Skip to main content
(criação)
 
m (Substituição de texto - "António Leitão de Oliveira" por "António Leitão de Oliveira")
 
(Há 13 revisões intermédias de 2 utilizadores que não estão a ser apresentadas)
Linha 2: Linha 2:
 
A Comissão Central do Estádio José Alvalade foi criada em 1954, juntamente com as comissões do [[Comissão do Concurso Publicitário| Concurso Publicitário]], das [[Comissão das Festas| Festas]], e do [[Comissão do Cimento| Cimento]] para encontrar formas de ajudar a financiar a construção do [[Estádio José Alvalade]], assim conseguindo que fosse inaugurado na data prevista, 10 de Junho de 1956.
 
A Comissão Central do Estádio José Alvalade foi criada em 1954, juntamente com as comissões do [[Comissão do Concurso Publicitário| Concurso Publicitário]], das [[Comissão das Festas| Festas]], e do [[Comissão do Cimento| Cimento]] para encontrar formas de ajudar a financiar a construção do [[Estádio José Alvalade]], assim conseguindo que fosse inaugurado na data prevista, 10 de Junho de 1956.
  
A Comissão Central do Estádio, liderada ao longo de toda a sua existência pelo [[Manuel Carvalho Brito das Vinhas |Dr. Manuel Carvalho Brito das Vinhas]], era constituída por sportinguistas que ofereciam livremente o seu tempo, o seu esforço, o seu trabalho, e muitas vezes o seu dinheiro.  
+
A Comissão Central do Estádio, liderada ao longo de toda a sua existência pelo [[Manuel Carvalho Brito das Vinhas |Dr. Manuel Carvalho Brito das Vinhas]], era constituída por sportinguistas que ofereciam livremente o seu tempo, o seu esforço, o seu trabalho, e muitas vezes o seu dinheiro, sob o lema "cada um dê o que pode e se pode torne a dar".  
  
 +
==Competências==
 +
Comissão Central do Estádio tinha como competências a arrecadação e movimentação de fundos e valores do Estádio; a abertura de propostas nos concursos de empreitada das obras e parecer para a sua adjudicação; a propaganda da construção do Estádio; a execução de planos financeiros; o estudo de planos referentes à aquisição de fundos e de campanhas para ofertas de materiais; a organização de festivais e de competições desportivas ou de outra natureza em favor do Estádio; a organização da contabilidade e tesouraria dos fundos do Estádio; a fiscalização da aplicação dos fundos; a organização da abertura dos
 +
concursos públicos para as diferentes fases da obra; a elaboração de pareceres sobre a execução da obra; a fiscalização administrativa da obra.
 +
 +
[[Imagem:SubscricaoEstadio.jpg|thumb|right|150px|Subscrição para a construção]]
 
==Actividades==
 
==Actividades==
 +
[[Imagem:ContribuiçãoEstadioJoseAlvalade.jpg|thumb|right|150px|Contribuição para a construção]]
 
A Comissão desdobrou-se em iniciativas e ideias de angariação de fundos, dando largas à imaginação para conseguir que todos, independentemente da capacidade financeira de cada um, pudessem contribuir para o grande objectivo comum: A campanha do papel velho, orientada por Faustino Martins Alcaide Júnior e Salvador Supardo, destinava-se a reunir jornais e outro papel oferecidos por sportinguistas, para posterior venda a peso; foram vendidos lugares cativos a prestações de modo a possibilitar a muitos sócios conseguir pagar o preço, elevado para a época, de cinco mil escudos (cerca de €25); foram também pela primeira vez organizados voos para acompanhar a equipa de futebol nas suas deslocações; o Dia do Trabalho foi instituído, em que os sócios davam ao Sporting o equivalente ao salário de um dia de trabalho; os sócios pagavam para ajudar a demolir o antigo [[Stadium de Lisboa]], alugando picaretas disponibilizadas para esse fim, ou adquirindo em leilão tijolos provenientes do mesmo.
 
A Comissão desdobrou-se em iniciativas e ideias de angariação de fundos, dando largas à imaginação para conseguir que todos, independentemente da capacidade financeira de cada um, pudessem contribuir para o grande objectivo comum: A campanha do papel velho, orientada por Faustino Martins Alcaide Júnior e Salvador Supardo, destinava-se a reunir jornais e outro papel oferecidos por sportinguistas, para posterior venda a peso; foram vendidos lugares cativos a prestações de modo a possibilitar a muitos sócios conseguir pagar o preço, elevado para a época, de cinco mil escudos (cerca de €25); foram também pela primeira vez organizados voos para acompanhar a equipa de futebol nas suas deslocações; o Dia do Trabalho foi instituído, em que os sócios davam ao Sporting o equivalente ao salário de um dia de trabalho; os sócios pagavam para ajudar a demolir o antigo [[Stadium de Lisboa]], alugando picaretas disponibilizadas para esse fim, ou adquirindo em leilão tijolos provenientes do mesmo.
  
Linha 11: Linha 17:
  
 
==Comissão Central do Estádio em 1954==
 
==Comissão Central do Estádio em 1954==
Manuel Carvalho Brito das Vinhas; Margarida Salazar Carreira e Almeida; Silvéria Pinto Costa; Afonso Salcedo; Alberto Graça Júnior; António Leitão de Oliveira; António de Oliveira Romero; António Santos Mendonça; Artur Conceição Capristano; Augusto Martins; César Pedrosa Vitorino; Faustino Manuel David; Francisco de Sousa e Castro; José Pedro Sommer Ribeiro; Júlio César Oliveira Martins; Manuel Valente Arnaud; Mário Ferreira da Cunha Rosa; Nuno Lima Barroso; e Octávio dos Santos Barroza.
+
Presidente: [[Manuel Carvalho Brito das Vinhas]]; Secretários: António de Oliveira Romero e Manuel Eduardo Valente Rebelo Arnaud; Tesoureiros: [[Afonso Salcedo]] e Francisco Maria de Sousa e Castro; Vogais: Silvéria Pinto Costa, Artur Conceição Capristano, [[Octávio Barrosa|Octávio dos Santos Barrosa]], António Taylor Santos Mendonça, [[César Pedrosa Vitorino]], Faustino Manuel David, [[Mário da Cunha Rosa|Mário Ferreira da Cunha Rosa]], José Pedro Sommer Ribeiro, Alberto Graça Júnior, Duarte Nuno Lima Barroso, Augusto Martins, [[António Leitão de Oliveira]], Júlio César Oliveira Martins e [[Margarida Salazar Carreira]].
  
 
==Comissão Central do Estádio em 1955==
 
==Comissão Central do Estádio em 1955==
Manuel Carvalho Brito das Vinhas; Maria Fernanda Vasconcelos Tavares; Silvéria Pinto Costa; Afonso Salcedo; Alberto Graça Júnior; Alberto Henrique Lourenço; Álvarao Martins Alexandre; Álvaro das Neves Lopes; Aníbal Marques; António Avelino Ribeiro; António Morais Rodrigues Pereira;António Garcia Branco; António Santos Mendonça; Artur Fernandes Agostinho; Artur Zuzarte Mendonça; Augusto Martins Alcaide Júnior; Fernando Vaz de Lacerda; Henrique Aragão Pinto; Jaime Rodrigues; João Pitta Castelejo; José António Arsénio; José Pedro Sommer Ribeiro; Júlio César Oliveira Martins; Manuel Valente Arnaud; Manuel Miguel Dinis; Mário Franco; Nuno Lima Barroso; e Octávio dos Santos Barroza; Rui de Melo Robalo Cardoso; e Salvador Supardo.
+
[[Manuel Carvalho Brito das Vinhas]]; Maria Fernanda Vasconcelos Tavares; Silvéria Pinto Costa; [[Afonso Salcedo]]; Alberto Graça Júnior; Alberto Henrique Lourenço; Álvaro Martins Alexandre; Álvaro das Neves Lopes; [[Aníbal Marques]]; António Avelino Ribeiro; António Morais Rodrigues Pereira; António Garcia Branco; António Santos Mendonça; Artur Fernandes Agostinho; Artur Zuzarte Mendonça; Augusto Martins Alcaide Júnior; Fernando Vaz de Lacerda; Henrique Aragão Pinto; Jaime Rodrigues; João Pitta Castelejo; José António Arsénio; José Pedro Sommer Ribeiro; Júlio César Oliveira Martins; Manuel Valente Arnaud; Manuel Miguel Dinis; Mário Franco; Nuno Lima Barroso; [[Octávio Barrosa|Octávio dos Santos Barrosa]]; Rui de Melo Robalo Cardoso; e Salvador Supardo.
 +
 
 +
==Ver também==
 +
[[Os 43 garantes do Estádio José Alvalade]]
 +
 
 +
 
 +
[[Categoria:Estádio José Alvalade (1956)]]

Edição atual desde as 16h09min de 15 de novembro de 2020

Formação e Objectivo

A Comissão Central do Estádio José Alvalade foi criada em 1954, juntamente com as comissões do Concurso Publicitário, das Festas, e do Cimento para encontrar formas de ajudar a financiar a construção do Estádio José Alvalade, assim conseguindo que fosse inaugurado na data prevista, 10 de Junho de 1956.

A Comissão Central do Estádio, liderada ao longo de toda a sua existência pelo Dr. Manuel Carvalho Brito das Vinhas, era constituída por sportinguistas que ofereciam livremente o seu tempo, o seu esforço, o seu trabalho, e muitas vezes o seu dinheiro, sob o lema "cada um dê o que pode e se pode torne a dar".

Competências

Comissão Central do Estádio tinha como competências a arrecadação e movimentação de fundos e valores do Estádio; a abertura de propostas nos concursos de empreitada das obras e parecer para a sua adjudicação; a propaganda da construção do Estádio; a execução de planos financeiros; o estudo de planos referentes à aquisição de fundos e de campanhas para ofertas de materiais; a organização de festivais e de competições desportivas ou de outra natureza em favor do Estádio; a organização da contabilidade e tesouraria dos fundos do Estádio; a fiscalização da aplicação dos fundos; a organização da abertura dos concursos públicos para as diferentes fases da obra; a elaboração de pareceres sobre a execução da obra; a fiscalização administrativa da obra.

Subscrição para a construção

Actividades

Contribuição para a construção

A Comissão desdobrou-se em iniciativas e ideias de angariação de fundos, dando largas à imaginação para conseguir que todos, independentemente da capacidade financeira de cada um, pudessem contribuir para o grande objectivo comum: A campanha do papel velho, orientada por Faustino Martins Alcaide Júnior e Salvador Supardo, destinava-se a reunir jornais e outro papel oferecidos por sportinguistas, para posterior venda a peso; foram vendidos lugares cativos a prestações de modo a possibilitar a muitos sócios conseguir pagar o preço, elevado para a época, de cinco mil escudos (cerca de €25); foram também pela primeira vez organizados voos para acompanhar a equipa de futebol nas suas deslocações; o Dia do Trabalho foi instituído, em que os sócios davam ao Sporting o equivalente ao salário de um dia de trabalho; os sócios pagavam para ajudar a demolir o antigo Stadium de Lisboa, alugando picaretas disponibilizadas para esse fim, ou adquirindo em leilão tijolos provenientes do mesmo.

Resultados

Ao todo, e incluindo os resultados alcançados pelas outras Comissões, foram reunidos 7,716,539 escudos, cerca de 30% do custo total da obra. A Comissão Central do Estádio José Alvalade encerrou as contas em Fevereiro de 1982. No jantar de homenagem ao seu presidente, Manuel Vinhas, foi recordada a inauguração do Estádio: “Pretendeu-se a construção de um Estádio. Cumpriu-se. Temos nisso grande alegria, mais ainda por sentirmos que se deu o passo mais importante para que o nosso Sporting seja o primeiro Clube de Portugal”.

Comissão Central do Estádio em 1954

Presidente: Manuel Carvalho Brito das Vinhas; Secretários: António de Oliveira Romero e Manuel Eduardo Valente Rebelo Arnaud; Tesoureiros: Afonso Salcedo e Francisco Maria de Sousa e Castro; Vogais: Silvéria Pinto Costa, Artur Conceição Capristano, Octávio dos Santos Barrosa, António Taylor Santos Mendonça, César Pedrosa Vitorino, Faustino Manuel David, Mário Ferreira da Cunha Rosa, José Pedro Sommer Ribeiro, Alberto Graça Júnior, Duarte Nuno Lima Barroso, Augusto Martins, António Leitão de Oliveira, Júlio César Oliveira Martins e Margarida Salazar Carreira.

Comissão Central do Estádio em 1955

Manuel Carvalho Brito das Vinhas; Maria Fernanda Vasconcelos Tavares; Silvéria Pinto Costa; Afonso Salcedo; Alberto Graça Júnior; Alberto Henrique Lourenço; Álvaro Martins Alexandre; Álvaro das Neves Lopes; Aníbal Marques; António Avelino Ribeiro; António Morais Rodrigues Pereira; António Garcia Branco; António Santos Mendonça; Artur Fernandes Agostinho; Artur Zuzarte Mendonça; Augusto Martins Alcaide Júnior; Fernando Vaz de Lacerda; Henrique Aragão Pinto; Jaime Rodrigues; João Pitta Castelejo; José António Arsénio; José Pedro Sommer Ribeiro; Júlio César Oliveira Martins; Manuel Valente Arnaud; Manuel Miguel Dinis; Mário Franco; Nuno Lima Barroso; Octávio dos Santos Barrosa; Rui de Melo Robalo Cardoso; e Salvador Supardo.

Ver também

Os 43 garantes do Estádio José Alvalade