recuperação e o conceito de estádio, que era o conceito dos estádios que se tinham feito naquela época, estava definitivamente ultrapassado. Assim, o novo Estádio devia ser muito mais do que apenas um recinto de futebol - devia ser uma infraestrutura com um conjunto de características que torna o futebol apenas parte da animação que se passa dentro do estádio.
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[[Imagem:Alvalade 18Maio99.jpg|thumb|right|Projecto apresentado 12 de Maio de 1999]]
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Para o projecto de construção do novo Estádio contou-se com a colaboração dos construtores que tinham acompanhado o Arena - de relembrar que na altura o Estádio de Amesterdão era a fórmula mais recente e apelativa de construção daquele género. Tudo isto foi feito 2 anos antes da decisão que atribuiu a Portugal a organização do Europeu de 2004. Nessa altura, o projecto do Sporting já estava substancialmente avançado. O projecto foi primeiro apresentado na [[Assembleia Geral]] de 12 de Maio de 1999.
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O projecto, desenhado pelo conhecido arquitecto Tomás Taveira, foi condicionado pelo tipo de imagem e conceito do Arena de Amesterdão, porém, possuía características únicas, inspiradas na época dos Descobrimentos: os mastros de sustentação fazem lembrar os mastros das naus portuguesas (aliás, inicialmente os mastros eram muito mais altos e imponentes mas foram reduzidos devido a condicionantes em termos de controlo do espaço aéreo); os tirantes eram as velas e a cobertura representava uma onda.
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===A construção do Estádio===
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[[Imagem:Tomas_Taveira.jpg|thumb|right|O arquitecto Tomás Taveira]]
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A construção do Alvalade XXI iniciou-se a 16 de Janeiro de 2001 em terrenos do Clube integrados no perímetro do actual Estádio José Alvalade, onde funcionavam os campos de treino. O custo do estádio propriamente dito foi calculado em 85 milhões de euros, valor que atingiria os 125 milhões de euros com os edifícios adjacentes - zona comercial e de lazer, piscinas, centro poli-desportivo e sede do Sporting.
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O Alvalade XXI foi construído em sistema de ''project finance'' montado através da utilização de capitais próprios do Clube, financiamento bancário e acordos com o Estado Português (apoio proporcionado no âmbito da organização do Euro 2004) e Câmara Municipal de Lisboa (renovação das vias de acesso).
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====Penalização por ir à frente====
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No desporto são premiados os que vencem, os que chegam em primeiro. Tal não aconteceu na construção do novo Estádio José Alvalade, tendo o Clube sofrido uma penalização de 6 128 913€. A história é simples. O Sporting iniciou o projecto de engenharia em 1999, lançou o concurso da principal empreitada a 6 de Outubro de 2000, consignou os trabalhos a 15 de Janeiro de 2001 e a obra começou logo no dia seguinte.
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O projecto, como não podia deixar de ser, cumpria todas as exigências máximas de segurança estabelecidas pela FIFA e pela UEFA. Porém, a 7 de Junho de 2001, quase seis meses depois do arranque das obras do novo estádio, o Instituto Nacional do Desporto criou uma nova legislação que regulamentava condições técnicas e de segurança mais apertadas do que as das instâncias internacionais do futebol. Consequências? O Sporting foi obrigado a fazer alterações no projecto, levando a um atraso de 4 a 5 meses na empreitada inicial de execução da estrutura do estádio; reformulação dos projectos de execução; custos adicionais de construção resultantes do aumento significativo das dimensões dos acessos horizontais e verticais; redução do número de lugares inicialmente previsto; exposição do Sporting a pedidos de indemnização de empreiteiros...
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Todos os outros estádios de raiz integrados do Europeu de 2004 iniciaram-se após a publicação da nova legislação. Moral da história: em Portugal, ser pioneiro dá direito a penalização.
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====Aspectos técnicos====
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[[Imagem:EJAXXI_construcao.jpg‎|thumb|right|Pormenor da construção]]
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'''Distribuição de Lugares:'''
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*Bancada Inferior (A) - 24.242
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*Bancada Superior (B) - 21.970
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*Lugares de Camarote - 1.512
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*Lugares VIP e Business - 1.968
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*Lugares de Tribuna - 130
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*Lugares para Deficientes Motores - 50
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*Lugares de Imprensa - 204
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*Capacidade Total - 50.076
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'''Estimativas das quantidades de trabalho:'''
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Escavação - 500.000 m3; Betão "in situ" - 108.000 m3; Armaduras - 14.200.000 Kg; Cofragens - 357.000 m2; Lajes Alveolares - 62.000 m2; Bancadas - 31.000 m2
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'''Movimentos de terra:''' o enorme volume de terras escavado e transportado, cerca de 400 fretes de camião por dia, foi efectuado por forma a possibilitar a utilização do antigo Estádio José Alvalade com o mínimo de restrições.
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'''Meios mecânicos''' dados os enormes volumes de betão em causa, optou-se por instalar na obra uma central de fabrico de betão pronto com uma capacidade de cerca de 80 m3/hora. Para a movimentação de todos os materiais de forma rápida foi necessário dotar a obra de 13 gruas torre de grande alcance e capacidade e cerca de 6 gruas automóvel com capacidades desde as 50 toneladas às 500 toneladas de capacidade bruta. Não fossem as restrições resultantes do controlo do espaço aéreo e ainda se teriam montado mais gruas e mais altas.
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====As cores da discórdia====
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[[Imagem:Ricardo_Taveira.jpg‎|thumb|right|Ricardo Taveira, o autor dos azulejos que decoram Alvalade XXI]]
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Ricardo Taveira foi o autor dos azulejos que decoram o Estádio, um material inédito da construção de recintos desportivos. No entanto, a ideia partiu do arquitecto Tomás Taveira.
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Foram utilizadas como referência os símbolos do Sporting e as suas cores base. Os diversos padrões de azulejos, criados com o auxílio informático, levaram a uma utilização de elementos artísticos diferenciados em detrimento de elementos monotonamente iguais.
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A principal vantagem na utilização dos azulejos é a não efemerização, como acontece com o reboco, por exemplo. Para além disso, a cerâmica tem um valor visual muitíssimo mais importante.
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Ricardo Taveira defende que o efeito é ''"surpreendente"'' e que ''"um artista cria acima de tudo de acordo com as suas crenças, certezas e dúvidas. O público escolhe, elege, aceita, ou rejeita..."''
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===A contribuição dos sócios===
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[[Imagem:EJAXXI_bancadas.jpg‎|thumb|left|As bancadas cheias de Sportinguistas]]
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A ideia de um novo estádio foi sempre bem acolhida pelos sócios e adeptos do Sporting, apesar do afecto pelo velhinho estádio, palco de grandes conquistas. Esta adesão transformou-se em entusiasmo quando o Sporting lançou no início de 2002 a venda dos chamados Lugares Especiais, uma forma de corresponder ao interesse manifestado pelo novo estádio e, ao mesmo tempo, de contribuir para o financiamento da construção.
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Os Lugares Especiais representam um vínculo histórico ao Clube. Os titulares asseguram o direito de preferência do seu lugar durante 20 anos para todos os espectáculos e um conjunto de regalias que lhe estão associadas. A aquisição dos Lugares Especiais - os melhores do Estádio - foi estabelecida em função da assinatura de um contrato com o Clube, a Assinatura de Leão, a que correspondeu o pagamento inicial de verbas entre os 500€ e os 5000€, consoante a localização dos lugares e as regalias associadas.
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O sucesso foi imediato: o Sporting vendeu cerca de 90% dos lugares, de um total de 7800, em menos de oito meses. Este sucesso levou a que o Sporting disponibilizasse mais três sectores, num total de cerca de 740 novos lugares.
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===A inauguração===
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A preparação para a cerimónia de inauguração começou dias antes. No dia 22 de Julho de 2003, o Sporting já testava a luz, o som e os painéis electrónicos do novo Estádio. As balizas já estavam instaladas, bem como as marcações no tapete verde.
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Chegou então o dia pelo qual todos estavam à espera, o dia 6 de Agosto de 2003. A abertura das portas estava marcada para as 18h30, mas os sportinguistas começaram a chegar bem mais cedo, ainda antes da hora do almoço. Assim que as portas se abriram, logo as bancadas se encheram de sportinguistas. À hora marcada, 20h45, iniciou-se o espectáculo. A presença de cortinas em volta do recinto, nas quais se projectou a grandeza do Sporting, mantiveram o mistério sobre a globalidade do cenário até ao último momento.
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"O Amor Há-de Vencer", interpretado por Dulce Pontes, uma vez caídas as cortinas e inaugurado o Estádio por um gesto do presidente da República Jorge Sampaio, foi uma das imagens mais marcantes daquela memorável noite. Foi possível acompanhar ainda a recriação do emblema do Clube por centenas de figurantes na zona central do relvado e, finalmente, a entrada dos jogadores em campo, apresentados um a um, para grande regozijo de todos os sportinguistas.
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O capitão Pedro Barbosa foi o primeiro a pisar o relvado. O saudoso [[Jesus Correia]] deu o pontapé de saída e coube a [[Elpídio Silva|Silva]] iniciar o jogo depois do primeiro apito do árbitro Duarte Gomes. Vinte e cinco minutos depois, [[Luís Filipe]] marcou o primeiro golo da vida do novo Estádio, batendo Barthez a passe de [[Rui Jorge]].
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O Manchester United não teve argumentos para o Sporting, numa noite em que se fez história. [[João Vieira Pinto|João Pinto]] foi uma das figuras da noite, ao apontar mais dois golos (61 e 80 m). O Manchester só conseguiu reduzir o marcador através de um autogolo de [[Hugo Vieira]] aos 87 minutos.
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O jovem [[Cristiano Ronaldo]] realizou uma grande exibição, ao ponto de convencer logo ali os responsáveis pelo clube inglês a pagarem os 15 milhões € constantes na sua cláusula de rescisão.
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A nível desportivo, o novo Estádio José Alvalade recebeu logo a 24 de Setembro de 2003 o primeiro jogo das competições europeias, com vitória leonina por 2-0 sobre o Malmoe. O novo recinto foi também palco de vários jogos do Europeu de 2004 e recebeu a [[Final da Taça UEFA de 2005]], na qual o Sporting foi um dos finalistas, tendo perdido por 3 - 1 com o CSKA de Moscovo.
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Aproveitando a multiplicidade de eventos que se podem realizar no Estádio, este já foi palco de grandes eventos, como os concertos dos U2 e Rolling Stones, bem como o Sarau da Ginástica do Sporting.
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No dia 27 de Julho de 2009, o Sporting imortalizou [[Vítor Damas]], atribuindo à baliza sul do Estádio José Alvalade o nome do guarda-redes que mais vezes representou o Clube.
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Dia 2 de Maio de 2010, antes de começar o primeiro jogo do Sporting após o falecimento de [[João Morais]], o canto direito da baliza sul do Estádio José Alvalade (a baliza Vítor Damas), tornou-se o [[Cantinho do Morais]] em Alvalade.
  
O novo Estádio inaugurado a 6 de Agosto de 2003, conta com 50095 lugares, todos sentados e cobertos, e foi desenhado pelo conhecido arquitecto Tomás Taveira.  
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== Hino de Alvalade XXI ==
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O futuro vai começar / É aqui, o ponto de partida
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O nome irá perdurar... Alvalade / Saborear a eternidade
  
Nesse dia de grande festa que encheu de orgulho todos os sportinguistas, o Sporting derrotou por 3-1 o Manchester United, com o jovem [[Cristiano Ronaldo]] a realizar uma grande exibição, ao ponto de convencer logo ali os responsáveis pelo clube inglês a pagarem os 15 milhões € constantes na sua cláusula de rescisão.
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Serão noites mágicas / De encantar, nestas bancadas
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Pouco importa o lugar / Esta aqui... é a nossa casa,
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Mas creio que mereces muito mais / Por isso estamos cá
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Porque as glórias são intemporais / És o nosso paraíso terreno
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ALVALADE XXI
  
O novo Estádio José Alvalade foi um dos palcos do Europeu de 2004 e recebeu a Final da Taça UEFA 2004/05.
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A história que vais escrever / Vai brilhar verde e branco
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E nunca te podes esquecer / Dos heróis... que contigo sonharam
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Mas sinto que a glória vai continuar / Por isso estamos cá
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A memória não vai apagar / Tens o passado mesmo aqui ao lado
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ALVALADE XXI
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ALVALADE
  
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Este majestoso cenário
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Esta viagem por três gerações / A defender os teus valores
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O cofre onde guardo o coração / Por isso estamos cá
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Dentro deste nobre vulcão / Tu és o centro do nosso império
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ALVALADE XXI
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ALVALADE
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ALVALADE XXI
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ALVALADE
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</poem>|Letra: Miguel d'Almada / Luciano Ligabué}}
  
[[Usuário:To-mane|To-mane]] 12h38min de 7 de Outubro de 2008 (UTC)
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[[Imagem:Implantação dos Estádios do Sporting (2).jpg|700px]]
  
 
[[Categoria:Campos e Estádios]]
 
[[Categoria:Campos e Estádios]]

Edição atual desde as 00h56min de 9 de dezembro de 2020

Estádio anterior:
Estádio José Alvalade

Historial

O Estádio José Alvalade

Uma das traves mestras do chamado "Projecto Roquete" foi a construção de um estádio de última geração para substituir o velhinho e degradado Estádio José Alvalade.

Mas mais do que um estádio, a ideia passava por construir um verdadeiro Complexo desportivo e comercial, que pagasse e sustentasse toda a obra.

O Complexo Alvalade XXI inclui:

  • Edifício Visconde de Alvalade
  • Estádio José Alvalade que por imposição estatutária se continua a chamar José Alvalade (Art. 4 dos Estatutos), e que conta com 50.076 lugares, todos sentados e cobertos
  • Edifício Multidesportivo
  • Centro Comercial Alvaláxia
  • Clínica Médica
  • Health Club
  • Centro de Dia
  • Mundo Sporting, o novo museu do Clube.
  • Loja Verde, a loja do Clube.

O início de um sonho

Eis o futuro!

A ideia de construir um novo Estádio surgiu pouco após a tomada de posse do presidente Santana Lopes, iniciando uma grande transformação no Clube. Foram duas as principais razões que levaram a optar por construir um novo Estádio: o velhinho Estádio José Alvalade encontrava-se num estado de degradação tal que não era possível a sua recuperação e o conceito de estádio, que era o conceito dos estádios que se tinham feito naquela época, estava definitivamente ultrapassado. Assim, o novo Estádio devia ser muito mais do que apenas um recinto de futebol - devia ser uma infraestrutura com um conjunto de características que torna o futebol apenas parte da animação que se passa dentro do estádio.

Godinho Lopes apresenta em Assembleia Geral de 12 de Maio de 1999 o projecto do Complexo Alvadade XXI e da Academia Sporting
Projecto apresentado 12 de Maio de 1999

Para o projecto de construção do novo Estádio contou-se com a colaboração dos construtores que tinham acompanhado o Arena - de relembrar que na altura o Estádio de Amesterdão era a fórmula mais recente e apelativa de construção daquele género. Tudo isto foi feito 2 anos antes da decisão que atribuiu a Portugal a organização do Europeu de 2004. Nessa altura, o projecto do Sporting já estava substancialmente avançado. O projecto foi primeiro apresentado na Assembleia Geral de 12 de Maio de 1999.

O projecto, desenhado pelo conhecido arquitecto Tomás Taveira, foi condicionado pelo tipo de imagem e conceito do Arena de Amesterdão, porém, possuía características únicas, inspiradas na época dos Descobrimentos: os mastros de sustentação fazem lembrar os mastros das naus portuguesas (aliás, inicialmente os mastros eram muito mais altos e imponentes mas foram reduzidos devido a condicionantes em termos de controlo do espaço aéreo); os tirantes eram as velas e a cobertura representava uma onda.

A construção do Estádio

O arquitecto Tomás Taveira

A construção do Alvalade XXI iniciou-se a 16 de Janeiro de 2001 em terrenos do Clube integrados no perímetro do actual Estádio José Alvalade, onde funcionavam os campos de treino. O custo do estádio propriamente dito foi calculado em 85 milhões de euros, valor que atingiria os 125 milhões de euros com os edifícios adjacentes - zona comercial e de lazer, piscinas, centro poli-desportivo e sede do Sporting.

O Alvalade XXI foi construído em sistema de project finance montado através da utilização de capitais próprios do Clube, financiamento bancário e acordos com o Estado Português (apoio proporcionado no âmbito da organização do Euro 2004) e Câmara Municipal de Lisboa (renovação das vias de acesso).

Penalização por ir à frente

No desporto são premiados os que vencem, os que chegam em primeiro. Tal não aconteceu na construção do novo Estádio José Alvalade, tendo o Clube sofrido uma penalização de 6 128 913€. A história é simples. O Sporting iniciou o projecto de engenharia em 1999, lançou o concurso da principal empreitada a 6 de Outubro de 2000, consignou os trabalhos a 15 de Janeiro de 2001 e a obra começou logo no dia seguinte.

O projecto, como não podia deixar de ser, cumpria todas as exigências máximas de segurança estabelecidas pela FIFA e pela UEFA. Porém, a 7 de Junho de 2001, quase seis meses depois do arranque das obras do novo estádio, o Instituto Nacional do Desporto criou uma nova legislação que regulamentava condições técnicas e de segurança mais apertadas do que as das instâncias internacionais do futebol. Consequências? O Sporting foi obrigado a fazer alterações no projecto, levando a um atraso de 4 a 5 meses na empreitada inicial de execução da estrutura do estádio; reformulação dos projectos de execução; custos adicionais de construção resultantes do aumento significativo das dimensões dos acessos horizontais e verticais; redução do número de lugares inicialmente previsto; exposição do Sporting a pedidos de indemnização de empreiteiros...

Todos os outros estádios de raiz integrados do Europeu de 2004 iniciaram-se após a publicação da nova legislação. Moral da história: em Portugal, ser pioneiro dá direito a penalização.

Aspectos técnicos

Pormenor da construção

Distribuição de Lugares:

  • Bancada Inferior (A) - 24.242
  • Bancada Superior (B) - 21.970
  • Lugares de Camarote - 1.512
  • Lugares VIP e Business - 1.968
  • Lugares de Tribuna - 130
  • Lugares para Deficientes Motores - 50
  • Lugares de Imprensa - 204
  • Capacidade Total - 50.076

Estimativas das quantidades de trabalho: Escavação - 500.000 m3; Betão "in situ" - 108.000 m3; Armaduras - 14.200.000 Kg; Cofragens - 357.000 m2; Lajes Alveolares - 62.000 m2; Bancadas - 31.000 m2

Movimentos de terra: o enorme volume de terras escavado e transportado, cerca de 400 fretes de camião por dia, foi efectuado por forma a possibilitar a utilização do antigo Estádio José Alvalade com o mínimo de restrições.

Meios mecânicos dados os enormes volumes de betão em causa, optou-se por instalar na obra uma central de fabrico de betão pronto com uma capacidade de cerca de 80 m3/hora. Para a movimentação de todos os materiais de forma rápida foi necessário dotar a obra de 13 gruas torre de grande alcance e capacidade e cerca de 6 gruas automóvel com capacidades desde as 50 toneladas às 500 toneladas de capacidade bruta. Não fossem as restrições resultantes do controlo do espaço aéreo e ainda se teriam montado mais gruas e mais altas.

As cores da discórdia

Ricardo Taveira, o autor dos azulejos que decoram Alvalade XXI

Ricardo Taveira foi o autor dos azulejos que decoram o Estádio, um material inédito da construção de recintos desportivos. No entanto, a ideia partiu do arquitecto Tomás Taveira.

Foram utilizadas como referência os símbolos do Sporting e as suas cores base. Os diversos padrões de azulejos, criados com o auxílio informático, levaram a uma utilização de elementos artísticos diferenciados em detrimento de elementos monotonamente iguais.

A principal vantagem na utilização dos azulejos é a não efemerização, como acontece com o reboco, por exemplo. Para além disso, a cerâmica tem um valor visual muitíssimo mais importante.

Ricardo Taveira defende que o efeito é "surpreendente" e que "um artista cria acima de tudo de acordo com as suas crenças, certezas e dúvidas. O público escolhe, elege, aceita, ou rejeita..."

A contribuição dos sócios

As bancadas cheias de Sportinguistas

A ideia de um novo estádio foi sempre bem acolhida pelos sócios e adeptos do Sporting, apesar do afecto pelo velhinho estádio, palco de grandes conquistas. Esta adesão transformou-se em entusiasmo quando o Sporting lançou no início de 2002 a venda dos chamados Lugares Especiais, uma forma de corresponder ao interesse manifestado pelo novo estádio e, ao mesmo tempo, de contribuir para o financiamento da construção.

Os Lugares Especiais representam um vínculo histórico ao Clube. Os titulares asseguram o direito de preferência do seu lugar durante 20 anos para todos os espectáculos e um conjunto de regalias que lhe estão associadas. A aquisição dos Lugares Especiais - os melhores do Estádio - foi estabelecida em função da assinatura de um contrato com o Clube, a Assinatura de Leão, a que correspondeu o pagamento inicial de verbas entre os 500€ e os 5000€, consoante a localização dos lugares e as regalias associadas.

O sucesso foi imediato: o Sporting vendeu cerca de 90% dos lugares, de um total de 7800, em menos de oito meses. Este sucesso levou a que o Sporting disponibilizasse mais três sectores, num total de cerca de 740 novos lugares.

A inauguração

A preparação para a cerimónia de inauguração começou dias antes. No dia 22 de Julho de 2003, o Sporting já testava a luz, o som e os painéis electrónicos do novo Estádio. As balizas já estavam instaladas, bem como as marcações no tapete verde.

Chegou então o dia pelo qual todos estavam à espera, o dia 6 de Agosto de 2003. A abertura das portas estava marcada para as 18h30, mas os sportinguistas começaram a chegar bem mais cedo, ainda antes da hora do almoço. Assim que as portas se abriram, logo as bancadas se encheram de sportinguistas. À hora marcada, 20h45, iniciou-se o espectáculo. A presença de cortinas em volta do recinto, nas quais se projectou a grandeza do Sporting, mantiveram o mistério sobre a globalidade do cenário até ao último momento.

"O Amor Há-de Vencer", interpretado por Dulce Pontes, uma vez caídas as cortinas e inaugurado o Estádio por um gesto do presidente da República Jorge Sampaio, foi uma das imagens mais marcantes daquela memorável noite. Foi possível acompanhar ainda a recriação do emblema do Clube por centenas de figurantes na zona central do relvado e, finalmente, a entrada dos jogadores em campo, apresentados um a um, para grande regozijo de todos os sportinguistas.

O capitão Pedro Barbosa foi o primeiro a pisar o relvado. O saudoso Jesus Correia deu o pontapé de saída e coube a Silva iniciar o jogo depois do primeiro apito do árbitro Duarte Gomes. Vinte e cinco minutos depois, Luís Filipe marcou o primeiro golo da vida do novo Estádio, batendo Barthez a passe de Rui Jorge.

O Manchester United não teve argumentos para o Sporting, numa noite em que se fez história. João Pinto foi uma das figuras da noite, ao apontar mais dois golos (61 e 80 m). O Manchester só conseguiu reduzir o marcador através de um autogolo de Hugo Vieira aos 87 minutos.

O jovem Cristiano Ronaldo realizou uma grande exibição, ao ponto de convencer logo ali os responsáveis pelo clube inglês a pagarem os 15 milhões € constantes na sua cláusula de rescisão.

Inauguração - parte 1/3
Inauguração - parte 2/3
Inauguração - parte 3/3

Desde então...

CompAlXXIEstJoséAlvalade.jpg

A nível desportivo, o novo Estádio José Alvalade recebeu logo a 24 de Setembro de 2003 o primeiro jogo das competições europeias, com vitória leonina por 2-0 sobre o Malmoe. O novo recinto foi também palco de vários jogos do Europeu de 2004 e recebeu a Final da Taça UEFA de 2005, na qual o Sporting foi um dos finalistas, tendo perdido por 3 - 1 com o CSKA de Moscovo.

Aproveitando a multiplicidade de eventos que se podem realizar no Estádio, este já foi palco de grandes eventos, como os concertos dos U2 e Rolling Stones, bem como o Sarau da Ginástica do Sporting.

No dia 27 de Julho de 2009, o Sporting imortalizou Vítor Damas, atribuindo à baliza sul do Estádio José Alvalade o nome do guarda-redes que mais vezes representou o Clube.

Dia 2 de Maio de 2010, antes de começar o primeiro jogo do Sporting após o falecimento de João Morais, o canto direito da baliza sul do Estádio José Alvalade (a baliza Vítor Damas), tornou-se o Cantinho do Morais em Alvalade.

Hino de Alvalade XXI

O futuro vai começar / É aqui, o ponto de partida
O nome irá perdurar... Alvalade / Saborear a eternidade

Serão noites mágicas / De encantar, nestas bancadas
Pouco importa o lugar / Esta aqui... é a nossa casa,
Mas creio que mereces muito mais / Por isso estamos cá
Porque as glórias são intemporais / És o nosso paraíso terreno
ALVALADE XXI

A história que vais escrever / Vai brilhar verde e branco
E nunca te podes esquecer / Dos heróis... que contigo sonharam
Mas sinto que a glória vai continuar / Por isso estamos cá
A memória não vai apagar / Tens o passado mesmo aqui ao lado
ALVALADE XXI
ALVALADE

Este majestoso cenário
Esta viagem por três gerações / A defender os teus valores
O cofre onde guardo o coração / Por isso estamos cá
Dentro deste nobre vulcão / Tu és o centro do nosso império
ALVALADE XXI
ALVALADE
ALVALADE XXI
ALVALADE

Letra: Miguel d'Almada / Luciano Ligabué

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