Diferenças entre edições de "José Eduardo Bettencourt"

Edição atual desde as 08h29min de 24 de abril de 2017

	Dados de José Eduardo Bettencourt
Nome	José Eduardo Fragoso Tavares de Bettencourt
Nascimento	24 Outubro de 1960
Naturalidade	Lisboa - Portugal
Posição	Presidente

José Eduardo Bettencourt chegou ao Sporting em 2001 pela mão do seu amigo Miguel Ribeiro Teles, sendo na altura referenciado como um destacado gestor que vinha para impor rigor nas contas da SAD leonina, que estavam em perigosa derrapagem, depois da passagem de Luís Duque pela administração da sociedade.

Teles e Bettencourt formaram então uma dupla de sucesso que levou o futebol do Sporting à conquista da "dobradinha" e da Supertaça em 2002 , o que lhes valeu um capital de grande simpatia e prestigio junto dos sócios do Clube, e que permitiu a subida de Bettencourt à posição de Administrador-Executivo da SAD no mandato de Dias da Cunha, funções que desempenhou até 2004.

Nesse período protagonizou dois episódios que demonstraram a sua coragem e voluntarismo na defesa dos interesses do Sporting, aumentando significativamente o grande prestígio que já tinha entre os adeptos: Primeiro quando acusou Mourinho de ter rasgado uma camisola que Rui Jorge tinha pedido a Paulinho para entregar a um amigo no balneário do FC Porto, manifestando firmemente a revolta leonina perante a inqualificável atitude do treinador portista. Depois quando deteve sozinho uma tentativa de invasão ao campo, protagonizada por alguns adeptos sportinguistas em pleno derby disputado em Alvalade no dia 2 de Maio de 2004.

Em 2002 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Dirigente.

Em 2006 regressou ao Sporting agora como vice-presidente de Soares Franco, e quando este anunciou que não se recandidataria, foi de imediato apontado como a melhor opção para a sucessão, hipótese que inicialmente rejeitou devido ao alto cargo que desempenhava no Banco Santander-Totta, mas acabou por não resistir ao apelo do seu coração de sportinguista apaixonado e avançou para a concretização do sonho de se tornar Presidente do Sporting.

José Eduardo Bettencourt apesar de ser um dirigente da linha elitista que geria o Sporting desde 1995, distinguia-se da maior parte dos restantes, por ser também um homem das bancadas e um adepto fervoroso, aparecendo assim como um líder capaz de aglutinar e acordar uma massa associativa um pouco afastada pelas transformações resultantes da era das SAD, onde adepto passou a ser encarado como um cliente.

Essa reaproximação aos sócios foi juntamente com a aposta na continuidade do trabalho efectuado por Paulo Bento no futebol e a aprovação do plano de reestruturação financeira, a base do programa que Bettencourt viu ser aprovado pelos sócios no dia 5 de Junho de 2009, quando foi eleito com uma esmagadora maioria de 89,4 % dos votos, tornando-se no primeiro Presidente oficialmente remunerado e a tempo inteiro do Sporting Clube de Portugal.

No seu mandato conseguiu finalmente fazer aprovar a reestruturação financeira já há algum tempo planeada em conjunto com os bancos que a financiavam, concretizando uma serie de engenharias que visavam a sustentabilidade económica do Clube e a solidificação da SAD.

Surpreendeu com um estilo por vezes considerado despropositadamente populista, visitando inúmeros Núcleos, e pondo em marcha uma campanha de angariação de Sócios, que levou o Clube a atingir os 100 mil associados.

<video id="xLbMms5wZ-c" width="400" position="right" desc="Bettencourt anunciando a sua demissão."/> No entanto falhou totalmente na gestão do futebol, a principal área do Clube, onde a aposta na continuidade de um treinador já muito desgastado junto dos adeptos como era Paulo Bento, se revelou no primeiro de muitos erros, de um mandato que ao fim de 19 meses se podia resumir nos seguintes números: três treinadores, três Directores Desportivos e um Director Geral, sem esquecer os 17 jogadores contratados, dos quais poucos tiveram um rendimento aceitável, o que demonstra os constantes ziguezagues da sua politica desportiva, que como não poderia deixar de ser levou a equipa principal de futebol do Sporting a resultados medíocres, que motivaram uma crescente contestação da parte dos sócios e adeptos.

Assim no dia 15 de Janeiro de 2011, após mais uma derrota da equipa de futebol no Estádio José Alvalade, desta vez por 2-3 frente ao modesto Paços de Ferreira, José Eduardo Bettencourt anunciou ter apresentado a sua demissão da Presidência do Clube, por entender que isso era o melhor para a vida do Sporting.

No entanto formalmente essa demissão só teve efeito no dia 14 de Fevereiro, altura em que José Eduardo Bettencourt saiu definitivamente de cena, deixando o seu vice Nobre Guedes na Presidência interina, até à realização de novas eleições, no dia 26 de Março de 2011.

Foi também José Eduardo Bettencourt que conseguiu resolver um diferendo que já se arrastava há muitos anos, entre o Sporting e a Câmara Municipal de Lisboa, e que assim resultou no pagamento faseado por parte da edilidade lisboeta ao Sporting, de uma compensação no valor de 18 milhões euros, ao mesmo tempo que se acertou a possibilidade de o Clube vir a construir o seu Pavilhão na área circundante ao Complexo Alvalade XXI. No entanto estes acordos só seriam formalizados no dia 11 de Março de 2011, e portanto assinados por Nobre Guedes, enquanto Presidente em exercício do Sporting Clube de Portugal

To-mane 12h14min de 11 de Junho de 2009 (WEST)