Não possui permissão para editar esta página, pelo seguinte motivo: A operação solicitada está limitada a utilizadores do grupo: Utilizadores. Pode ver e copiar o conteúdo desta página. [[Imagem:emombros52.JPG|left|Os jogadores do Sporting levados em ombros|580 px]] O percurso do Sporting na Taça de Portugal de 1952 foi cheio de grandes dificuldades que começaram logo no inicio com as ausências forçadas de [[Manuel Caldeira|Caldeira]] que se tinha lesionado na última jornada do Campeonato e de [[Jesus Correia]] que fora integrado nos trabalhos da Seleção Nacional de Hóquei em Patins, que estava a preparar o Campeonato Mundial. Depois de ter eliminado o Marítimo e o Belenenses, coube ao Sporting defrontar o FC Porto numa meia final que ficou marcada pelo facto histórico da eliminatória ter começado no Estádio das Antas que tinha sido inaugurado 4 dias antes, pelo que se tratou do primeiro jogo oficial disputado no naquele campo. Ganhou a equipa da casa por 2-0 principalmente graças à grande exibição do guarda-redes [[Barrigana]], mas também devido a uma tarde infeliz dos avançados do Sporting que desperdiçaram várias oportunidades de golo feito, isto sem esquecer o facto da defesa leonina apresentar dois elementos que no inicio da época jogavam nas Reservas. [[Amaro da Silva]] que ocupara o lado direito depois da lesão de [[Armando Coelho]] e [[Joaquim Pacheco]] que tinha vindo de Macau como um avançado centro, mas que agora estava a dar os primeiros passos como defesa esquerdo no lugar que era de [[Manuel Caldeira|Caldeira]] desde a entrada de [[Amaro da Silva]] na equipa. Com dois golos de vantagem o FC Porto viajou até Lisboa confiante na passagem à Final e quando aos 6 minutos do jogo da 2ª mão os portistas se apanharam a ganhar por 2-0 perante a estupefação geral, já ninguém acreditava noutro cenário. Mas à semelhança do que tinha acontecido no campeonato o Sporting voltou a mostrar que não se deixava enterrar antes do tempo. Com 4 golos de desvantagem os Leões não baixaram os braços e à passagem do quarto de hora [[Veríssimo]] atirou à barra e na confusão que se seguiu a bola tabelou em Bibelino e entrou, numa altura em que Virgílio já se tinha lesionado pelo que jogava visivelmente inferiorizado. 8 minutos depois Bibelino tirou já dentro da baliza uma bola rematada por [[Manuel Vasques|Vasques]], mas a equipa de arbitragem não validou aquele que deveria ter sido o golo do empate que só chegaria muito perto do intervalo por intermédio de [[José Travassos|Travassos]], numa altura em que os portistas já usavam e abusavam do anti jogo o que levou o árbitro a dar 3 minutos de compensação, durante os quais [[Manuel Vasques|Vasques]] e Correia desentenderam-se e foram expulsos. A 2ª parte foi de ataque massivo do Sporting perante um Porto que se defendia de qualquer maneira e recorrendo aos piores métodos para queimar tempo o que acabaria por lhe ser fatal. Perto da meia hora [[Albano Pereira|Albano]] fez o 3-2 e os sportinguistas sentiram que era possível empatar a eliminatória, o que viria a acontecer já no período de compensação justificadamente dado pelo arbitro e novamente por intermédio de [[Albano Pereira|Albano]] que foi a par de [[José Travassos|Travassos]] a grande figura da equipa. O regulamento previa um jogo de desempate que se realizou dois dias depois no Municipal de Coimbra, que registou a maior enchente de sempre, com os adeptos portistas em maioria, apesar dos milhares de sportinguistas que marcaram presença para apoiar a sua equipa. A ausência do castigado [[Manuel Vasques|Vasques]] obrigou [[Randolph Galloway]] a alterar por completo a linha avançada com a entrada de [[Rola]] para o lugar de extremo esquerdo, recuando [[Albano Pereira|Albano]] para interior do mesmo lado e passando [[José Travassos|Travassos]] para a ala direita no apoio a [[Pacheco Nobre]] que continuou como extremo direito. Já parecia uma fatalidade e a história repetiu-se com o FC Porto a chegar aos 2-0 quando o relógio marcava apenas 14 minutos de jogo. Seria o Sporting capaz de recuperar outra vez da desvantagem? A resposta afirmativa foi dada aos 38m quando [[Pacheco Nobre]] reduziu para 2-1, na recarga a um remate de [[José Travassos|Travassos]] que [[Barrigana]] tinha defendido com dificuldade. Na 2ª parte o domínio do Sporting intensificou-se, mas o momento do jogo terá sido quando Carlos Vieira falhou o 3-1 à boca da baliza de [[Carlos Gomes]] e na sequência do pontapé de baliza rapidamente executado pelo guarda-redes leonino, o Sporting chegou ao empate por intermédio de [[Rola]] que acorreu oportuno a concluir um centro de [[João Martins]]. Faltavam 25 minutos e logo aí se percebeu que dificilmente os portistas iriam conseguir parar um Sporting confiante, moralizado e autoritário. A claque portista até aí barulhenta e entusiástica ficou subitamente silenciosa, sentindo o cheiro da derrota que se consumou 5 minutos depois com [[Albano Pereira|Albano]] a concluir à segunda uma bela jogada de [[João Martins]], depois de [[Barrigana]] ter defendido o primeiro remate do interior esquerdo leonino. A estocada final foi dada por [[Rola]] aos 81m novamente a passe de [[João Martins]], que selaria a sua magnifica exibição com último golo do jogo concluindo um contra ataque, numa altura em que os portistas já estavam completamente desorientados, resultando daí a expulsão de Romão. No final os jogadores leoninos foram levados em ombros pelos adeptos que invadiram o campo para festejar a passagem à Final numa eliminatória que esteve várias vezes muito tremida. *[[1952-06-01 F.C. Porto – SPORTING|'''Ver Ficha do Jogo -1ª mão''']] *[[1952-06-08 SPORTING – F.C. Porto|'''Ver Ficha do Jogo - 2ª mão''']] *[[1952-06-10 SPORTING – F.C. Porto|'''Ver Ficha do Jogo - desempate''']] [[Categoria:Momentos Desportivos do Futebol]] Voltar para Uma meia-final histórica.