Diferenças entre edições de "Basquetebol Feminino 2015/16"

Edição atual desde as 12h20min de 21 de outubro de 2024

Na Liga Feminina... até ao fim

Em 2015/16, a equipa sénior feminina do Basquetebol Feminino do Sporting ascendeu à Liga, o primeiro escalão nacional, algo que só tinha acontecido entre 1971/72 e 1973/74.

Depois de uma época anterior turbulenta a nível directivo, desta feita a secção manteve-se estável, com Pedro Antunes a liderar a Associação de Basquetebol do SCP, entidade que geria o Basquetebol leonino como modalidade autónoma. O treinador da equipa sénior Luís Abreu manteve-se à frente da equipa, assumindo também o cargo de coordenador da formação feminina.

A época não podia ter começado de pior maneira. Inês Faustino, uma das melhores bases nacionais, depois de uma lesão contraída no final da época anterior, acabou por ser submetida a uma intervenção cirúrgica em Setembro de 2015 depois de o tratamento conservador com fisioterapia não ter os resultados desejados. Bineta N'Doye sofreu entorse na tibiotársica durante a pré-época, parando 2 semanas o que atrasou a sua preparação. Márcia Carvalho, contratada como substituta de Faustino, lesionou-se na sua estreia com entorse no joelho. Por seu lado, Beatriz Leitão fracturou dois ossos no segundo jogo da Taça Vitor Hugo. Para mais, a capitã Ana Cunha, militar de carreira, foi destacada para a Madeira em Setembro, onde foi representar o CAB. Com tudo isto, o Clube teve que desistir da 2ª fase do torneio de abertura, a Taça Victor Hugo.

A 30 de Setembro de 2015, o Conselho Directivo do Sporting, na pessoa do Vice-Presidente para as Modalidade Comandante Vicente Moura, anunciou à ABSCP que o Clube assumia a modalidade como oficial, nomeando Helena Duarte como a nova Directora. Os direitos desportivos das equipas de competição mantiveram-se com a ABSCP, numa época necessariamente de transição.

A equipa teve um começo na Liga difícil, com mais lesões a acontecerem. A americana Khyra Conerly que tinha chegado para reforçar a equipa lesionou-se ao fim de quatro jogos, regressando aos Estados Unidos. Sara Tavares também se lesionou, com Catarina Caldeira a assumir o lugar de primeira base. Mesmo assim, o Sporting conseguiu algumas vitórias preciosas contra equipas tradicionalmente fortes, como o Quinta dos Lombos. À 10ª jornada, o Sporting tinha quatro vitórias e estava em 8º lugar na Liga, posição confortável para alcançar o objectivo declarado, a manutenção. As leoas foram então ao Porto perder a primeira eliminatória da Taça de Portugal contra o Académico, clube da 1ª divisão. Dois dias depois, o treinador Luís Abreu deixou o comando da equipa, sendo sucedido por Ricardo Barata.

A partir de janeiro começaram a regressar as jogadoras lesionadas, como Inês Faustino. Cheila Rodrigues regressou em fevereiro, depois de cerca de 10 meses de paragem por lesão grave no joelho. A norte-americana Maria Marshall foi contratada em fevereiro, mas só começou a jogar em março. Mesmo assim, com o plantel quase completo e reforçado, a equipa não melhorou de rendimento, e depois de na primeira volta ter ganho em Lisboa ao AD Vagos, uma das outras equipas que estava a lutar pela manutenção, em março foi a Vagos perder por 68-39. Já a fazer contas em que poderia depender de terceiros, o Sporting ganhou na penúltima jornada contra o GDESSA, que estava em 2º lugar, num jogo que começou a perder o 1º período por 9 pontos. Finalmente as leoas tinham mostrado toda a sua capacidade, demonstrando que tinham valor para estar numa zona muito mais confortável da tabela classificativa. A última jornada da fase regular decidiu a classificação do Sporting: uma vitória contra o União Sportiva, já com o 1º lugar garantido, permitiria ir aos play-offs. Com a derrota, o Sporting ficava dependente de derrotas alheias para fugir à despromoção. No fim, feitas as contas, o Sporting ficou em 9º lugar, o que garantiu o direito desportivo à permanência na Liga Feminina de Basquetebol. Era o resultado possível numa época muito turbulenta.

No fim da época o Sporting Clube de Portugal anunciou oficialmente que a modalidade regressava ao seio do Clube, mas apenas com escalões de formação, numa lógica de crescimento sustentado. Com isto, a 5ª encarnação da equipa sénior feminina do Sporting chegou ao fim.

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