Não possui permissão para editar esta página, pelo seguinte motivo: A operação solicitada está limitada a utilizadores do grupo: Utilizadores. Pode ver e copiar o conteúdo desta página. {| style="width:100%; border:1px solid #cccccc; -moz-border-radius:10px; background:#E1EFC2; text-align: center;" |width=25%|Gerência anterior:<br>'''[[A Gerência 1952]]''' |width=50%| |width=25%|Gerência seguinte:<br>'''[[A Gerência 1954]]''' |} No dia 23 de Janeiro de 1953 foi eleita uma nova Direcção, com a seguinte constituição: {|class="wikitable sortable" style="text-align:center" width=100% |- |- ! width=30% |Cargo ! width=40% |Nome ! width=30% |Observações |- |Presidente||[[Góis Mota|Carlos Cecílio Góis Mota]]|| |- |Vice Presidente||[[Valadão Chagas|Orlando Valadão Chagas]]|| |- |Tesoureiro||Luís Vasques Lopes||Faleceu em Setembro de 1953 |- |Tesoureiro||[[Francisco Franco|Francisco Gonçalves Franco]]|| |- |Tesoureiro||Augusto Martins||Desde 30 de Outubro de 1953 |- |Secretário Geral||Francisco Silva|| |- |Secretário Adjunto||[[Afonso Salcedo|Afonso Salcedo Fernandes]]|| |- |Vogal Efectivo||Mário José da Silva Garcia|| |- |Vogal Efectivo||Horácio da Gama Tavares|| |- |Vogal Efectivo||[[Manuel da Silva Júnior]]|| |- |Vogal Suplente||Carlos Queiroga Tavares|| |- |Vogal Suplente||[[António Holbeche|António da Costa Holbeche]]|| |- |} [[Ficheiro:Trofeus53.JPG |thumb|<center>A Sala de Troféus</center>]] [[Ficheiro:Ts53.JPG |thumb|<center>A Taça O Século</center>]] [[Ficheiro:Diasporting.jpg |thumb|<center>O monumental cortejo no Dia do Sporting</center>]] [[Ficheiro:Homenagemmm.JPG |thumb|<center>A homenagem a Manuel Marques</center>]] [[Ficheiro:Hgm.JPG |thumb|<center>A homenagem a Góis Mota</center>]] A doença obrigou [[Ribeiro Ferreira]] a afastar-se, ele que viria a morrer em 13 de Fevereiro de 1953, precisamente o dia da tomada de posse do seu sucessor, que naturalmente foi [[Góis Mota|Carlos Cecílio Góis Mota]], que tinha sido até ai o seu nº 2. Mudara o líder, mas o rumo mantinha-se e [[Góis Mota]] chegou à Presidência do [[Sporting Clube de Portugal]] prometendo continuar o trabalho do seu antecessor e determinado a concretizar as obras em curso na Sede e no Estádio. No dia 28 de Março foram inaugurados os melhoramentos na Sede com destaque para a nova sala de troféus, mas que envolviam também o alargamento do ginásio, a ampliação dos serviços médicos, um salão café e novas salas de visitas, de jogos, para os órgãos sociais e para as senhoras. À entrada depois de transposto o portão gradeado e com dois brasões a verde e ouro, no cimo da escadaria de mármore, o novo lema do Clube de autoria do Presidente: "Esforço, Dedicação, Devoção e Glória! Eis o Sporting!" Foi também nesta altura que [[Góis Mota]] expôs aos sportinguistas a situação das obras do estádio, reconhecendo que o projeto anterior era exíguo para as necessidades de um Clube da grandeza do Sporting, isto numa altura em que o FC Porto tinha acabado de inaugurar o Estádio das Antas, enquanto o Benfica se preparava para avançar para a construção do Estádio da Luz. Sendo o Sporting um Clube marcadamente eclético, foi decidido que deveria ter um Estádio Olímpico, com pistas de Atletismo e de Ciclismo e até com instalações que permitissem a realização de provas de motociclismo e de automobilismo. A nova configuração e o aumento da capacidade deste projeto, implicavam a ocupação dos terrenos da Quinta da Vitória que iriam ser expropriados pela Câmara Municipal e a cedência de outros terrenos que estavam ocupados pela Sociedade de Tiro nº 2, com a qual foi possível estabelecer um entendimento e ainda de outros que eram pertença de José Roquete que teve a gentileza de facilitar a resolução do problema. Assim o inicio das obras sofreu um atraso de vários meses, mas aguardava-se que fosse para breve e, a sua primeira fase previa a construção da bancada central com 11760 lugares, incluindo os camarotes e as tribunas e, das bancadas dos topos norte e sul com uma capacidade total de 20000 lugares, tudo isto com um custo estimado em cerca de 17 mil contos, 3 mil dos quais seriam provenientes do Estado, estimando-se a faturação de cerca de 7 mil contos na venda de lugares cativos e de camarotes e de mais 2 mil contos provenientes da campanha "Lagartos" que na altura já tinha rendido 400 contos. Para uma fase posterior estava prevista a construção da a segunda bancada central no lugar do peão, estimando-se que a obra atingisse o custo final de 25 mil contos. Por outro lado com estas condições a Direção estabeleceu como meta chegar aos 20 mil sócios, numa altura em que o Clube atingira uma dimensão enorme em termos de prestigio e popularidade, principalmente graças aos feitos da sua equipa de [[Futebol]] que [[1952/53|nesta época]] ganhou o seu 8º Campeonato Nacional, que era simultaneamente o seu 2º tri-campeonato, sucessos amplamente exaltados com o "Dia do Sporting", uma festa inesquecível onde foram entregues à equipa Campeã Nacional as taças O Século, Clipper e Federação, antes de um jogo a contar para a Taça de Portugal onde o Sporting derrotou a Académica por 3-0, seguindo-se um monumental cortejo até à Praça do Município, com Lisboa a aclamar os seus Campeões de uma forma nunca antes vista, que os rivais apelidaram de "carnavalesca" mas que brevemente iriam imitar. Apesar destes sucessos o treinador inglês [[Randolph Galloway]] abandonou o Clube em Maio, sendo substituído [[Joseph Szabo]] que regressava a casa oito anos depois. E no final do ano foi a vez do orientador técnico [[Álvaro Cardoso]] abandonar para dar lugar a [[Tavares da Silva]], alterações que mexeram com a equipa mas não a tiraram do caminho das vitórias. O prestigio do Sporting tinha também galgado fronteiras e o Clube voltou a ser convidado para participar num torneio octogonal que se disputou no Brasil, onde desta feita o Sporting não foi feliz, tal como já havia acontecido na Taça Latina que mais uma vez escapou à voracidade dos Leões, muito por culpa do desgaste e das lesões que assolaram a equipa no final da época. Daqui resultou que a Direção tivesse decidido que era necessário formar uma equipa de Reservas com um valor aproximado ao do grupo dos titulares, e outra de Aspirantes que acolhesse os jovens valores provenientes dos Juniores, o que implicava um maior investimento na contratação de jogadores e respetivos prémios, principalmente numa altura em que o valor das transferências estava muito inflacionado, sendo que para tal foi criado um Fundo de Aquisições apelando-se à contribuição dos sócios. Em Julho a Direção convidou os seus associados para uma reunião a realizar no salão da Sede, onde para além de saudar a comitiva acabada de chegar do Brasil, prometia dar algumas novidades sobre a vida do Clube. A afluência foi tal que o evento teve de ser transferido para o [[Campo do Passadiço]], onde [[Góis Mota]] anunciou que a resolução dos problemas referentes aos terrenos a oeste do campo de futebol estava bem encaminhada pelo que o projeto do Estádio já tinha dado entrada na Câmara. Para além disso o Presidente informou que os dividendos resultantes dos jogos no Brasil iriam permitir o arranque de uma nova fase nas obras da Sede. Se o [[Futebol]] continuava a ser a modalidade que fazia pulsar o coração dos sportinguistas, o ecletismo não deixava de ser a imagem de marca do Clube que continuou a crescer somando triunfos em quase todas as secções que tinha em atividade. Assim o [[Andebol]] voltou os títulos na variante de 11, continuando a sua senda vitoriosa na recém introduzida versão de 7, havendo ainda a registar triunfos em modalidades como [[Râguebi]], [[Voleibol]], [[Ténis de Mesa]], [[Ténis]] e até no [[Bilhar]] uma secção que foi reorganizada neste ano. O [[Atletismo]] e o [[Ciclismo]] continuaram a somar títulos embora sem o brilho de anos anteriores. [[Natação]], [[Patinagem]] e [[Tiro]] também contribuíram com algumas vitórias, enquanto o [[Motorismo]] continuou a ser uma secção de sucesso, tal como a [[Ginástica]] que atingiu o impressionante número de 477 alunos. O [[Basquetebol]] não obteve resultados brilhantes mas foram lançadas as bases que garantiram os sucessos dos anos que se seguiram. Esta gerência deu seguimento à reforma dos serviços administrativos elaborando para tanto o Regulamento Geral do Clube, um instrumento precioso para reger as secções desportivas, a secretaria, a contabilidade, a tesouraria, o jornal, as instalações desportivas e sociais, o Conselho Geral e as diversas comissões dele emanadas, nomeadamente a Comissão de Obras e Melhoramentos presidida por [[Manuel Carvalho Brito das Vinhas]]; a Comissão de Finanças presidida por [[Joaquim Oliveira Duarte]]; a Comissão de Contencioso e Sindicância presidida por [[Campos Figueira|Artur de Campos Figueira]]; a Comissão de Relações Externas presidida por Fernando Vaz Lacerda e a Comissão de Propaganda presidida por [[Diogo Alves Furtado]]. Em termos financeiros o exercício de 1953 resultou num lucro de 221.411$12. A atividade desportiva tinha nesta altura um custo de cerca de 2818 contos, dos quais mais de 2293 foram para o [[Futebol]], sendo que a assistência e subvenção aos jogadores custava 753 contos, enquanto para os treinadores iam 166 contos. Em termos de receitas o Futebol gerou 2111 contos o que significava um deficit de 182 contos, que ascendia aos 622 contos no que diz respeito a toda a atividade desportiva do Clube. O [[Ciclismo]] era a segunda modalidade mais cara com um custo de quase 160 contos, enquanto o [[Ténis]] era a única secção a dar lucro, num ano em que o Sporting gastou mais de 637 contos na renovação dos seu quadros atléticos. Os gastos gerais ultrapassaram os 976 contos, enquanto as despesas com o campo atlético ascenderam aos 384 contos e o [[Jornal Sporting]] deu um prejuízo de 52 contos. A principal receita continuou a ser a cotização que atingiu os 1920 contos, num ano em que houve um ligeiro decréscimo no número de associados, que no final de 1953 eram 13223. Nesta gerência entrou em funcionamento a Comissão da Sede, Campo e Propaganda (SCP) liderada por [[Mário da Cunha Rosa]] e por Robalo Cardoso, que produziu um relevante trabalho em áreas tão diversas como a orientação das excursões turísticas no acompanhamento das equipas do Sporting, festivais desportivos, festas na Sede, angariação de fundos para as obras, a reposição da revista "O Solar dos Leões", ou a reorganização da secção de cinema com a compra de uma maquina de projeção de grande qualidade. Foi também nesta altura que foi criado o Hino do Sporting cuja música foi composta pelo Maestro Flaviano Rodrigues e a letra escrita por Ramiro Guedes de Campos. O movimento das [[Filiais]] continuou a crescer, num ano em que foi fundado o Solar dos Leões no Porto, sem esquecer a criação de diversos núcleos sportinguistas em vários bairros e empresas de Lisboa. No dia 19 de Outubro de 1953 realizou-se uma festa de homenagem ao histórico massagista do Sporting [[Manuel Marques (massagista)|Manuel Marques]] que era considerado o 12º jogador da equipa, a quem foi entregue uma camisola com o nº 12. No dia 30 do mesmo mês foi eleito [[o terceiro Conselho Geral]] com a missão de designar um novo Presidente para o Clube, uma vez que [[Góis Mota]] tinha acabado de anunciar a sua decisão de abandonar o cargo no final deste mandato, alegando cansaço e razões pessoais, sendo que nessa altura surgiu o nome de [[Campos Figueira]] como o seu provável sucessor. No final do ano por sugestão do tesoureiro Francisco Franco, foi lançada a campanha "As Broas do Sporting" que propunha que os sócios oferecessem ao Clube o pagamento antecipado da última prestação da compra da Sede, aproveitando para o efeito a época natalícia. A campanha estendeu-se pelos meses seguintes e em Maio de 1954, quando o pagamento foi concretizado, já tinham sido apurados mais de 54 contos. Os maus resultados da equipa de Futebol no final de 1953 provocaram alguma contestação que contribuiu para que [[Góis Mota]] reforçasse a sua vontade de abandonar a Presidência do Clube, sendo secundado nessa intenção por [[Palma Carlos]] e [[Carlos Farinha]] que chegaram a apresentar os seus pedidos de demissão, no entanto com a entrada do novo ano a tempestade amainou e o [[Conselho Geral]] conseguiu convencer "os três Carlos" a continuarem à frente dos destinos do Sporting, o que se veio a confirmar na Assembleia Geral do dia 12 de Fevereiro de 1954, onde foram aprovados por aclamação o Relatório Contas desta gerência e uma proposta de alteração estatutária no que diz respeito à orgânica da Direção, numa manifestação de grande unidade da família sportinguista. [[Utilizador:To-mane|To-mane]] 23h50min de 26 de Outubro de 2011 (WEST) [[Categoria:Direcções|1953]] Voltar para A Gerência 1953.