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Edição atual desde as 14h12min de 8 de agosto de 2017
Alfredo Trindade regressa em grande
Alfredo Trindade o grande vencedor da época
Em 1936 o Sporting voltou a ter a equipa mais forte do Ciclismo nacional, ao assegurar o concurso de Filipe de Melo e os regressos de Alfredo Trindade e Joaquim de Sousa, mantendo todos os seus melhores ciclistas, numa época onde chegou a estar em cima da mesa a participação de uma selecção portuguesa na Volta à França, um projecto que ficou pelo caminho por ser considerado extemporâneo e até aventureiro.
A época começou com as corridas clássicas da UVP. Filipe de Melo ganhou a prova dos 50Km onde Joaquim de Sousa foi 7º classificado. Na corrida dos 100 km o domínio dos ciclistas leoninos foi total com Joaquim Fernandes, Filipe de Melo, Ildefonso Rodrigues e Alfredo Trindade a ocuparem o primeiros quatro lugares da classificação. Seguiu-se a prova de contra relógio, onde Alfredo Trindade foi 2º classificado e Filipe de Melo foi 3º. No contra relógio por equipas, o Sporting e Ezequiel Lino ficaram em 2º lugar, mas a vitória apenas fugiu ao Leões devido a um engano no percurso.
No Campeonato Regional de Fundo, Ezequiel Lino foi o melhor ciclista do Sporting terminando a prova de 200Km em 6º lugar. Os Regionais de Velocidade foram incluídos num festival que se disputou no Estádio do Lumiar, antecedendo a chegada da Clássica Porto-Lisboa. Nessa competição o veterano João de Sousa conseguiu surpreendentemente derrotar na meia final Francisco Assunção Silva, confirmando depois o seu grande momento ao ganhar na final ao benfiquista Noé de Almeida.
No XIII Porto-Lisboa o Ciclismo do Sporting Clube de Portugal vincou de uma forma bem clara a sua superioridade no pelotão nacional, numa prova onde participaram 47 concorrentes, entre os quais três franceses. A corrida foi tranquila até ao Bombarral, mas a partir daí abriram-se as hostilidades. No entanto foi já perto de Lisboa que Alfredo Trindade se conseguiu distanciar da concorrência passando em Loures com cerca de 1 minuto de avanço. A chegada ao Estádio do Lumiar foi apoteótica para os ciclistas do Sporting, que ocuparam os primeiros quatro lugares na meta, batendo todos o anterior recorde da prova. Assim Alfredo Trindade conquistou de uma forma brilhante a vitória que faltava ao seu palmarés, arrancando aí para mais uma época brilhante onde ganhou todas as provas mais importantes. Só foi pena que Volta a Portugal não se tenha realizado
Num ano marcado pela não realização da maior prova do Ciclismo nacional, a União Velocipédica Portuguesa organizou o seu I Circuito Internacional, uma prova com três etapas, onde participaram ciclistas franceses e espanhóis e, que se disputou durante um fim de semana. O Sporting voltou a dominar de forma categórica e, depois de uma primeira etapa entre Lisboa e Tomar, que terminou com uma chegada em grupo, tendo como vencedor José Marquês, que na altura representava o Campo de Ourique, na segunda tirada que ligava Tomar à Figueira da Foz, Alfredo Trindade e Ildefonso Rodrigues concretizaram uma fuga, chegando à meta com mais de 12 minutos de avanço sobre a concorrência. Assim na última etapa que terminou em Lisboa, os ciclistas leoninos controlaram a corrida, garantindo mais uma dupla vitória da equipa e de Alfredo Trindade, que nesse dia apenas perdeu 34 segundos para o vencedor da tirada.
Os Campeonatos Nacionais de Velocidade foram integrados num festival que se disputou no Estádio do Lumiar, antecedendo a chegada do I Circuito Internacional da UVP. Nessa competição o veterano João de Sousa confirmou a vitória obtida nos Regionais, derrotando na final Francisco Assunção Silva, consolidando o tradicional domínio do Sporting nesta especialidade.
No Campeonato Nacional de Fundo repetiram-se as classificações das principais competições da temporada, com Alfredo Trindade e Ildefonso Rodrigues a ocuparem os dois primeiros lugares. Para o grande Campeão ribatejano este era o seu segundo título nesta especialidade, depois da vitória de 1934.
Nas provas particulares o Sporting ganhou as 8 Voltas ao Cartaxo que se disputaram em Junho, com Joaquim Fernandes, Ezequiel Lino e Alfredo Trindade a classificarem-se respectivamente nos 2º, 3º e 5º lugares. Em Agosto o jornal Os Sports organizou as 24 horas de Lisboa, uma corrida por equipas à americana, onde o trio leonino formado por Alfredo Trindade, Ildefonso Rodrigues e João de Sousa, deu uma excelente réplica à equipa francesa que ganhou a competição, que foi antecedida por três provas de exibição, todas ganhas por ciclistas do Sporting. Seguiu-se o Giro do Minho onde Alfredo Trindade teve de desistir devido a uma queda quando seguia isolado já muito perto da meta, deixando para Ezequiel Lino a melhor classificação dos sportinguistas com um 3º lugar. Idêntica classificação conseguiu poucos dias depois Henrique Ribeiro no Circuito de Espinho.
O buraco criado pela decisão de não realizar a Volta a Portugal, cuja organização estava a cargo dos jornais Diário de Noticias e Os Sports, que se viram impedidos de concretizar o seu ambicioso projecto do Comboio da Volta em parceria com a CP, em virtude ter ter rebentado a Guerra em Espanha, abriu espaço para a realização de outras competições por etapas. Assim em Agosto disputou-se a I Volta ao Algarve que teve como vencedor Joaquim Fernandes que ganhou uma etapa, enquanto Ildefonso Rodrigues venceu as outras duas, terminando em 3º lugar na classificação geral.
Em Setembro Ildefonso Rodrigues venceu os 30Km de Faro e as 8 Voltas a Matacães, enquanto Filipe de Melo triunfou nas 5 Voltas a Mafra e na já tradicional Volta dos Campeões na Figueira da Foz, onde Alfredo Trindade foi 3º classificado e Joaquim de Sousa ficou no 4º lugar.
Já em Outubro realizou-se o I Circuito das Beiras, uma competição composta por 6 etapas, três das quais ganhas por ciclistas do Sporting, com Alfredo Trindade a confirmar o grande momento que atravessava, concretizando uma fuga em conjunto com Filipe de Melo na tirada entre Castelo Branco e a Guarda, na qual ganharam 12 minutos à concorrência garantindo assim o 1º e o 2º lugares nesta dura competição, onde Ildefonso Rodrigues foi 7º classificado e Joaquim Fernandes ficou no 8º lugar. O desempate entre os dois primeiros classificados que terminaram com o mesmo tempo, foi feito pela vitória de Alfredo Trindade na Guarda. Os outros ciclistas leoninos que venceram etapas foram Joaquim de Sousa e Ildefonso Rodrigues.
Terminava assim em beleza mais uma grande temporada para o Ciclismo sportinguista.
To-mane 15h09min de 21 de Dezembro de 2014 (WET)
Secção do Ciclismo
Vitórias do Clube
Competição
|
Escalão
|
Prova
|
Observações
|
8 Voltas ao Cartaxo |
Independentes |
Estrada |
|
I Volta ao Algarve |
Independentes |
Etapas |
|
I Circuito Internacional da UVP |
Independentes |
Etapas |
|
24 Horas de Lisboa |
Independentes |
Perseguição |
|
Taça Outono |
Principiantes |
Etapas |
|
Campeões Nacionais
XIV Clássica Porto-Lisboa
Classificação
|
Ciclista
|
Marca
|
Observações
|
1º |
Alfredo Trindade |
11,15,23h |
|
2º |
Ildefonso Rodrigues |
11,17,55h |
|
3º |
Ezequiel Lino |
11,18,36h |
|
4º |
Filipe de Melo |
11,18,36h |
|
11º |
Joaquim de Sousa |
11,21,23h |
|
23º |
Roberto de Magalhães |
11,34,44h |
|
|
Joaquim Fernandes |
|
Desistiu
|
|
Manuel Dias |
|
Desistiu
|
I Circuito Internacional da UVP
Classificação Geral Individual
Classificação por equipas
Posição
|
Clube
|
Tempo
|
1º |
SPORTING |
32,52,24h
|
2º |
Benfica |
32,58,43h
|
3º |
Benfica B |
32,59,09h
|
Outras Vitórias
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