Não possui permissão para editar esta página, pelo seguinte motivo: A operação solicitada está limitada a utilizadores do grupo: Utilizadores. Pode ver e copiar o conteúdo desta página. [[Imagem:EusebionoSCLM2.jpg|thumb|right|Eusébio no Sporting de Lourenço Marques]] Eusébio foi uma figura marcante na história do futebol nacional, tendo sido considerado o melhor futebolista português de todos os tempos até ao aparecimento de [[Cristiano Ronaldo]]. O menino Eusébio chegou ao [[Sporting Clube de Lourenço Marques]] em 1958 e, foi lá que se destacou no escalão de juniores onde jogou durante duas temporadas. No início de 1960, numa altura em que era frequente a vinda de jogadores oriundos do ultramar para os clubes portugueses, o nome de Eusébio foi anunciado como reforço do [[Sporting Clube de Portugal]] <ref>Diário de Lisboa de 23 de Janeiro de 1960 [http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06538.076.16600#!7]</ref> <ref>Diário de Lisboa de 24 de Janeiro de 1960 [http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06538.076.16601#!13]</ref>, o que era perfeitamente natural atendendo às óbvias ligações entre o Sporting sede e a sua Filial moçambicana. No entanto o Sporting não terá sido suficientemente decidido na sua abordagem e consta que terá proposto a vinda do jogador à experiência, deixando o caso arrastar-se, de tal forma que a concorrência entrou em campo e, a verdade é que em Dezembro de 1960 Eusébio viajou para Lisboa com um nome falso para jogar no Benfica, que segundo declarações da mãe do jovem jogador em entrevista publicada no jornal A Bola de 24 de Dezembro, tinha dado "dinheiro grande", em vez dos poucos escudos que o Sporting oferecera. No entanto a FPF não aceitou a inscrição pois faltava a essencial carta de desobrigação do [[Sporting Clube de Lourenço Marques]], que já tinha chegado a acordo com o [[Sporting Clube de Portugal]] para a transferência do jogador por valores que de acordo com as diversas versões que circulavam na altura, andavam entre os 200 e os 550 contos. O Benfica recorreu da decisão para o Conselho Jurisdicional alegando entre outras coisas que a Associação Provincial de Lourenço Marques não estava inscrita na Federação Portuguesa de Futebol pelo que o clube moçambicano não tinha direitos sobre o jogador e o famoso artº 62 do Decreto 32496, que previa excepções na lei de transferências dos jogadores quando estes mudavam de residência com justificações relacionadas com o cumprimento do serviço militar, os estudos, ou a mudança de local de trabalho, que claramente não encaixavam no caso em análise, mas estranhamente foi dado provimento a este recurso <ref>Diário de Lisboa de 7 de Fevereiro de 1960 [http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=06541.079.17150#!11]</ref> por maioria e com um voto de vencido. Assim no dia 13 de Março de 1961, o Dr. [[Campos Figueira]] em representação do [[Sporting Clube de Lourenço Marques]], apresentou na Direcção Geral de Desportos um requerimento de analise à decisão do Conselho Jurisdicional da FPF, desmontando as alegações do Benfica que considerou um "aborto jurídico processual" numa longa e brilhante explanação que foi publicada pelo [[Jornal do Sporting]] na sua edição de 17-03-1961, isto numa altura em que o Benfica já se tinha mostrado disposto em pagar os 250 contos que segundo aquele clube teria sido a quantia paga pelo Sporting à sua Filial moçambicana pela carta de desobrigação do jogador Eusébio, o que era desmentido pelo clube de Lourenço Marques. Foi pois sem surpresas que no início de Abril a DGD indeferiu a inscrição de Eusébio da Silva Ferreira no Sport Lisboa e Benfica, em despacho que foi transcrito pelo [[Jornal do Sporting]] na sua edição de 07-04-1961. Nessa altura o Benfica já tinha escondido o jogador em parte incerta no Algarve, de forma a evitar que ele assinasse pelo Sporting, o que segundo o seu amigo [[Hilário]] esteve mesmo à beira de acontecer. <ref>Expresso de 23-11-2011[https://expresso.pt/desporto/hilario-eusebio-fugiu-para-assinar-pelo-sporting=f689566]</ref> Com o jogador desaparecido e perante o impasse, o [[Sporting Clube de Lourenço Marques]] acabou por chegar a acordo com o Benfica e utilizou os 400 contos que recebeu pela transferência, para construir o seu Pavilhão dos Desportos, isto numa altura em que o [[Sporting Clube de Portugal]] vivia um momento de alguma instabilidade, com a saída da [[A Gerência 1960/61|Direcção]] de [[Brás Medeiros]] que foi substituída por [[A Gerência 1961/62|outra]] muito menos barulhenta, enquanto o Benfica tinha acabado de se qualificar para a Final da Taça dos Campeões Europeus, uma situação muito conveniente para um Governo que estava a braços com o início da guerra colonial e bem precisava de alguma coisa a que o povo se agarrasse com o patriotismo muito próprio de uma época em que Portugal era pequenino em muitos sentidos. [[Utilizador:To-mane|To-mane]] ([[Utilizador Discussão:To-mane|discussão]]) 16h47min de 7 de abril de 2020 (WEST) ==Referências== <references /> [[Categoria:Momentos Históricos]] Voltar para O caso Eusébio.