Diferenças entre edições de "Ciclismo 1940"

Revisão das 12h06min de 23 de novembro de 2020

A segunda vitória na Volta a Portugal

Lourenço, Longo e Martins

Nesta temporada o Sporting manteve a sua aposta forte no Ciclismo, e colheu os frutos da mesma, conseguindo finalmente repetir o êxito de 1933 na Volta a Portugal.

Alfredo Trindade já com 32 anos de idade foi a única baixa na equipa, sendo substituído pelo jovem Francisco Inácio que tinha sido a grande figura nas provas de Amadores da época anterior.

A nova temporada começou da melhor maneira, com Francisco Inácio e João Lourenço a venceram os 50Km e os 100Km Clássicos, com que habitualmente arrancavam as provas oficiais da UVP.

A segunda destas provas contava para o Campeonato Regional de Fundo, que foi ganho por João Lourenço, depois de ficar em 2º lugar na prova de Contra Relógio e de vencer a corrida dos 176Km que encerrava a competição, terminando assim com 44 pontos em 45 possíveis.

De resto João Lourenço teve um arranque temporada arrasador, somando várias vitórias, confirmando-se como um excelente corredor, depois de um período de adaptação ao Ciclismo português.

Já com a época em andamento o Sporting reforçou a sua equipa com Luiz Longo e José Martins, dois ciclistas com experiência internacional, que acrescentaram valor ao grupo, tornando-o ainda mais forte, principalmente o "francês" que ganhou logo provas importantes, como a Corrida dos Centenários e a A Volta dos Campeões.

A XVIII Clássica Porto-Lisboa ficou marcada por uma bem sucedida fuga, que começou em Oliveira de Azemeis, com apenas 42 Km de corrida, altura em que José Albuquerque "Faísca" arrancou para a Capital na companhia de Alfredo Oliveira do Benfica e de Alberto Raposo do Belenenses, um trio que rapidamente ganhou avanço, que em Coimbra era de 16 minutos e em Leiria já atingira os 26 minutos.

Raposo chegou a andar fugido na frente, mas foi apanhado e, em Alcobaça atrasou-se definitivamente para os outros dois, até que na Venda do Pinheiro José Albuquerque "Faísca" começou a ganhar avanço, parecendo lançado para a vitória, mas foi apanhado já na Alameda de Linhas de Torres, ficando para trás perante um surpreendente Alfredo Oliveira, que lhe ganhou 50 segundos até à meta, onde ambos bateram largamente o recorde da prova que pertencia a Ildefonso Rodrigues.

O Camisola Amarela da Volta protegido pela equipa

Na IX Volta a Portugal o Sporting conseguiu finalmente repetir o duplo triunfo de 1933, vencendo por equipas, ao colocar três ciclistas nos primeiros cinco primeiros lugares, com José Albuquerque "Faísca" a ser o grande vencedor, numa prova totalmente dominada pelos corredores leoninos, que venceram 11 das 16 etapas e foram donos da Camisola Amarela do primeiro ao último dia.

No final da época o Sporting foi ao norte do País, onde voltou a mostrar a sua superioridade, com João Lourenço a ganhar o Circuito Passeio Alegre na Foz do Porto e o Giro do Minho, provas onde os ciclistas leoninos ocuparam os primeiros lugares.

Para terminar a temporada o CACO organizou um festival de homenagem aos participantes na Volta a Portugal, que incluía uma prova composta por cinco pequenas etapas, todas disputadas no mesmo dia. Luiz Longo foi o vencedor, depois de ganhar as duas primeiras tiradas em linha e o contra-relógio individual, enquanto João Lourenço ganhou a última etapa e o Sporting também venceu o contra relógio por equipas, dominando completamente a competição.

Nesta época não se realizaram os Campeonatos Nacionais de Fundo e de Velocidade, por falta de verbas da parte da UVP, isto depois de na temporada anterior os ciclistas de Lisboa não terem participado nestas competições, que na altura se disputaram no Porto.

To-mane 23h53min de 21 de Setembro de 2015 (WEST)

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