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Alentejano de Sines, João Martins teve uma infância difícil trabalhando como corticeiro, pelo que o seu jeito para marcar golos quando jogava no Sport Lisboa e Sines, acabou por ser uma porta para uma vida melhor.
Alentejano de Sines teve uma infância difícil trabalhando como corticeiro, pelo que o seu jeito para marcar golos acabou por ser uma porta para uma vida melhor.
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Em 1946 veio para Lisboa pela mão do seu amigo [[Alfredo Trindade]] que o queria levar para o Sporting, mas João tinha os pés bem assentes na terra e estava consciente de que naquela altura a linha avançada dos Leões era constituída pelos [[Cinco Violinos]], com um suplente de luxo como [[Armando Ferreira]], pelo que decidiu tentar a sua sorte na CUF, pedindo em troca apenas um emprego. Treinou e agradou, mas como o emprego não aparecia recusava-se a assinar e não jogava, continuando no entanto a treinar.
 
Em 1946 veio para Lisboa pela mão do seu amigo [[Alfredo Trindade]] que o queria levar para o Sporting, mas João tinha os pés bem assentes na terra e estava consciente de que naquela altura a linha avançada dos Leões era constituída pelos [[Cinco Violinos]], com um suplente de luxo como [[Armando Ferreira]], pelo que decidiu tentar a sua sorte na CUF, pedindo em troca apenas um emprego. Treinou e agradou, mas como o emprego não aparecia recusava-se a assinar e não jogava, continuando no entanto a treinar.
  
 
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Nessa altura os fabris treinavam lado a lado com o Sporting no Lumiar, e foi lá o Dr. [[Abrantes Mendes]] descobriu João Martins e ofereceu-lhe um contrato que ele assinou sem regatear, recebendo na hora, 100 escudos da mão do Presidente [[Ribeiro Ferreira]] e ficando a ganhar 400 escudos por mês.
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Nessa altura os fabris treinavam lado a lado com o Sporting no Lumiar A, e foi lá que o Dr. [[Abrantes Mendes]] descobriu João Martins e ofereceu-lhe um contrato que ele assinou sem regatear, recebendo na hora 100 escudos da mão do Presidente [[Ribeiro Ferreira]] e ficando a ganhar 400 escudos por mês.
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Nos primeiros tempos jogou pouco, mas o abandono de [[Fernando Peyroteo|Peyroteo]] foi outra porta que se lhe abriu, e apesar da chegada de [[Mário Wilson]] que vinha destinado a ocupar a vaga deixada em aberto pelo maior goleador da história do futebol português, foi João Martins que acabou por ganhar o lugar de avançado centro, posição que consolidou depois da chegada de [[Randolph Galloway]], tornando-se então no melhor marcador da equipa.  
  
Nos primeiros tempos jogou pouco, mas o abandono de [[Peyroteo]] foi outra porta que se lhe abriu, e apesar da chegada de [[Mário Wilson]] que vinha destinado a ocupar a vaga deixada em aberto pelo maior goleador da história do futebol português, foi João Martins que acabou por ganhar o lugar, que consolidou depois da chegada de [[Randolph Galloway]], tornando.se então no melhor marcador da equipa.  
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Avançado alto, magro e versátil, jogou em todas as posições do ataque, e não era apenas um goleador, sendo também muitas vezes um brilhante assistente. De resto originalmente atuava como extremo ou interior esquerdo, posições que voltou a desempenhar no Sporting sempre que chegava um dos muitos avançados centros que na altura passaram pelo Clube sem grande sucesso, pelo que João Martins acabava invariavelmente por ser a solução.  
  
Avançado alto, magro e versátil, jogou em todas as posições do ataque, e não era apenas um goleador, sendo também muitas vezes um brilhante assistente. Conquistou sete Campeonatos Nacionais, e uma Taça de Portugal, realizando 251 jogos oficiais e marcando 166 golos ao serviço do Sporting.
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Chegou a jogar a guarda-redes, primeiro contra o Olhanense em 1950, e pouco depois em Marvila, devido a lesão de [[João Tormenta]], defendeu a baliza do Sporting durante 80 minutos sem sofrer um golo. Conquistou sete Campeonatos Nacionais, e uma Taça de Portugal, realizando 250 jogos oficiais e marcando 164 golos ao serviço da equipa principal do Sporting.
  
A 23 de Novembro de 1952 estreou-se na Selecção Nacional passando então a ser regularmente chamado aos jogos de Portugal, que representou por onze vezes.
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A 23 de Novembro de 1952 estreou-se na Seleção Nacional passando então a ser regularmente chamado aos jogos de Portugal, que representou por onze vezes.
  
Foi o melhor marcador do Campeonato Nacional de [[1953/54]] com 31 golos, e o autor do primeiro golo da história das competições europeias, num jogo disputado no Estádio Nacional no dia 4 de Setembro de 1955, entre o Sporting e o Partizan de Belgrado, que terminou com um empate a três bolas.
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Foi o melhor marcador do Campeonato Nacional de [[1953/54]] com 31 golos, e o autor do primeiro golo da [[Futebol do Sporting na Europa|história das competições europeias]], num jogo disputado no Estádio Nacional no dia 4 de Setembro de 1955, entre o [[1955-09-04 SPORTING – Partizan Belgrado|Sporting e o Partizan de Belgrado]], que terminou com um empate a três bolas.
  
Jogador correcto e leal, nunca foi castigado, nem sequer com uma simples repreensão, tendo sido um atleta exemplar que deixou atrás de si um lastro de admiração e respeito da parte de todos os que o conheceram.
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Jogador correto e leal, nunca foi castigado, nem sequer com uma simples repreensão, tendo sido um atleta exemplar que deixou atrás de si um lastro de admiração e respeito da parte de todos os que o conheceram.
  
 
O seu nome ficará ligado para sempre ao campeonato conquistado pelo Benfica na temporada de [[1954/55]], quando no Restelo marcou um golo a poucos minutos do fim de um jogo que o Belenenses precisava de ganhar, empatando-o e entregando assim o título aos grandes rivais do seu Clube, e acabando a chorar junto dos jogadores do Belenenses.
 
O seu nome ficará ligado para sempre ao campeonato conquistado pelo Benfica na temporada de [[1954/55]], quando no Restelo marcou um golo a poucos minutos do fim de um jogo que o Belenenses precisava de ganhar, empatando-o e entregando assim o título aos grandes rivais do seu Clube, e acabando a chorar junto dos jogadores do Belenenses.
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[[Categoria:Personalidades]]
 
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Edição atual desde as 15h15min de 11 de dezembro de 2020

Esta página é sobre o avançado João Martins (1947-1959). Se procura o médio da Academia João Martins (2001-2007), consulte João Paulo Martins. Se procura o médio da Academia João Martins (2018), consulte João Tomás Martins.
Dados de João Martins Joãomartins.jpg
Nome João Baptista Martins
Nascimento 3 de Setembro de 1927
Naturalidade Sines - Portugal
Posição Futebolista (avançado)
Escalão Época Clube Jogos Golos Titulos Internacionalizações
JUV JUN ESP BB AA Golos
Regionais 1943/44 Sport Lisboa e Sines
Regionais 1944/45 Sport Lisboa e Sines
Regionais 1945/46 Sport Lisboa e Sines
2ª Categoria 1946/47 SPORTING
1ª Divisão 1947/48 SPORTING 4 3 Campeonato Nacional
1ª Divisão 1948/49 SPORTING 6 1 Campeonato Nacional
1ª Divisão 1949/50 SPORTING 6 2
1ª Divisão 1950/51 SPORTING 14 5 Campeonato Nacional
1ª Divisão 1951/52 SPORTING 29 18 Campeonato Nacional
1ª Divisão 1952/53 SPORTING 31 35 Campeonato Nacional 2 0
1ª Divisão 1953/54 SPORTING 31 39 Campeonato Nacional
Taça de Portugal
2 0
1ª Divisão 1954/55 SPORTING 30 24 3 0
1ª Divisão 1955/56 SPORTING 24 7 3 0
1ª Divisão 1956/57 SPORTING 30 15 1 0
1ª Divisão 1957/58 SPORTING 30 12 Campeonato Nacional
1ª Divisão 1958/59 SPORTING 15 3
Total = 250 164 1 11 0

Alentejano de Sines, João Martins teve uma infância difícil trabalhando como corticeiro, pelo que o seu jeito para marcar golos quando jogava no Sport Lisboa e Sines, acabou por ser uma porta para uma vida melhor.

Em 1946 veio para Lisboa pela mão do seu amigo Alfredo Trindade que o queria levar para o Sporting, mas João tinha os pés bem assentes na terra e estava consciente de que naquela altura a linha avançada dos Leões era constituída pelos Cinco Violinos, com um suplente de luxo como Armando Ferreira, pelo que decidiu tentar a sua sorte na CUF, pedindo em troca apenas um emprego. Treinou e agradou, mas como o emprego não aparecia recusava-se a assinar e não jogava, continuando no entanto a treinar.

João Martins

Nessa altura os fabris treinavam lado a lado com o Sporting no Lumiar A, e foi lá que o Dr. Abrantes Mendes descobriu João Martins e ofereceu-lhe um contrato que ele assinou sem regatear, recebendo na hora 100 escudos da mão do Presidente Ribeiro Ferreira e ficando a ganhar 400 escudos por mês.

Nos primeiros tempos jogou pouco, mas o abandono de Peyroteo foi outra porta que se lhe abriu, e apesar da chegada de Mário Wilson que vinha destinado a ocupar a vaga deixada em aberto pelo maior goleador da história do futebol português, foi João Martins que acabou por ganhar o lugar de avançado centro, posição que consolidou depois da chegada de Randolph Galloway, tornando-se então no melhor marcador da equipa.

Avançado alto, magro e versátil, jogou em todas as posições do ataque, e não era apenas um goleador, sendo também muitas vezes um brilhante assistente. De resto originalmente atuava como extremo ou interior esquerdo, posições que voltou a desempenhar no Sporting sempre que chegava um dos muitos avançados centros que na altura passaram pelo Clube sem grande sucesso, pelo que João Martins acabava invariavelmente por ser a solução.

Chegou a jogar a guarda-redes, primeiro contra o Olhanense em 1950, e pouco depois em Marvila, devido a lesão de João Tormenta, defendeu a baliza do Sporting durante 80 minutos sem sofrer um golo. Conquistou sete Campeonatos Nacionais, e uma Taça de Portugal, realizando 250 jogos oficiais e marcando 164 golos ao serviço da equipa principal do Sporting.

A 23 de Novembro de 1952 estreou-se na Seleção Nacional passando então a ser regularmente chamado aos jogos de Portugal, que representou por onze vezes.

Foi o melhor marcador do Campeonato Nacional de 1953/54 com 31 golos, e o autor do primeiro golo da história das competições europeias, num jogo disputado no Estádio Nacional no dia 4 de Setembro de 1955, entre o Sporting e o Partizan de Belgrado, que terminou com um empate a três bolas.

Jogador correto e leal, nunca foi castigado, nem sequer com uma simples repreensão, tendo sido um atleta exemplar que deixou atrás de si um lastro de admiração e respeito da parte de todos os que o conheceram.

O seu nome ficará ligado para sempre ao campeonato conquistado pelo Benfica na temporada de 1954/55, quando no Restelo marcou um golo a poucos minutos do fim de um jogo que o Belenenses precisava de ganhar, empatando-o e entregando assim o título aos grandes rivais do seu Clube, e acabando a chorar junto dos jogadores do Belenenses.

Depois de abandonar o futebol emigrou para França onde foi operário fabril. Faleceu em 1993 em Paris com 66 anos, vítima de ataque cardíaco.

To-mane 16h39min de 15 de Março de 2009 (WET)