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− | Tinha vinte anos quando chegou ao Sporting e inicialmente teve algumas dificuldades para entrar numa equipa que possuía uma linha avançada de grande qualidade, mas na temporada de [[1941/42]] aproveitou da melhor maneira as lesões de [[Pedro Pireza|Pireza]] e mais tarde de [[Peyroteo]], para ganhar o seu lugar, tendo sido então o segundo melhor marcador da equipa com 16 golos. | + | Tinha vinte anos quando chegou ao Sporting e inicialmente teve algumas dificuldades para entrar numa equipa que possuía uma linha avançada de grande qualidade, mas na temporada de [[1941/42]] aproveitou da melhor maneira as lesões de [[Pedro Pireza|Pireza]] e mais tarde de [[Fernando Peyroteo|Peyroteo]], para ganhar o seu lugar, tendo sido então o segundo melhor marcador da equipa com 16 golos. |
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| Na época seguinte ocorreu a viragem definitiva na sua carreira, quando uma onda de lesões e castigos assolou toda a equipa do Sporting, e [[Joseph Szabo]] resolveu fazer dele um médio direito. A experiência correu de tal forma bem que Canário nunca mais saiu do meio-campo. | | Na época seguinte ocorreu a viragem definitiva na sua carreira, quando uma onda de lesões e castigos assolou toda a equipa do Sporting, e [[Joseph Szabo]] resolveu fazer dele um médio direito. A experiência correu de tal forma bem que Canário nunca mais saiu do meio-campo. |
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− | Tornou-se então no principal elo de ligação entre a defesa e o ataque do Sporting, fazendo uso da sua técnica apurada e de uma grande visão de jogo, que lhe permitiam fazer aberturas perfeitas para os extremos e passes precisos para os avançados, ao mesmo tempo que o seu espírito combativo o ajudava a cumprir as tarefas defensivas, onde geralmente contava com o apoio de um companheiro de características diferentes, que durante muito tempo foi [[Veríssimo]], com quem casava na perfeição. | + | Tornou-se então no principal elo de ligação entre a defesa e o ataque do Sporting, fazendo uso da sua técnica apurada e de uma grande visão de jogo, que lhe permitiam fazer aberturas perfeitas para os extremos e passes precisos para os avançados, ao mesmo tempo que o seu espírito combativo o ajudava a cumprir as tarefas defensivas, onde geralmente contava com o apoio de um companheiro de características diferentes, que durante muito tempo foi [[Veríssimo Alves|Veríssimo]], com quem casava na perfeição. |
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| Integrou a grande equipa dos [[Cinco Violinos]] de que era a principal muleta, chegando mesmo a ser considerado o "sexto violino", acumulando títulos atrás de títulos, durante as 14 épocas em que jogou no Sporting, realizando mais de 400 jogos, 277 dos quais oficiais, em que marcou 41 golos, de um total que se aproxima da centena. | | Integrou a grande equipa dos [[Cinco Violinos]] de que era a principal muleta, chegando mesmo a ser considerado o "sexto violino", acumulando títulos atrás de títulos, durante as 14 épocas em que jogou no Sporting, realizando mais de 400 jogos, 277 dos quais oficiais, em que marcou 41 golos, de um total que se aproxima da centena. |
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Carlos Canário (pai). Se procura o futebolista da formação
Carlos Canário (filho), consulte
Carlos Manuel Canário.
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Dados de Carlos Canário |
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Nome |
Carlos Augusto Ribeiro Canário
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Nascimento |
10 de Fevereiro de 1918
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Naturalidade |
Portalegre - Portugal
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Posição |
Futebolista (médio)
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Carlos Canário nasceu em Portalegre e foi no Estrela que começou a jogar futebol, notabilizando-se como um avançado de excelente qualidade técnica, e despertando o interesse dos grandes clubes.
Tinha vinte anos quando chegou ao Sporting e inicialmente teve algumas dificuldades para entrar numa equipa que possuía uma linha avançada de grande qualidade, mas na temporada de 1941/42 aproveitou da melhor maneira as lesões de Pireza e mais tarde de Peyroteo, para ganhar o seu lugar, tendo sido então o segundo melhor marcador da equipa com 16 golos.
Na época seguinte ocorreu a viragem definitiva na sua carreira, quando uma onda de lesões e castigos assolou toda a equipa do Sporting, e Joseph Szabo resolveu fazer dele um médio direito. A experiência correu de tal forma bem que Canário nunca mais saiu do meio-campo.
Tornou-se então no principal elo de ligação entre a defesa e o ataque do Sporting, fazendo uso da sua técnica apurada e de uma grande visão de jogo, que lhe permitiam fazer aberturas perfeitas para os extremos e passes precisos para os avançados, ao mesmo tempo que o seu espírito combativo o ajudava a cumprir as tarefas defensivas, onde geralmente contava com o apoio de um companheiro de características diferentes, que durante muito tempo foi Veríssimo, com quem casava na perfeição.
Integrou a grande equipa dos Cinco Violinos de que era a principal muleta, chegando mesmo a ser considerado o "sexto violino", acumulando títulos atrás de títulos, durante as 14 épocas em que jogou no Sporting, realizando mais de 400 jogos, 277 dos quais oficiais, em que marcou 41 golos, de um total que se aproxima da centena.
É o quarto jogador com mais títulos conquistados ao serviço do Clube, são dezassete contando com sete Campeonatos Nacionais, três Taças de Portugal, seis Campeonatos de Lisboa e a Taça Império.
Foi 10 vezes internacional A, apesar de só ter chegado à nossa Selecção já com 30 anos, o que se explica pelo facto de estar tapado pelo excelente médio do Belenenses Augusto Amaro, embora haja quem garanta que Canário não era menos jogador do que este.
No dia 2 de Setembro de 1951, Canário fez a sua festa de despedida, mas pouco depois pediram-lhe para voltar ao activo, devido a uma lesão de Juca, e assim ainda fez mais dois jogos que o tornaram Campeão Nacional pela sétima vez, mas depois Randolph Galloway optou por renovar o meio-campo, e ele acabou mesmo por se retirar.
Depois de ter assistido em Alvalade ao jogo Sporting - Belenenses, Carlos Canário viria a falecer na madrugada dessa mesma noite, 8 de Setembro de 1990, de acidente cardiovascular.
Em 1988 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Saudade.
To-mane 18h45min de 21 de Março de 2009 (WET)