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| A partir de 1961 a Estafeta Chama da Pátria ganhou uma nova dimensão, eventualmente devido ao início das guerras nas então colónias. A comitiva, no regresso da Batalha, começou a realizar paragens noutras localidades, como em Aljubarrota e Alcobaça, com a presença de individualidades locais. Atletas de outras modalidades, inclusive do [[Futebol]], associaram-se à estafeta. A última edição ocorreu em 1970, não se conhecendo as razões do fim desta iniciativa. | | A partir de 1961 a Estafeta Chama da Pátria ganhou uma nova dimensão, eventualmente devido ao início das guerras nas então colónias. A comitiva, no regresso da Batalha, começou a realizar paragens noutras localidades, como em Aljubarrota e Alcobaça, com a presença de individualidades locais. Atletas de outras modalidades, inclusive do [[Futebol]], associaram-se à estafeta. A última edição ocorreu em 1970, não se conhecendo as razões do fim desta iniciativa. |
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Revisão das 11h12min de 10 de abril de 2016
O Presidente do Sporting Góis Mota na Chama da Pátria em 1955, em Lisboa
Cerimónia da Chama da Pátria em 1958 na Batalha
Desfile da Chama da Pátria em 1970 na Batalha
A Estafeta Chama da Pátria foi organizada pelo Sporting entre 1950 e 1970 a 9 de abril, comemorando a data da Batalha de La Lys, ocorrida na Flandres a 9 de abril de 1918, em que o Corpo Expedicionário Português na Europa sofreu pesadas baixas num ataque do exército alemão, no dia em que se preparava para ser rendido na frente. O objetivo era de prestar homenagem aos combatentes portugueses. A iniciativa partiu da secção de Ciclo-Turismo do Sporting, sub-secção do Ciclismo criada em 1947, com o patrocínio do jornal O Século e a colaboração da Liga dos Combatentes da Grande Guerra, sendo pioneiros da iniciativa Armando Costa Rodrigues, César Gomes Ferreira, Manuel Antunes Rojão, Manuel Macedo, e Frederico António.
A estafeta Lisboa-Batalha-Lisboa consistia numa caravana formada por ciclistas de diversos clubes, chefiada pelo Sporting. No Mosteiro da Batalha os ciclo-turistas depositavam coroas de flores junto ao túmulo do Soldado Desconhecido, bem como azeite para alimentar a "Chama da Pátria". O cortejo, transportando uma tocha acesa na Chama da Pátria, regressava depois a Lisboa, onde se dirigia ao monumento aos Mortos da Grande Guerra situado na Avenida da Liberdade, onde colocava a tocha e guardava um minuto de silêncio.
A estafeta foi ganhando relevo com o passar dos anos, com cada vez mais clubes a participar, e com a organização a deixar a secção de Ciclo-Turismo e a ser assumida pela Direção do Sporting. A execução da estafeta em si, manteve-se a cargo dessa secção do Clube.
Assim, a partir de 1952 a cerimónia em Lisboa passou a ser acompanhada por membros da Direção do Sporting, com o Vice-Presidente Góis Mota a estar presente nesse ano. Poucos anos depois Góis Mota, já Presidente do Clube, chefiava a delegação na Batalha, onde as cerimónias foram também ganhando dimensão, com extensas comitivas incluindo personalidades militares e de outras instituições, e evocações aos Soldados Desconhecidos da Flandres e de África sepultados no Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Em 1955 o discurso, anteriormente proferido pelos ciclistas, foi proferida por Góis Mota, e no ano seguinte passaram a estar presentes também representantes de Ligas dos Combatentes estrangeiras.
A partir de 1961 a Estafeta Chama da Pátria ganhou uma nova dimensão, eventualmente devido ao início das guerras nas então colónias. A comitiva, no regresso da Batalha, começou a realizar paragens noutras localidades, como em Aljubarrota e Alcobaça, com a presença de individualidades locais. Atletas de outras modalidades, inclusive do Futebol, associaram-se à estafeta. A última edição ocorreu em 1970, não se conhecendo as razões do fim desta iniciativa.