Diferenças entre edições de "A Gerência 2002-2006"

Edição atual desde as 01h02min de 14 de dezembro de 2020

No dia 12 de Julho de 2002 foi eleita uma nova Direcção, com a seguinte constituição:

Esta Gerência arrancou com o Futebol já instalado no conforto da sua nova casa de Alcochete, depois de uma época muito positiva, que tinha terminado com a conquista do Campeonato e da Taça de Portugal, mas mais uma vez quando tudo parecia estar bem encaminhado, surgiram inesperadas complicações, desta feita com o "caso Jardel", que acabou por desfazer a equipa, desunir o balneário e fragilizar a autoridade do treinador, que no entanto ficou até ao fim da temporada, em nome da máxima de que os contratos são para se cumprir. Assim desta época sobrou apenas a conquista de mais uma Supertaça, conseguida logo no início da temporada e o lançamento de outra pérola: Cristiano Ronaldo.

Depois de uma época tão agitada, teve de se começar tudo de novo, com uma politica de aquisições mais ambiciosa e Carlos Freitas cada vez com mais poderes na SAD. Assim foram contratados jogadores como Ricardo, Anderson Polga, Fábio Rochemback, Liedson e Tinga, mas a grande surpresa foi a escolha de Fernando Santos para o lugar de treinador, uma aposta que não entusiasmou ninguém.

A temporada começou com a inauguração do novo estádio no Complexo Alvalade XXI que também incluía: o Edifício Visconde de Alvalade, que alberga a maioria dos serviços do Clube e respectivas empresas; o Edifício Multidesportivo; o Alvaláxia, Centro Comercial; uma Clínica Médica; um Health Club; um Centro de Dia e o Mundo Sporting, o novo Museu do Clube. Nesse dia de grande festa que encheu de orgulho todos os sportinguistas, o Sporting derrotou por 3-1 o Manchester United, com o jovem Cristiano Ronaldo a realizar uma grande exibição, ao ponto de convencer logo ali os responsáveis pelo clube inglês a pagarem os 15 milhões de euros constantes na sua cláusula de rescisão.

Era a segunda venda em poucos dias, depois de Ricardo Quaresma ter sido transferido para o Barcelona, o que Fernando Santos mais tarde considerou como uma pequena traição. O que é certo é que a época voltou a ser pautada pela irregularidade, mas desta vez o contrato do treinador ficou a meio, com Fernando Santos a tomar conhecimento da sua saída quando se encontrava nos Estados Unidos, numa digressão que a equipa fez no final da temporada.

Na temporada de 2004/05 o Sporting agora sob o comando de José Peseiro, um técnico com um perfil totalmente diferente do seu antecessor, atingiu pela 2ª vez na sua história uma Final europeia, que ainda por cima se disputou no Estádio José Alvalade, mas perdeu-a, tal como perdeu o Campeonato e até o 2º lugar, nas duas últimas jornadas da competição, numa época que ficou conhecida como a do "quase", porque o Sporting quase que ganhou tudo, mas acabou por não ganhar nada.

Apesar desse "quase", Dias da Cunha segurou o treinador e quem pagou a factura foi Carlos Freitas, entrando Paulo Andrade para Administração da SAD, uma mudança que não surtiu os efeitos desejados, de tal forma que os resultados da equipa no arranque da temporada foram um desastre, dando origem à crise de 2005, que resultou nos pedidos de demissão do treinador e do Administrador Delegado da SAD, ao que se seguiu idêntica tomada de posição do Presidente do Sporting Clube de Portugal, que se considerou violentado ao ser obrigado a aceitar as demissões de dois homens em que confiava plenamente.

Subiu então à Presidência o Vice Filipe Soares Franco que recuperou Carlos Freitas para a SAD e apostou em Paulo Bento para treinador da equipa principal, iniciando-se aqui um novo ciclo no Futebol leonino e uma inversão no chamado Projecto Roquete.

Poucos dias antes Dias da Cunha tinha conseguido a aprovação de um aumento das quotas, numa Assembleia Geral onde o Sporting Clube de Portugal apresentou pelo segundo ano consecutivo um Relatório Contas com um saldo positivo, que desta vez dobrava os valores do ano anterior, atingindo os 16,2 milhões de euros, embora esse resultado tenha sido conseguido à custa de mais-valias geradas em negócios imobiliários e de proveitos resultantes das participações detidas pelo Clube na SAD, que continuava deficitária.

Nessa altura Dias da Cunha anunciou também a redução substancial do passivo exigível a curto prazo, que passou a ser de cerca de 8 milhões de Euros, em resultado da reestruturação financeira acordada com a Banca, que previa a consolidação da divida e o alargamento dos prazos de pagamento.

Durante esta Gerência o Andebol voltou aos títulos, conquistando um Campeonato Nacional e três Taças de Portugal, o Futsal também ganhou um Campeonato e o Hóquei em Patins conseguiu feito idêntico mas na 2ª Divisão, enquanto o Atletismo continuava em grande, com onze atletas do Sporting presentes nos Jogos Olímpicos de Atenas, realizados em 2004, tendo o Clube assim atingido a centena de atletas olímpicos durante toda a sua história, com o ucraniano Yuri Bilonog a conquistar a Medalha de Ouro no lançamento do Peso, a romena Ionela Târlea a ganhar a Medalha de Prata nos 400 m Barreiras, e os portugueses Francis Obikwelu nos 100 metros e Rui Silva nos 1500 metros, a conquistarem respectivamente as Medalhas de Prata e de Bronze.

O fim desta Gerência que estava apontado para a data da celebração do Centenário, para que Dias da Cunha fosse o Presidente nessa ocasião histórica, mas em virtude da demissão deste, acabou por ser antecipado no sentido de dar tempo à nova Direcção para preparar as épocas vindouras, e assim foi agendada uma Assembleia Geral eleitoral para o dia 28 de Abril de 2006.

To-mane 18h04min de 23 de Novembro de 2011 (WET)