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| Nessa altura os fabris treinavam lado a lado com o Sporting no Lumiar A, e foi lá que o Dr. [[Abrantes Mendes]] descobriu João Martins e ofereceu-lhe um contrato que ele assinou sem regatear, recebendo na hora 100 escudos da mão do Presidente [[Ribeiro Ferreira]] e ficando a ganhar 400 escudos por mês. | | Nessa altura os fabris treinavam lado a lado com o Sporting no Lumiar A, e foi lá que o Dr. [[Abrantes Mendes]] descobriu João Martins e ofereceu-lhe um contrato que ele assinou sem regatear, recebendo na hora 100 escudos da mão do Presidente [[Ribeiro Ferreira]] e ficando a ganhar 400 escudos por mês. |
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− | Nos primeiros tempos jogou pouco, mas o abandono de [[Peyroteo]] foi outra porta que se lhe abriu, e apesar da chegada de [[Mário Wilson]] que vinha destinado a ocupar a vaga deixada em aberto pelo maior goleador da história do futebol português, foi João Martins que acabou por ganhar o lugar, que consolidou depois da chegada de [[Randolph Galloway]], tornando-se então no melhor marcador da equipa. | + | Nos primeiros tempos jogou pouco, mas o abandono de [[Fernando Peyroteo|Peyroteo]] foi outra porta que se lhe abriu, e apesar da chegada de [[Mário Wilson]] que vinha destinado a ocupar a vaga deixada em aberto pelo maior goleador da história do futebol português, foi João Martins que acabou por ganhar o lugar de avançado centro, posição que consolidou depois da chegada de [[Randolph Galloway]], tornando-se então no melhor marcador da equipa. |
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− | Avançado alto, magro e versátil, jogou em todas as posições do ataque, e não era apenas um goleador, sendo também muitas vezes um brilhante assistente, de resto até começou como extremo esquerdo. Chegou a jogar a guarda-redes, primeiro contra o Olhanense em 1950, e pouco depois em Marvila, devido a lesão de [[Tormenta]], defendeu a baliza do Sporting durante 80 minutos sem sofrer um golo. Conquistou sete Campeonatos Nacionais, e uma Taça de Portugal, realizando 248 jogos oficiais e marcando 163 golos ao serviço da equipa principal do Sporting. | + | Avançado alto, magro e versátil, jogou em todas as posições do ataque, e não era apenas um goleador, sendo também muitas vezes um brilhante assistente. De resto originalmente atuava como extremo ou interior esquerdo, posições que voltou a desempenhar no Sporting sempre que chegava um dos muitos avançados centros que na altura passaram pelo Clube sem grande sucesso, pelo que João Martins acabava invariavelmente por ser a solução. |
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− | A 23 de Novembro de 1952 estreou-se na Selecção Nacional passando então a ser regularmente chamado aos jogos de Portugal, que representou por onze vezes. | + | Chegou a jogar a guarda-redes, primeiro contra o Olhanense em 1950, e pouco depois em Marvila, devido a lesão de [[João Tormenta]], defendeu a baliza do Sporting durante 80 minutos sem sofrer um golo. Conquistou sete Campeonatos Nacionais, e uma Taça de Portugal, realizando 250 jogos oficiais e marcando 164 golos ao serviço da equipa principal do Sporting. |
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| + | A 23 de Novembro de 1952 estreou-se na Seleção Nacional passando então a ser regularmente chamado aos jogos de Portugal, que representou por onze vezes. |
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| Foi o melhor marcador do Campeonato Nacional de [[1953/54]] com 31 golos, e o autor do primeiro golo da [[Futebol do Sporting na Europa|história das competições europeias]], num jogo disputado no Estádio Nacional no dia 4 de Setembro de 1955, entre o [[1955-09-04 SPORTING – Partizan Belgrado|Sporting e o Partizan de Belgrado]], que terminou com um empate a três bolas. | | Foi o melhor marcador do Campeonato Nacional de [[1953/54]] com 31 golos, e o autor do primeiro golo da [[Futebol do Sporting na Europa|história das competições europeias]], num jogo disputado no Estádio Nacional no dia 4 de Setembro de 1955, entre o [[1955-09-04 SPORTING – Partizan Belgrado|Sporting e o Partizan de Belgrado]], que terminou com um empate a três bolas. |
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− | Jogador correcto e leal, nunca foi castigado, nem sequer com uma simples repreensão, tendo sido um atleta exemplar que deixou atrás de si um lastro de admiração e respeito da parte de todos os que o conheceram. | + | Jogador correto e leal, nunca foi castigado, nem sequer com uma simples repreensão, tendo sido um atleta exemplar que deixou atrás de si um lastro de admiração e respeito da parte de todos os que o conheceram. |
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| O seu nome ficará ligado para sempre ao campeonato conquistado pelo Benfica na temporada de [[1954/55]], quando no Restelo marcou um golo a poucos minutos do fim de um jogo que o Belenenses precisava de ganhar, empatando-o e entregando assim o título aos grandes rivais do seu Clube, e acabando a chorar junto dos jogadores do Belenenses. | | O seu nome ficará ligado para sempre ao campeonato conquistado pelo Benfica na temporada de [[1954/55]], quando no Restelo marcou um golo a poucos minutos do fim de um jogo que o Belenenses precisava de ganhar, empatando-o e entregando assim o título aos grandes rivais do seu Clube, e acabando a chorar junto dos jogadores do Belenenses. |
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Edição atual desde as 15h15min de 11 de dezembro de 2020
Esta página é sobre o avançado
João Martins (1947-1959). Se procura o médio da Academia
João Martins (2001-2007), consulte
João Paulo Martins. Se procura o médio da Academia
João Martins (2018), consulte
João Tomás Martins.
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Dados de João Martins |
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Nome |
João Baptista Martins
|
Nascimento |
3 de Setembro de 1927
|
Naturalidade |
Sines - Portugal
|
Posição |
Futebolista (avançado)
|
Alentejano de Sines, João Martins teve uma infância difícil trabalhando como corticeiro, pelo que o seu jeito para marcar golos quando jogava no Sport Lisboa e Sines, acabou por ser uma porta para uma vida melhor.
Em 1946 veio para Lisboa pela mão do seu amigo Alfredo Trindade que o queria levar para o Sporting, mas João tinha os pés bem assentes na terra e estava consciente de que naquela altura a linha avançada dos Leões era constituída pelos Cinco Violinos, com um suplente de luxo como Armando Ferreira, pelo que decidiu tentar a sua sorte na CUF, pedindo em troca apenas um emprego. Treinou e agradou, mas como o emprego não aparecia recusava-se a assinar e não jogava, continuando no entanto a treinar.
Nessa altura os fabris treinavam lado a lado com o Sporting no Lumiar A, e foi lá que o Dr. Abrantes Mendes descobriu João Martins e ofereceu-lhe um contrato que ele assinou sem regatear, recebendo na hora 100 escudos da mão do Presidente Ribeiro Ferreira e ficando a ganhar 400 escudos por mês.
Nos primeiros tempos jogou pouco, mas o abandono de Peyroteo foi outra porta que se lhe abriu, e apesar da chegada de Mário Wilson que vinha destinado a ocupar a vaga deixada em aberto pelo maior goleador da história do futebol português, foi João Martins que acabou por ganhar o lugar de avançado centro, posição que consolidou depois da chegada de Randolph Galloway, tornando-se então no melhor marcador da equipa.
Avançado alto, magro e versátil, jogou em todas as posições do ataque, e não era apenas um goleador, sendo também muitas vezes um brilhante assistente. De resto originalmente atuava como extremo ou interior esquerdo, posições que voltou a desempenhar no Sporting sempre que chegava um dos muitos avançados centros que na altura passaram pelo Clube sem grande sucesso, pelo que João Martins acabava invariavelmente por ser a solução.
Chegou a jogar a guarda-redes, primeiro contra o Olhanense em 1950, e pouco depois em Marvila, devido a lesão de João Tormenta, defendeu a baliza do Sporting durante 80 minutos sem sofrer um golo. Conquistou sete Campeonatos Nacionais, e uma Taça de Portugal, realizando 250 jogos oficiais e marcando 164 golos ao serviço da equipa principal do Sporting.
A 23 de Novembro de 1952 estreou-se na Seleção Nacional passando então a ser regularmente chamado aos jogos de Portugal, que representou por onze vezes.
Foi o melhor marcador do Campeonato Nacional de 1953/54 com 31 golos, e o autor do primeiro golo da história das competições europeias, num jogo disputado no Estádio Nacional no dia 4 de Setembro de 1955, entre o Sporting e o Partizan de Belgrado, que terminou com um empate a três bolas.
Jogador correto e leal, nunca foi castigado, nem sequer com uma simples repreensão, tendo sido um atleta exemplar que deixou atrás de si um lastro de admiração e respeito da parte de todos os que o conheceram.
O seu nome ficará ligado para sempre ao campeonato conquistado pelo Benfica na temporada de 1954/55, quando no Restelo marcou um golo a poucos minutos do fim de um jogo que o Belenenses precisava de ganhar, empatando-o e entregando assim o título aos grandes rivais do seu Clube, e acabando a chorar junto dos jogadores do Belenenses.
Depois de abandonar o futebol emigrou para França onde foi operário fabril. Faleceu em 1993 em Paris com 66 anos, vítima de ataque cardíaco.
To-mane 16h39min de 15 de Março de 2009 (WET)