Diferenças entre edições de "1940/41"

Revisão das 13h31min de 5 de outubro de 2015

E mais houvesse para ganhar

Depois de uma temporada a seco, a posição de Joseph Szabo estava realmente em perigo e foi necessário que Peyroteo, que já era a grande figura do Sporting, saísse em defesa do "Mestre". O Presidente Joaquim Oliveira Duarte resolveu segurar o treinador húngaro à frente da equipa, e em boa hora o fez, pois nesta temporada o Sporting “limpou” tudo o que havia para ganhar, conquistando uma inédita "tripleta". Encerrava-se assim em beleza o ciclo de um dos mais emblemáticos Presidentes da história do Sporting Clube de Portugal.

Nesta temporada o Sporting perdeu para o Benfica o defesa esquerdo Mário Galvão, que fora suspenso pela Direcção por motivos disciplinares, enquanto o veterano João Jurado também abandonou o Campo Grande. Assim Joseph Szabo fez recuar Rui Araújo para o lado direito da defesa, onde passou a formar dupla com Álvaro Cardoso, que se impôs finalmente como titular indiscutível, apesar da chegada de Frazão, que vinha do Casa Pia, juntamente com o médio Zeferino. Para o ataque o Sporting passou a contar também com o internacional belga Georges Mulder, numa época que começou com a ausência do lesionado Peyroteo, substituído por Soeiro, que regressou à sua condição de grande goleador.

Tudo começou no Campeonato de Lisboa, onde o Sporting teve um arranque perfeito, com 7 vitórias consecutivas, que o deixaram à beira do título, com 4 pontos de avanço sobre o Benfica. Seguiram-se duas derrotas nos jogos tradicionalmente mais complicados, que colocaram os dois grandes rivais empatados à entrada para a última jornada, mas aí o Sporting goleou o Carcavelinhos, e foi a diferença de golos que decidiu a contenda a favor dos Leões, que assim chegaram ao seu 14º título regional, graças a uma impressionante média de 5,5 golos por jogo.

Seguiu-se o Campeonato Nacional, uma competição que o Sporting ainda não tinha conseguido ganhar e que já era reconhecida como a mais importante do calendário do Futebol português.

O Sporting começou a prova da melhor maneira, goleando o FC Porto que tinha ganho os últimos dois títulos e à 3ª jornada já ia isolado na frente. Seguiu-se o "derby" com o Benfica, que ao derrotar os Leões por 2-1 passou para a frente da classificação.

No final da 1ª volta o Benfica empatou em Coimbra e os dois velhos rivais ficaram em igualdade pontual na liderança do campeonato. Na jornada seguinte o Sporting empatou no Porto e assim o Benfica voltou a isolar-se na frente, mas depois perdeu com o Belenenses e com o Barreirense, o que permitiu ao Sporting ficar numa posição invejável para a conquista do tão desejado título de Campeão Nacional, que ficou praticamente selada na jornada seguinte, quando o Sporting ganhou por 4-2 ao Benfica, passando a ter uma vantagem de 4 pontos sobre o FC Porto, que assim subiu ao 2º lugar da classificação.

No dia 30 de Março de 1941 o Sporting sagrou-se pela primeira vez na sua história, Campeão Nacional de Futebol, quando ainda faltavam duas jornadas para terminar o Campeonato, ao golear por 9-0 o Boavista, com 5 golos de Peyroteo, que voltou a sagrar-se como o melhor marcador da prova, com os mesmos 29 golos conseguidos na temporada anterior, mas desta vez em menos quatro jogos, pois a competição voltou a ser disputada por apenas 8 clubes.

Na Taça de Portugal o Sporting faz um percurso 100% vitorioso, deixando pelo caminho Seixal, Vitória de Guimarães e Unidos de Lisboa, para na Final bater o Belenenses por 4-1 nas Salésias. Foram 7 vitórias em 7 jogos com 38 golos marcados e 7 sofridos, a marcar a primeira conquista leonina nesta prova, que fechou uma época que ficou gravada a letras de ouro na história do Clube.

Também os espanhóis do Atlético Aviacion provaram a voracidade do Leão ao serem goleados por 5-1, e nem a Taça Páscoa disputada no intervalo entre o Campeonato e a Taça de Portugal, escapou ao Sporting.

To-mane 22:06, 12 Agosto 2008 (WEST)

Figuras

Em cima: Azevedo, Joseph Szabo, Manuel Marques (massagista), Manecas, Aníbal Paciência, Gregório, Álvaro Cardoso e Octávio Barrosa;

Em baixo: Armando Ferreira, Adolfo Mourão, Fernando Peyroteo, Manuel Soeiro e João Cruz.

Secção do Futebol

Plantel

• Há 3 autogolos de Pinga (FC Porto), Adão (Unidos) e de António Martins (Benfica)

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Classificação

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Classificação

Pontuação: 2 pontos por vitória, 1 por empate, 0 por derrota

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