Não possui permissão para editar esta página, pelo seguinte motivo: A operação solicitada está limitada a utilizadores do grupo: Utilizadores. Pode ver e copiar o conteúdo desta página. [[Imagem:Ginásio-Sporting-1978.jpg|thumb|250px|right|Instante do jogo Ginásio-Sporting]] A época [[Basquetebol 1977/78|1977/78]] do [[Basquetebol]] leonino foi gloriosa; tal como dois anos antes, a equipa trouxe o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal para o Sporting, a tão almejada e tão difícil dobradinha. Os dois jogos decisivos, no culminar de percursos com muito poucas derrotas, foram os mais difíceis de vencer da época. O [[1978-05-13 Ginásio Figueirense - SPORTING (basquetebol)|jogo decisivo do Campeonato]] foi na penúltima jornada na Figueira da Foz contra o campeão em título, o Ginásio Figueirense. Uma vitória do Sporting assegurava o título, independentemente do resultado do último jogo. O dia começou mal, com o jogo de futebol Sporting-Guimarães antecipado para o mesmo dia, e com a TV a decidir transmitir o jogo de basquetebol. Com isso, o pavilhão adversário viu-se despido de adeptos verde brancos. Para além da comitiva da equipa, estavam nas bancadas poucos “Leões”: o dirigente [[Vítor Salgado]], que era o Director do Pelouro, a D. Alexandrina, uma “leoa” que nunca faltava, Luís Medeiros, Pedro Aguiar, J.C. Estorninho, as mulheres de alguns jogadores… e o presidente [[João Rocha]], que estava no meio da bancada neste dia tão importante para o basquetebol, e que depois do jogo ainda foi para Lisboa assistir ao Belenenses-Sporting da taça de Portugal de [[Andebol]]. Vítor Salgado foi buscá-lo para se sentar atrás do banco do Sporting, de onde assistiu ao jogo. Assim, o pavilhão estava completamente cheio com adeptos do Ginásio com bandeiras, bombos, gaitas de fole, panelas, gaitas, fazendo um barulho ensurdecedor de apoio aos locais. Pelas 16h30 a equipa do Sporting entrou no pavilhão e dirigiu-se às cabinas, e foi recebida com uma monumental assobiadela. Entrando de rompante, o Ginásio cedo se adiantou no marcador, vencendo aos cinco minutos por 15-12 e aos dez por 30-22. O Sporting atacava bem, mas na defesa dava espaço de manobra e não conseguia cortar as linhas atacantes do adversário. Mesmo assim reagiu, utilizando diversos jogadores, e aos quinze minutos tinha conseguido virar o resultado para 36-37, com 48-47 ao intervalo. [[Quim Neves]] esteve menos de um minuto em campo devido a uma pancada dura de um adversário. No segundo tempo o Ginásio, incitado pelo público, tentou descolar. Inicialmente o Sporting conseguiu recuperar, com [[Mário Albuquerque]], [[Nelson Serra]], [[Helder Silva]], [[Leonel Santos]], [[Mike Faulkner]], [[Rui Pinheiro]], [[Carlos Lisboa]] e [[Augusto Baganha]] a revezarem-se, mas depois o Ginásio adiantou-se e chegou aos 77-67 aos dez minutos, e começou a ouvir-se música nas bancadas, com o público já certo da vitória Figueirense. Mas o Sporting não estava ali para dançar, os jogadores acreditaram, lutaram sempre, deram tudo o que tinham, e, sem nada para perder, começaram a incutir maior agressividade no jogo. Aos 16 minutos estava 92-88, e aos 18, a dois minutos do fim, 95-91. Nessa altura, a dupla de arbitragem teve algumas decisões infelizes, prejudicando o Sporting. Mesmo assim, [[Mário Albuquerque]] fez o 95-93, e pouco depois um jogador adversário toca com a bola na perna de um companheiro, seguindo-se transposição de campo, falta clara que desta vez foi assinalada. O treinador do Ginásio protesta, cometendo falta técnica que deu origem a um lance livre convertido por [[Nelson Serra]], e o Sporting passou a perder por apenas um ponto. Com muito pouco tempo para jogar, o Ginásio tentou reter a bola, mas os leões fizeram pressing, não concedendo espaço. Almeida, marcado em cima, falha um passe, interceptado por [[Carlos Lisboa]], que passa a [[Mário Albuquerque]] que encesta fazendo o 95-96 a poucos segundos do fim. [[Mike Faulkner]] ainda conseguiu fazer mais dois pontos, que foram anulados. O jogo acabou, com silêncio nas bancadas e uma explosão no banco do Sporting. O Sporting tinha vencido o jogo decisivo quando já todos os outros o consideravam perdido, mas a equipa manteve a fé, estoicismo, espírito de luta e garra, com dois minutos finais impressionantes de força e determinação. Era o sexto título nacional do [[Basquetebol]] leonino, num ano em que também o [[Andebol]], o [[Hóquei em Patins]], o [[Atletismo]], e o [[Futebol]] ganharam títulos nacionais. O público não aceitou bem a derrota, e no fim do jogo insultou a equipa do Sporting, que teve que ser protegida pela polícia. Mas no fim a festa foi verde e branca, com um jantar de arromba onde não faltou o vinho, champanhe, e cigarrilhas. O autocarro da comitiva partiu para Sangalhos já depois das 23h, e ninguém ficou admirado quando o Sporting perdeu o jogo do dia seguinte, que já não contava para nada. Mas ainda faltava ganhar a [[A Taça de Portugal de Basquetebol de 1977/78|Taça]]... [[Categoria: Momentos Desportivos do Basquetebol]] Voltar para O Campeonato Nacional de Basquetebol de 1977/78.