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| |nome =Jenő Konrád | | |nome =Jenő Konrád |
| |data_nascimento =13 de Agosto de 1894 | | |data_nascimento =13 de Agosto de 1894 |
− | |naturalidade =Palánka - Austria-Hungria | + | |naturalidade =Palánka |
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| | 1ª Divisão||1934/35||1. FC Brno|||||||||||| | | | 1ª Divisão||1934/35||1. FC Brno|||||||||||| |
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− | | 1ª Divisão||1935/36||FK Austria Wien|||||||||||| | + | | 1ª Divisão||1935/36||FK Austria Wien||||||||||||Taça da Áustria |
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| | Serie A||1936/37||US Triestina|||||||||||| | | | Serie A||1936/37||US Triestina|||||||||||| |
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| Jenö Konrad nasceu em Nemeth-Palanka, depois Backa Palanka, na Sérvia e ficou conhecido enquanto jogador de Futebol, por Konrad I. O seu irmão Kalman (Konrad II) foi considerado pela revista World Soccer um dos 100 maiores jogadores do Século XX. | | Jenö Konrad nasceu em Nemeth-Palanka, depois Backa Palanka, na Sérvia e ficou conhecido enquanto jogador de Futebol, por Konrad I. O seu irmão Kalman (Konrad II) foi considerado pela revista World Soccer um dos 100 maiores jogadores do Século XX. |
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− | A família Konrad mudou-se para Budapeste e em 1908 o jovem Jenö, com 14 anos, assinou pelo Budapest AK. Em 1911 transferiu-se para o MTK, onde seria campeão em 1914 e foi internacional pela Hungria. | + | A família Konrad mudou-se para Budapeste e em 1908 o jovem Jenö, com 14 anos, assinou pelo Budapest AK. Em 1911 transferiu-se para o MTK, onde seria campeão em 1914, e uma vez internacional pela Hungria em 1915. |
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− | Durante a primeira guerra mundial combateu no exército austro-húngaro como oficial, aproveitando as licenças para disputar uns jogos pelo MTK. Foi feito prisioneiro pelos russos e passou dois anos no cativeiro, voltando à Hungria a tempo de se sagrar campeão, sempre pelo MTK, em 1919, ano em que se mudou para Viena, acompanhado pelo irmão, havendo rumores, nunca confirmados, de que teria fugido do país por estar implicado na revolução comunista liderada por Béla Kun. | + | Durante a primeira guerra mundial combateu no exército austro-húngaro como oficial, aproveitando as licenças para disputar uns jogos pelo MTK. Foi feito prisioneiro pelos russos e passou dois anos no cativeiro, voltando à Hungria a tempo de se sagrar campeão, sempre pelo MTK, em 1919, ano em que se mudou para Viena, acompanhado pelo irmão, havendo rumores, nunca confirmados, de que teria fugido do país por estar implicado na revolução comunista liderada por Béla Kun. Sendo judeu, o antisemitismo poderá ter sido outra razão para a fuga, visto que Viena tinha uma das maiores comunidades judaicas da Europa e tinha uma tradição de tolerância. |
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− | Konrad I e Konrad II assinaram pelo Amateure (mais tarde Áustria de Viena), ajudando o clube a vencer a Taça em 1921. Em 1924 e 1925 jogaram no First Vienna. Jenö Konrad era então famoso pela sua inteligência futebolística, sendo chamado o "estratega do futebol". | + | Konrad I e Konrad II assinaram pelo Amateure (mais tarde Áustria de Viena), ajudando o clube a vencer a Taça em 1921. Em 1924 e 1925 jogaram no First Vienna. Jenö Konrad era então famoso pela sua inteligência futebolística, sendo chamado o "estratega do futebol". Aliás, Konrad era um homem educado que falava seis línguas: húngaro, alemão, francês, italiano, inglês, e russo, o que facilitava as suas viagens e mudanças. |
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| Konrad acabou a carreira de jogador em 1925, devido a uma lesão, e tornou-se treinador, tendo orientado três clubes de Viena, incluindo o Amateure e o Wacker, bem como um clube em Timisoara na Roménia. | | Konrad acabou a carreira de jogador em 1925, devido a uma lesão, e tornou-se treinador, tendo orientado três clubes de Viena, incluindo o Amateure e o Wacker, bem como um clube em Timisoara na Roménia. |
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| Em 1930 foi contratado pelo Nuremberga, na altura o clube alemão com mais títulos. Saiu em 1932, ano em que conduziu o clube ao apuramento para a fase final do campeonato alemão, não por ter sido despedido, mas por na qualidade de judeu, ter sido insultado e ameaçado pelos nazis locais, que já se preparavam para a tomada do poder, que ocorreria no ano seguinte. Voltou a Viena, onde esteve pouco tempo, pois no mesmo ano de 1932 já treinava o Ripensia de Timisoara, com o qual se sagrou campeão nacional da Roménia em 1933. | | Em 1930 foi contratado pelo Nuremberga, na altura o clube alemão com mais títulos. Saiu em 1932, ano em que conduziu o clube ao apuramento para a fase final do campeonato alemão, não por ter sido despedido, mas por na qualidade de judeu, ter sido insultado e ameaçado pelos nazis locais, que já se preparavam para a tomada do poder, que ocorreria no ano seguinte. Voltou a Viena, onde esteve pouco tempo, pois no mesmo ano de 1932 já treinava o Ripensia de Timisoara, com o qual se sagrou campeão nacional da Roménia em 1933. |
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− | Em 1934 estava no SK Zidenice, depois treinou o Brno e o Austria e em 1936 foi para a Triestina de Itália, clube que em 1937/38 levou ao 6.º lugar na série A, mas teve que abandonar o clube quando Mussolini expulsou os judeus estrangeiros de Itália. | + | Em 1934 estava no SK Zidenice, depois treinou o Brno e o Austria, onde ganhou a Taça, e em 1936 foi para a Triestina de Itália, equipa que em 1937/38 levou ao 6.º lugar na série A, mas teve que abandonar o clube quando Mussolini expulsou os judeus estrangeiros de Itália. |
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− | Voltou para Budapeste, mas tendo medo de ser mobilizado para o exército, foi para Paris como representante do negócio de flores da irmã. Está claro que não era talhado para ser florista e aceitou treinar o Olympique de Lillois, que levou à Final da Taça de França. Com o rebentar da guerra decidiu fugir para a América, via Portugal, tal como os refugiados que aparecem no filme "Casablanca", acompanhado pela família, mas não pelo irmão, que entretanto se radicara na Suécia. | + | Voltou para Budapeste, mas tendo medo de ser mobilizado para o exército, foi para Paris como representante do negócio de flores da irmã. Está claro que não era talhado para ser florista e aceitou treinar o Olympique de Lillois, que levou à Final da Taça de França. Com o rebentar da guerra decidiu fugir para a América, via Portugal, acompanhado pela família, mas não pelo irmão, que entretanto se radicara na Suécia. |
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− | Chegou a Lisboa em 1940 e tratou de tentar obter o visto para os EUA, o que se revelou mais difícil do que esperava. Entretanto, que fazer? Sendo um homem do futebol, tentou de arranjar emprego, claro está, no [[Sporting Clube de Portugal]]. | + | Chegou a Lisboa em 1940 e tratou de tentar obter o visto para os EUA, o que se revelou mais difícil do que o previsto. Sendo um homem do futebol, tentou durante esse período de espera arranjar emprego e acabou por ser contratado pelo [[Sporting Clube de Portugal]]. Na altura o treinador do Sporting era [[Joseph Szabo]], também ele de nacionalidade húngara e possivelmente foi a solidariedade entre estes homens da Europa Central que levaria a que Konrad, sob o nome de Eugénio Conrado, assumisse funções no Sporting como "delegado técnico", já a época de [[1939/40]] ia adiantada, passando então a trabalhar em conjunto com [[Joseph Szabo]], mas esta opção revelou-se infrutífera<ref>"Os Sports", ed 2 385, ano XXII - 16 de Agosto de 1940</ref> e o Sporting não conseguiu ganhar o Campeonato. |
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− | Na altura o treinador do Sporting era [[Joseph Szabo]], também ele de nacionalidade húngara e possivelmente foi a solidariedade entre estes homens da Europa Central que levaria a que Konrad, sob o nome de Eugénio Conrado, fosse contratado pelo Sporting como "delegado técnico" já a época de [[1939/40]] ia adiantada. Curiosamente pouco depois a Direcção entregou o comando do Futebol leonino a Jeno Konrad, mas o Sporting não conseguiu ganhar o Campeonato e foi afastado da Taça.
| + | Em Maio de 1940 conseguiu ser incluído no lote de refugiados jugoslavos, valendo-se do seu local de nascimento, e embarcou para os EUA no São Miguel, um barco de transporte de cortiça. Fixou residência em Nova Iorque, encontrando finalmente um lugar donde não teve que fugir, apesar de dificuldades iniciais devido à sua pronúncia tintada de alemão. Não se voltou a ligar ao futebol, talvez por nos Estados Unidos da América este ser um desporto para imigrantes. Trabalhou primeiro como massagista e depois como operário. |
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− | Em Maio de 1940 conseguiu ser incluído no lote de refugiados jugoslavos, valendo-se do seu local de nascimento, e embarcou para os EUA no São Miguel, um barco de transporte de cortiça. Fixou residência em Nova Iorque, encontrando finalmente um lugar donde não teve que fugir e onde morreria em 15 de Julho de 1978.
| + | Faleceu em Nova Iorque, na sequência de um enfarte, a 15 de Julho de 1978. |
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− | @Pireza
| + | A 22 de janeiro de 2013,foi concedida postumamente a Jenő Konrad a filiação honorária no FC Nürnberg, e revogadas simbolicamente todas as discriminações legais adoptadas em 1933. |
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| + | ==Referências== |
| + | <references /> |
| + | *[http://www.forumscp.com/index.php?topic=10461.msg350124#msg350124 História de Jenö Konrád]''- por Pireza in FórumSCP'' |
| [[Categoria:Treinadores de Futebol]] | | [[Categoria:Treinadores de Futebol]] |
Edição atual desde as 11h18min de 13 de agosto de 2017
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Dados de Jeno Konrad |
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Nome |
Jenő Konrád
|
Nascimento |
13 de Agosto de 1894
|
Naturalidade |
Palánka - Áustria-Hungria
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Posição |
Treinador
|
Escalão
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Época
|
Clube
|
Obs.
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J
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V
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E
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D
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Titulos
|
1ª Divisão |
1926/27 |
SC Wacker Wien |
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1ª Divisão |
1927/28 |
Chinezul Timişoara |
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1ª Divisão |
1928/29 |
Wiener AC |
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1ª Divisão |
1929/30 |
Hakoah Vienna |
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1ª Divisão |
1930/31 |
FC Nuremberg |
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1ª Divisão |
1931/32 |
FC Nuremberg |
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1ª Divisão |
1932/33 |
Ripensia Timişoara |
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Campeonato Nacional
|
1ª Divisão |
1933/34 |
SK Zidenice |
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1ª Divisão |
1934/35 |
1. FC Brno |
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1ª Divisão |
1935/36 |
FK Austria Wien |
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Taça da Áustria
|
Serie A |
1936/37 |
US Triestina |
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Serie A |
1937/38 |
US Triestina |
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1ª Divisão |
1938/39 |
Olympique Lillois |
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1ª Divisão |
1939/40 |
SPORTING |
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Total = |
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? |
? |
? |
? |
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Jenö Konrad nasceu em Nemeth-Palanka, depois Backa Palanka, na Sérvia e ficou conhecido enquanto jogador de Futebol, por Konrad I. O seu irmão Kalman (Konrad II) foi considerado pela revista World Soccer um dos 100 maiores jogadores do Século XX.
A família Konrad mudou-se para Budapeste e em 1908 o jovem Jenö, com 14 anos, assinou pelo Budapest AK. Em 1911 transferiu-se para o MTK, onde seria campeão em 1914, e uma vez internacional pela Hungria em 1915.
Durante a primeira guerra mundial combateu no exército austro-húngaro como oficial, aproveitando as licenças para disputar uns jogos pelo MTK. Foi feito prisioneiro pelos russos e passou dois anos no cativeiro, voltando à Hungria a tempo de se sagrar campeão, sempre pelo MTK, em 1919, ano em que se mudou para Viena, acompanhado pelo irmão, havendo rumores, nunca confirmados, de que teria fugido do país por estar implicado na revolução comunista liderada por Béla Kun. Sendo judeu, o antisemitismo poderá ter sido outra razão para a fuga, visto que Viena tinha uma das maiores comunidades judaicas da Europa e tinha uma tradição de tolerância.
Konrad I e Konrad II assinaram pelo Amateure (mais tarde Áustria de Viena), ajudando o clube a vencer a Taça em 1921. Em 1924 e 1925 jogaram no First Vienna. Jenö Konrad era então famoso pela sua inteligência futebolística, sendo chamado o "estratega do futebol". Aliás, Konrad era um homem educado que falava seis línguas: húngaro, alemão, francês, italiano, inglês, e russo, o que facilitava as suas viagens e mudanças.
Konrad acabou a carreira de jogador em 1925, devido a uma lesão, e tornou-se treinador, tendo orientado três clubes de Viena, incluindo o Amateure e o Wacker, bem como um clube em Timisoara na Roménia.
Em 1930 foi contratado pelo Nuremberga, na altura o clube alemão com mais títulos. Saiu em 1932, ano em que conduziu o clube ao apuramento para a fase final do campeonato alemão, não por ter sido despedido, mas por na qualidade de judeu, ter sido insultado e ameaçado pelos nazis locais, que já se preparavam para a tomada do poder, que ocorreria no ano seguinte. Voltou a Viena, onde esteve pouco tempo, pois no mesmo ano de 1932 já treinava o Ripensia de Timisoara, com o qual se sagrou campeão nacional da Roménia em 1933.
Em 1934 estava no SK Zidenice, depois treinou o Brno e o Austria, onde ganhou a Taça, e em 1936 foi para a Triestina de Itália, equipa que em 1937/38 levou ao 6.º lugar na série A, mas teve que abandonar o clube quando Mussolini expulsou os judeus estrangeiros de Itália.
Voltou para Budapeste, mas tendo medo de ser mobilizado para o exército, foi para Paris como representante do negócio de flores da irmã. Está claro que não era talhado para ser florista e aceitou treinar o Olympique de Lillois, que levou à Final da Taça de França. Com o rebentar da guerra decidiu fugir para a América, via Portugal, acompanhado pela família, mas não pelo irmão, que entretanto se radicara na Suécia.
Chegou a Lisboa em 1940 e tratou de tentar obter o visto para os EUA, o que se revelou mais difícil do que o previsto. Sendo um homem do futebol, tentou durante esse período de espera arranjar emprego e acabou por ser contratado pelo Sporting Clube de Portugal. Na altura o treinador do Sporting era Joseph Szabo, também ele de nacionalidade húngara e possivelmente foi a solidariedade entre estes homens da Europa Central que levaria a que Konrad, sob o nome de Eugénio Conrado, assumisse funções no Sporting como "delegado técnico", já a época de 1939/40 ia adiantada, passando então a trabalhar em conjunto com Joseph Szabo, mas esta opção revelou-se infrutífera[1] e o Sporting não conseguiu ganhar o Campeonato.
Em Maio de 1940 conseguiu ser incluído no lote de refugiados jugoslavos, valendo-se do seu local de nascimento, e embarcou para os EUA no São Miguel, um barco de transporte de cortiça. Fixou residência em Nova Iorque, encontrando finalmente um lugar donde não teve que fugir, apesar de dificuldades iniciais devido à sua pronúncia tintada de alemão. Não se voltou a ligar ao futebol, talvez por nos Estados Unidos da América este ser um desporto para imigrantes. Trabalhou primeiro como massagista e depois como operário.
Faleceu em Nova Iorque, na sequência de um enfarte, a 15 de Julho de 1978.
A 22 de janeiro de 2013,foi concedida postumamente a Jenő Konrad a filiação honorária no FC Nürnberg, e revogadas simbolicamente todas as discriminações legais adoptadas em 1933.
Referências
- ↑ "Os Sports", ed 2 385, ano XXII - 16 de Agosto de 1940